O Barcelona venceu sem apelo nem agravo um Real Madrid apático e abúlico. José Mourinho sofreu a maior derrota da sua carreira, dias depois de completar dez anos como treinador. A explicação para Mourinho é simples, até porque quando se perde por cinco a zero, não há nada que possa dourar a pílula e o remédio é ficar sentado no aconchego do banco. Guardiola foi igual a si mesmo, sem se colocar num pedestal, magnânimo e coerente, quer na hora da vitória, quer na hora da derrota. Os jornais espanhóis vão, conforme as cores que defendem, tecer loas ou carpir mágoas sobre o resultado do jogo, mas sobretudo vão "crucificar" José Mourinho e as suas opções, porque ao fim de muito tempo, ele "pôs-se a jeito" e como diz o ditado "é malhar enquanto o ferro está quente".
Há uma diferença tão grande entre os dois clubes como o resultado deixa transparecer? Não. A essa conclusão chegaram, para além dos dois técnicos, outras figuras do futebol espanhol. Que aconteceu então? Diria que futebol. Ganhou o colectivo sobre o individual ou, se quiserem, ganhou uma equipa construída sobre uma em construção. O Barcelona foi igual a si próprio e ao seu estilo de jogo - posse e circulação de bola -, com Xavi e Iniesta a "tricotar" no miolo, Messi a desenrolar o novelo com passes de ruptura e Villa a dar o remate final em tapete de obra fina. Que apresentou o Real Madrid? Uma defesa com alas permeáveis, um Pepe atarantado a querer pisar locais que não os seus, deixando crateras nas suas costas, um meio-campo pouco pressionante e um ataque com pouca bola e ainda menos inspiração. Não se pode jogar contra o Barcelona sem correr e pressionar e o Real foi o que fez, com o resultado que se viu.
Guardiola foi melhor neste jogo que Mourinho e até antes do jogo já o tinha sido. Mourinho adiantou o onze e falhou porque jogou Benzema em vez de Higuaín (estava mesmo lesionado?). Guardiola disse que alguma vez teria que perder com o Real, mas ainda não foi desta. Messi foi melhor que Ronaldo, sendo decisivo nos passes que deu para Villa marcar e num pormenor de classe, logo no início do jogo, levando a bola ao poste da baliza de Casillas. O Barcelona foi por isso e outras razões, melhor, neste jogo, que o Real Madrid, como explica, e bem, o Ricardo no texto aqui em baixo. Como disse David Villa "foi o triunfo de um estilo".
Há uma diferença tão grande entre os dois clubes como o resultado deixa transparecer? Não. A essa conclusão chegaram, para além dos dois técnicos, outras figuras do futebol espanhol. Que aconteceu então? Diria que futebol. Ganhou o colectivo sobre o individual ou, se quiserem, ganhou uma equipa construída sobre uma em construção. O Barcelona foi igual a si próprio e ao seu estilo de jogo - posse e circulação de bola -, com Xavi e Iniesta a "tricotar" no miolo, Messi a desenrolar o novelo com passes de ruptura e Villa a dar o remate final em tapete de obra fina. Que apresentou o Real Madrid? Uma defesa com alas permeáveis, um Pepe atarantado a querer pisar locais que não os seus, deixando crateras nas suas costas, um meio-campo pouco pressionante e um ataque com pouca bola e ainda menos inspiração. Não se pode jogar contra o Barcelona sem correr e pressionar e o Real foi o que fez, com o resultado que se viu.
Guardiola foi melhor neste jogo que Mourinho e até antes do jogo já o tinha sido. Mourinho adiantou o onze e falhou porque jogou Benzema em vez de Higuaín (estava mesmo lesionado?). Guardiola disse que alguma vez teria que perder com o Real, mas ainda não foi desta. Messi foi melhor que Ronaldo, sendo decisivo nos passes que deu para Villa marcar e num pormenor de classe, logo no início do jogo, levando a bola ao poste da baliza de Casillas. O Barcelona foi por isso e outras razões, melhor, neste jogo, que o Real Madrid, como explica, e bem, o Ricardo no texto aqui em baixo. Como disse David Villa "foi o triunfo de um estilo".
Análise de Bernardino Barros ao partidazo entre Barcelona e Real Madrid
1 comentário:
Acima de tudo foi uma diferença de atitude e aí não creio que Mourinho seja o grande responsável. Os jogadores do RM não tiveram estofo para a ocasiao e os golos sofridos foram quase sempre erros individuais de marcaçao, algo imperdoável a este nível.
Uma vitória indiscutível de um estilo e uma geraça de ouro que tinha do outro lado uma equipa com muito potencial mas que está ainda demasiado verde.
um abraço
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