quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Análise aos planteis dos três grandes: Benfica

BALIZA: Foi com Quique Flores, na temporada passada, que vieram as indefinições em torno do guarda-redes titular do Benfica. Quim, número um desde o ano do título com Trapattoni, perdeu espaço de manobra e cedeu o lugar a Moreira. No entanto, também este viria a cometer alguns erros que levaram o treinador espanhol a entregar, de novo, a baliza a Quim. Com a chegada de Jorge Jesus nesta temporada, a baliza foi reforçada com a contratação de Júlio César, guarda-redes que o treinador conhece bem dos tempos do Belenenses - levou à dispensa de Moretto que apenas foi titular com Koeman, em 2006. Porém, não parece que o brasileiro se assuma desde já como titular indiscutível. Por isso, Moreira deverá ser o número um dos encarnados para 2009/10.

DEFESA: O centro da defesa não é problema pois a dupla composta por Luisão e David Luiz (na sua posição de origem, sem ter de jogar como lateral adaptado) tem mostrado bom entendimento neste arranque de temporada. Além disso, Sidnei, Miguel Vítor e o jovem Roderick - há até quem veja nele um novo Mozer - dão garantias firmes a Jorge Jesus. Contudo, é nas laterais que reside o maior problema dos encarnados: na esquerda, Shaffer ainda não convenceu e, por isso, os dirigentes encarnados têm feito pressão para contratar César Peixoto ou, em segundo caso, Rodrigo Alvim (outro jogador ex-Belenenses que foi treinado por Jesus); do lado direito, devido à recente lesão do titular Maxi Pereira, Luís Filipe foi reintegrado no plantel para fazer concorrência ao brasileiro Patric - o médio Rúben Amorim também já foi testado nessa posição.

MEIO-CAMPO: Jorge Jesus, pelo que tem apresentado na pré-temporada, deverá apostar num losango no meio-campo. Javi García, médio espanhol de 22 anos contratado ao Real Madrid, tem deixado bons pormenores e será ele a assumir o vértice mais recuado, fazendo a ligação entre a defesa e o ataque - um bom substituto de Katsouranis. Como alas, na direita, Rúben Amorim tem a concorrência de Urreta e de Ramires - a utilização de Amorim na defesa, abrirá as portas da titularidade ao reforço brasileiro; na esquerda, Di María deverá ser o dono do lugar devido à qualidade que tem evidenciado (está bem melhor e mais solto do que nos anos anteriores) mas Fábio Coentrão também será uma alternativa com créditos. Para jogar nas costas dos dois avançados, Pablo Aimar terá uma tarefa fundamental na decisão e criação de lances ofensivos. Carlos Martins espreita uma oportunidade.

ATAQUE: É, muito provavelmente, o sector que menos problemas causará ao treinador. Ao todo, o Benfica dispõe de seis avançados: Cardozo, Saviola, Keirrison, Weldon, Nuno Gomes e Mantorras. Apenas dois serão usados e a pré-epoca não deixa dúvidas de que Óscar Cardozo e Javier Saviola serão as setas que os encarnados apontarão às balizas contrárias. No entanto, a chegada de Keirrison, um jovem promissor, tal como Weldon, um pedido expresso de Jorge Jesus, dão a garantia de que o ataque do Benfica estará bem entregue em todas as competições que o clube dispute. Há ainda Nuno Gomes e Mantorras, embora ambos tenham perdido algum espaço de manobra com as recentes contratações.

MAIS: O Benfica tem mostrado um ataque muito promissor, levando uma média superior a dois golos por jogo; maior número de soluções à disposição do treinador, sobretudo do meio-campo para a frente; excelente pré-epoca que devolveu aos adeptos a esperança de voltar a conquistar o título nacional; prestações de Aimar e Di María muito acima da temporada passada.

MENOS: A pré-época superou as expectativas mas, até ao momento, nada foi conquistado (à excepção dos torneios de Verão, claro) e a euforia que se gerou nos adeptos pode passar para o plantel; as laterais parecem ser o maior problema e lesão de Maxi Pereira deixa o lado direito enfraquecido; falta de um guarda-redes de maior renome; o esforço dos dirigentes aumenta a exigência para que este seja mesmo o ano do Benfica.

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