A baliza é um misto de sensações. Pode trazer uma alegria imensa ou uma profunda desilusão. Um avançado pode lá viver momentos de sonho ou de pesadelo, todos sabemos. Mas a relação entre a baliza e o guarda-redes é diferente, é intimista. Ali, entre os postes, não pode haver qualquer erro. Será fatal se acontecer. Por mais pequeno que seja tem o poder de destruir a imagem de qualquer um. E as defesas que foram feitas esfumar-se-ão como se nem tivessem sequer existido. Por isso, o que se pede a qualquer um que vá para a baliza é simples: não pode deixar a bola entrar. Que guarde bem as redes que defende.
Guarda-redes: o próprio nome da posição diz tudo, é aquele que tem que guardar as redes. Não sei muito bem porquê mas desde cedo me tornei um admirador deles. Admirava-lhes a coragem, o sangue frio e a concentração que tinham que manter, muito mais do que qualquer um dos seus companheiros. Tornam-se heróis ou vilões num instante, passam de bestiais a bestas num abrir e fechar de olhos. O momento da marcação de um penalty é talvez o mais angustiante na vida de um guarda-redes. Assim como é para o jogador que o vai tentar marcar, é certo. Não, é ainda pior: está entre os postes, naquela imensidão de espaço, com a bola a onze metros. A diferença entre um sentimento heróico e outro de total impotência é pequena: a defesa ou o golo.
Vi guarda-redes fantásticos como Oliver Kahn, Peter Schmeichel ou David Seaman. Cada um à sua maneira, com o seu estilo, com as suas manias. Foi uma defesa deste último, um senhor com um visual algo estranho, que me ficou marcada na memória. Aconteceu há já seis anos, num Arsenal-Sheffield United para a Taça de Inglaterra. Foi um lance às três tabelas: canto, cabeceamento para a entrada da pequena área, toque acrobático, novo cabeceamento mesmo em cima da linha de baliza. O golo era evidente, a bola ia entrar. Não! Apareceu David Seaman, contrariando todas as leis da Física ao vencer a inércia, numa estirada espantosa. Os adeptos levaram as mãos à cabeça perante tal defesa, boquiabertos. My god!, o que foi aquilo?
Houve certamente defesas como as de David Seaman, se calhar até melhores. Para mim, aquela foi a melhor que vi. Fiquei espantado, quis voltar a ver, não me cansei. É nestes momentos que um guarda-redes vive a sua glória, com estas defesas impossíveis, tal como acontece a um avançado quando marca um daqueles golos de antologia. É isso que se deve recordar. Erros existirão sempre, os frangos são uma constante. Essa sensação atroz, cruel e injusta todos experimentam, por mais categoria que possuam. Agora, defesas como a de Seaman só os predestinados têm direito.
Guarda-redes: o próprio nome da posição diz tudo, é aquele que tem que guardar as redes. Não sei muito bem porquê mas desde cedo me tornei um admirador deles. Admirava-lhes a coragem, o sangue frio e a concentração que tinham que manter, muito mais do que qualquer um dos seus companheiros. Tornam-se heróis ou vilões num instante, passam de bestiais a bestas num abrir e fechar de olhos. O momento da marcação de um penalty é talvez o mais angustiante na vida de um guarda-redes. Assim como é para o jogador que o vai tentar marcar, é certo. Não, é ainda pior: está entre os postes, naquela imensidão de espaço, com a bola a onze metros. A diferença entre um sentimento heróico e outro de total impotência é pequena: a defesa ou o golo.
Vi guarda-redes fantásticos como Oliver Kahn, Peter Schmeichel ou David Seaman. Cada um à sua maneira, com o seu estilo, com as suas manias. Foi uma defesa deste último, um senhor com um visual algo estranho, que me ficou marcada na memória. Aconteceu há já seis anos, num Arsenal-Sheffield United para a Taça de Inglaterra. Foi um lance às três tabelas: canto, cabeceamento para a entrada da pequena área, toque acrobático, novo cabeceamento mesmo em cima da linha de baliza. O golo era evidente, a bola ia entrar. Não! Apareceu David Seaman, contrariando todas as leis da Física ao vencer a inércia, numa estirada espantosa. Os adeptos levaram as mãos à cabeça perante tal defesa, boquiabertos. My god!, o que foi aquilo?
Houve certamente defesas como as de David Seaman, se calhar até melhores. Para mim, aquela foi a melhor que vi. Fiquei espantado, quis voltar a ver, não me cansei. É nestes momentos que um guarda-redes vive a sua glória, com estas defesas impossíveis, tal como acontece a um avançado quando marca um daqueles golos de antologia. É isso que se deve recordar. Erros existirão sempre, os frangos são uma constante. Essa sensação atroz, cruel e injusta todos experimentam, por mais categoria que possuam. Agora, defesas como a de Seaman só os predestinados têm direito.
1 comentário:
Honestamente nunca gostei do Seaman. Nunca o achei muito seguro...
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