Foi um prazer, Quique. É o que apetece dizer no momento de despedida do treinador espanhol do Benfica. Apesar de tudo, foi diferente. Quique não se queixou dos árbitros, não arranjou desculpas fáceis, provou ser um verdadeiro senhor. Porém, isso não chega para quem treina um clube da dimensão do Benfica. A verdade, pura e dura, é que não conseguiu o título. Por isso, a porta da saída abriu-se a partir do momento em que o FC Porto assumiu a liderança. Mesmo tendo à disposição um dos melhores planteis da última vintena de anos, Quique Flores falhou. Perdeu-se em experiências, não conseguiu recolocar o Benfica na rota do título. É indiscutível. Mas será que a sua saída será o melhor para o clube? Luís Filipe Vieira tem a decisão tomada, quer Jorge Jesus.
Porém, para já, não há como responder à pergunta. Só os próximos tempos servirão para tirar isso a limpo. Importa ressalvar que adeptos estão ao lado de Quique Flores. Ficou provado, mal terminou o jogo com o Belenenses, o último da época, quando se uniram num aplauso ao treinador. Quique gostou, aproximou-se dos adeptos, pegou numa tarja que pedia a sua continuidade. Agradeceu, emocionado. Antes disso, já tinha dado provas de enorme carácter ao cumprimentar, um a um, os adversários impotentes e frustrados perante a descida de divisão. Num momento assim, poucos treinadores se lembrariam ou importariam de fazer coisa semelhante. Quique Flores, mais uma vez, deu uma verdadeira lição de humildade. Foi bom tê-lo no nosso campeonato, por isso.
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