COMENTÁRIO
Tiki com Iniesta, taka com Xavi, tiki com Messi, taka com Pedro Rodríguez, tiki-taka com David Villa. Carrossel, rasgo, dinamismo. Tudo em movimento, sem tempos mortos, aproveitamento máximo, nada de quebrar. Tudo jogado no limite, passe para aqui e passe para ali, tiki-taka constante, bola colada no pé, sem falhas, movimento perfeito. O Barcelona entrou forte no clássico. Passes curtos, bola em profundidade, velocidade, dribles e descompensação. Intensidade máxima. Messi assustou com uma bola no poste, marcou no aproveitamento de uma distracção defensiva merengue, no tiki de Iniesta para o taka de Xavi, e aumentou, depois da reacção do Real Madrid, antes dos vinte minutos. Dois-zero, olhar sério de Mourinho: mãos nos bolsos, muito jogo para disputar e recolha ao banco. Sentou-se. Sem comentários, sem ondas, sem gritos. Apenas tranquilo, sereno, nada enérgico. Percebeu a dimensão do que acontecia.
Casillas cruza os braços. Visão turva, raiva que consome por dentro, farto da faena do Barcelona. Está quase no fim. O Real Madrid definhou pelo relvado. Falhou passes, não teve ligação, foi caótico, sentiu o futebol de passa e repassa do Barça bem fundo no coração, apenas desejou nunca ter subido ao relvado e não ter sequer desafiado as hostes catalãs. Os merengues foram demolidos. Casillas mantém a postura: olhar distante, sem saber muito bem o que ali se passa, completo desnorte e um inconformismo que não se controla, aumentado a cada olé, a cada passe de ruptura, a cada ferro cravado, a cada toque de calcanhar que funciona para humilhar, dizimar, destroçar a mente do Real Madrid. Depois de Xavi e Pedro Rodríguez, com outras oportunidades pelo meio, já David Villa marcara por duas vezes. Mourinho continua sentado, calado, impávido. Já colocara Lass e Arbeloa. A intenção: evitar números ainda mais gordos.
O Barcelona diverte-se com a bola. Tudo está oleado, a máquina funciona na perfeição, atinge o brilhantismo, a equipa alia os golos, o resultado puro e duro, a uma magia incomum, de divertimento absoluto, que preenche os adeptos e fascina os apaixonados. Faz parte da filosofia, da cultura, dos princípios desta equipa blaugrana. O Barcelona jogou num ritmo fabuloso, desolador para o adversário, senhorial, encheu o peito, atemorizou o Real, reduziu-o a insignificantes tiros de longe saídos dos pés de Ronaldo ou Di María, encostou o rival. Jogou, criou, assustou e marcou. O Real Madrid baixou os braços com o segundo golo. Enervou-se com o futebol culé, envolveu-se em quezílias, cometeu faltas, perdeu-se num mar de indefinições. Tudo correu mal. Sentiu falta de Higuaín, clamou por Ronaldo, o português tentou mas não pode, Benzema foi inconsequente. Mourinho chocou com algo inédito. E enrolou a bandeira.
Incapaz, desastrado e inábil, o Real Madrid ficou à mercê do Barcelona. O público vibrou, os jogadores sentiram a oportunidade única, melhor do que nunca, de passar para a frente, sim, mas também desferir golpes de morte no principal rival, de inverter a posição no topo e deixar Mourinho, por uma vez que seja, a engolir em seco. Envolto na teia catalã, preso e sem capacidade de reacção, o Real Madrid passou por momentos caóticos, impróprios num grande como é, não encontrando forças, em momento algum, para se impor, fazer valer o seu estatuto de líder e contrariar o tipo de futebol apresentado pelo Barcelona. A equipa de Pep Guardiola jogou muito, alegre e compenetrada nas suas tarefas, quis sempre mais, batalhou, tentou, criou ocasiões e chegou, em cima do apito final, à mão-cheia de golos, por Jeffren, coroando um resultado histórico, épico e desconcertante. Que poderia, até, ter sido mais amplo. De la hostia!
Tiki com Iniesta, taka com Xavi, tiki com Messi, taka com Pedro Rodríguez, tiki-taka com David Villa. Carrossel, rasgo, dinamismo. Tudo em movimento, sem tempos mortos, aproveitamento máximo, nada de quebrar. Tudo jogado no limite, passe para aqui e passe para ali, tiki-taka constante, bola colada no pé, sem falhas, movimento perfeito. O Barcelona entrou forte no clássico. Passes curtos, bola em profundidade, velocidade, dribles e descompensação. Intensidade máxima. Messi assustou com uma bola no poste, marcou no aproveitamento de uma distracção defensiva merengue, no tiki de Iniesta para o taka de Xavi, e aumentou, depois da reacção do Real Madrid, antes dos vinte minutos. Dois-zero, olhar sério de Mourinho: mãos nos bolsos, muito jogo para disputar e recolha ao banco. Sentou-se. Sem comentários, sem ondas, sem gritos. Apenas tranquilo, sereno, nada enérgico. Percebeu a dimensão do que acontecia.
Casillas cruza os braços. Visão turva, raiva que consome por dentro, farto da faena do Barcelona. Está quase no fim. O Real Madrid definhou pelo relvado. Falhou passes, não teve ligação, foi caótico, sentiu o futebol de passa e repassa do Barça bem fundo no coração, apenas desejou nunca ter subido ao relvado e não ter sequer desafiado as hostes catalãs. Os merengues foram demolidos. Casillas mantém a postura: olhar distante, sem saber muito bem o que ali se passa, completo desnorte e um inconformismo que não se controla, aumentado a cada olé, a cada passe de ruptura, a cada ferro cravado, a cada toque de calcanhar que funciona para humilhar, dizimar, destroçar a mente do Real Madrid. Depois de Xavi e Pedro Rodríguez, com outras oportunidades pelo meio, já David Villa marcara por duas vezes. Mourinho continua sentado, calado, impávido. Já colocara Lass e Arbeloa. A intenção: evitar números ainda mais gordos.
O Barcelona diverte-se com a bola. Tudo está oleado, a máquina funciona na perfeição, atinge o brilhantismo, a equipa alia os golos, o resultado puro e duro, a uma magia incomum, de divertimento absoluto, que preenche os adeptos e fascina os apaixonados. Faz parte da filosofia, da cultura, dos princípios desta equipa blaugrana. O Barcelona jogou num ritmo fabuloso, desolador para o adversário, senhorial, encheu o peito, atemorizou o Real, reduziu-o a insignificantes tiros de longe saídos dos pés de Ronaldo ou Di María, encostou o rival. Jogou, criou, assustou e marcou. O Real Madrid baixou os braços com o segundo golo. Enervou-se com o futebol culé, envolveu-se em quezílias, cometeu faltas, perdeu-se num mar de indefinições. Tudo correu mal. Sentiu falta de Higuaín, clamou por Ronaldo, o português tentou mas não pode, Benzema foi inconsequente. Mourinho chocou com algo inédito. E enrolou a bandeira.
Incapaz, desastrado e inábil, o Real Madrid ficou à mercê do Barcelona. O público vibrou, os jogadores sentiram a oportunidade única, melhor do que nunca, de passar para a frente, sim, mas também desferir golpes de morte no principal rival, de inverter a posição no topo e deixar Mourinho, por uma vez que seja, a engolir em seco. Envolto na teia catalã, preso e sem capacidade de reacção, o Real Madrid passou por momentos caóticos, impróprios num grande como é, não encontrando forças, em momento algum, para se impor, fazer valer o seu estatuto de líder e contrariar o tipo de futebol apresentado pelo Barcelona. A equipa de Pep Guardiola jogou muito, alegre e compenetrada nas suas tarefas, quis sempre mais, batalhou, tentou, criou ocasiões e chegou, em cima do apito final, à mão-cheia de golos, por Jeffren, coroando um resultado histórico, épico e desconcertante. Que poderia, até, ter sido mais amplo. De la hostia!
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