Despedimentos de treinadores, à sétima jornada, já tinham havido cinco: Carlos Azenha, Ulisses Morais, Carlos Carvalhal, Rogério Gonçalves e Nelo Vingada. Um número elevado que mostra bem a impaciência que domina os dirigentes portugueses e a pressão a que os técnicos estão sujeitos, sempre que os resultados não são os desejados. No entanto, para aumentar ainda mais a indefinição em torno dos treinadores, na última semana houve uma espécie de exôdo, isto é, técnicos que estavam no activo decidiram trocar de patrão. A vida de um treinador é precisamente assim: hoje defende uma equipa, amanhã defende a outra. Seja como for, causa, aos adeptos, alguma estranheza por o treinador da sua equipa ainda há algumas semanas estar num rival.
Paulo Sérgio, aliciado pela vontade de subir um degrau na sua carreira, deixou o Paços de Ferreira e aceitou o convite para comandar o Vitória de Guimarães, de onde Nelo Vingada saíra ao fim de sete jogos. Abriu, assim, uma vaga: Ulisses Morais, no desemprego após ter sido dispensado pela Naval, sorriu por voltar a treinar alguém. Seguiu-se, depois, Manuel Fernandes. O treinador da União de Leiria, responsável pela extraordinária recuperação que culminou na subida dos leirienses ao principal campeonato português, não resistiu ao apelo do Vitória de Setúbal, segundo clube do seu coração. Outra vaga se abriu. O escolhido, Lito Vidigal, a treinar o Portimonense, abdicou da liderança da Liga Vitalis para regressar aos palcos maiores.
Evidentemente que um treinador ambiciona sempre chegar mais além e recusar um convite de um clube da Liga Sagres poderia ser o desperdiçar de uma oportunidade única. Há, contudo, algo que todos esquecem: os contratos. Pergunto, leitor, se não haverá aqui alguma espécie de egoísmo. Os clubes em que estão, que lhes proporcionaram boas condições, passam a ser secundários perante uma proposta de alguém que lute por objectivos mais aliciantes. Vejam-se as consequências das mudanças de Paulo Sérgio e Manuel Fernandes. Treinadores que alcançam algo importante no clube onde estavam - são os casos: o primeiro chegou à final da Taça, o segundo foi o obreiro da subida - ficam como símbolos das equipas. Não se estranhe, pois, que estas trocas ainda confudam os adeptos.
Paulo Sérgio, aliciado pela vontade de subir um degrau na sua carreira, deixou o Paços de Ferreira e aceitou o convite para comandar o Vitória de Guimarães, de onde Nelo Vingada saíra ao fim de sete jogos. Abriu, assim, uma vaga: Ulisses Morais, no desemprego após ter sido dispensado pela Naval, sorriu por voltar a treinar alguém. Seguiu-se, depois, Manuel Fernandes. O treinador da União de Leiria, responsável pela extraordinária recuperação que culminou na subida dos leirienses ao principal campeonato português, não resistiu ao apelo do Vitória de Setúbal, segundo clube do seu coração. Outra vaga se abriu. O escolhido, Lito Vidigal, a treinar o Portimonense, abdicou da liderança da Liga Vitalis para regressar aos palcos maiores.
Evidentemente que um treinador ambiciona sempre chegar mais além e recusar um convite de um clube da Liga Sagres poderia ser o desperdiçar de uma oportunidade única. Há, contudo, algo que todos esquecem: os contratos. Pergunto, leitor, se não haverá aqui alguma espécie de egoísmo. Os clubes em que estão, que lhes proporcionaram boas condições, passam a ser secundários perante uma proposta de alguém que lute por objectivos mais aliciantes. Vejam-se as consequências das mudanças de Paulo Sérgio e Manuel Fernandes. Treinadores que alcançam algo importante no clube onde estavam - são os casos: o primeiro chegou à final da Taça, o segundo foi o obreiro da subida - ficam como símbolos das equipas. Não se estranhe, pois, que estas trocas ainda confudam os adeptos.
2 comentários:
Creio que Paulo Sérgio, num caso mais específico, revelou uma grande falta de carácter. Se há contrato para cumprir então que assim seja. É de uma grande falta de respeito para com os adeptos e jogadores do Paços.
Desejo, sinceramente, que as coisas lhe corram mal e que, quando sair, vá bater à porta do Paços e leve uma grande 'nega'.
ps: caso as coisas lhe corram bem é homem de abandonar o Vitória para ir treinar um grande.
Pedro Magalhães,
É precisamente isso que eu refiro: os contratos, quando existe um convite que proporcione condições melhores, é esquecido. Compreende-se porque é uma grande oportunidade de subir na carreira e (quase) ninguém o recusaria mas não me parece justo para com os clubes.
Não só o caso de Paulo Sérgio mas de todos aqueles que existem. Esse é, apenas, um exemplo...
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