Estudos, trabalhos, prioridades e ausência de tempo. O FUTEBOLÊS sentiu-o. Ficou desactualizado, sem comentários, não tendo, como sempre teve até aqui, a análise ou o olhar sobre a realidade futebolística. É-lhe familiar, leitor? Foi retirado de um texto publicado, aqui, no dia vinte e sete de Novembro. Tratou-se de uma revista da semana: o blogue estivera desactualizado e era necessário fazer um ponto de situação. Agora, e daí a repetição no título, é urgente fazer o mesmo. Completou-se ontem, sexta-feira, precisamente uma semana desde a última publicação. Depois disso, da análise à ronda europeia de Sporting e FC Porto, já ficou definido que os Campeonatos do Mundo de 2018 e de 2022 vão ser disputados na Rússia e no Qatar, respectivamente, já o Benfica entrou miraculosamente na Liga Europa, já o Sp.Braga viu o sonho, espécie de utopia, deitado por terra. E, pelo meio, já se disputou uma nova jornada da Liga ZON Sagres. Nada foi analisado. Sê-lo-á daqui em diante.
Um, dois, três: o campeonato português, antes de mais. Jornada treze alargada entre sexta e quarta-feira - devido às condições metereológicas. Começou com a vitória do Benfica, em casa, frente ao Olhanense: jogo titubeante, inseguro até, algarvios reprimidos depois e pressão colocada no FC Porto. O mesmo pelo Sporting, depois de ultrapassar o Portimonense: o leão esperou, ansiou, desejou um escorregão azul. Não aconteceu. Esteve perto, sim, o líder voltou a tremer, como em Alvalade, mas venceu. O FC Porto marcou um golo ao Vitória de Setúbal, foi superior na primeira parte, permitiu que o adversário crescesse e acreditasse depois do intervalo, adormeceu, jogou mal como nunca esta época, colocou-se a jeito e por felicidade, por estrelinha, não empatou. A vitória alimenta o dragão, mantém-no invicto e distante da concorrência. Apesar de aparecer ensombrada pela polémica em torno das grandes penalidades, a do triunfo e a desperdiçada, assinaladas por Elmano Santos.
O Benfica recuperara algum crédito frente ao Olhanense. Não deslumbrou, nem pouco mais ou menos, pois permitiu que a equipa algarvia ganhasse ascendente no início e criasse perigo para a baliza de Roberto, mas venceu, respirou e acreditou num desaire do FC Porto. O líder respondeu com uma vitória. E o Benfica, frente ao Schalke 04, deprimiu. Sem possibilidades de chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, atolado num mar de dúvidas, com um caminho sinuoso e oscilante, o Benfica perdeu, esteve largos minutos fora da Liga Europa, situando-se no último lugar de um grupo teoricamente acessível, apenas conseguindo sorrir no final, libertando-se, soltando o sentimento que conteve, com o empate do Lyon, graças a golos de Lisandro e Lacazzette, ante o Hapoel - deixando os israelitas, frágeis mas ousados, fora da Europa. O campeão português sofreu. E está, cada vez mais, num beco, encurralado, sem caminhos vísiveis para se destacar. Precisa de um choque.
Nove pontos, milhares de euros garantidos e uma participação que, para um clube em estreia entre os melhores da Europa, é prestigiante. O Sp.Braga perdeu, na quarta-feira, ante o Shakthar Donetsk, por 2-0, vendo a equipa romena garantir a qualificação no primeiro lugar, logo seguida do Arsenal, que surpreendeu ao não ter conquistado a passagem na primeira posição. A tarefa do Sp.Braga, não sendo impossível, era utópica: tinha de fazer melhor do que os gunners ante o Partizan - vitória, em casa, por 3-1 - ou, então, vencer por quatro golos de diferença o Shakthar. Não conseguiu. Tem a compensação de cair na Liga Europa, ter vencido a dupla jornada com o Partizan e ter quebrado a sobranceria do Arsenal no jogo de Braga, conseguindo rechear os seus cofres e ganhar, pelos nove pontos conquistados - até mais do que o AC Milan (oito), apurado com o Real Madrid - uma boa distinção na sua primeira aparição na elite do futebol europeu.
A atribuição dos Campeonatos do Mundo, por último. A Rússia, para mal dos pecados da candidatura Ibérica, garantiu a organização do Mundial 2018. Portugal e Espanha deram as mãos, lutaram e saíram derrotadas. Trata-se, contudo, de uma derrota muito mais sentida pelos espanhóis. Afinal, fora a Espanha, arrasadora no desporto mundial no decorrer deste ano, quem mais investira, quem mais puxara pela candidatura conjunta e quem maiores trunfos apresentava - Portugal apareceu sempre, leitor, numa espécie de co-organizador, de ajudante, prestando o seu auxílio, bom como em 2004, para levar o Campeonato do Mundo a avante. A FIFA escolheu a Rússia. Como, para o Mundial seguinte, o Qatar. São países onde, à partida, o futebol é pouco vivido e tem relevância reduzida. Mas são países ricos, economicamente prósperos, capazes de, como referiu Sepp Blatter, abrir novos mercados. É esse o desejo.
Um, dois, três: o campeonato português, antes de mais. Jornada treze alargada entre sexta e quarta-feira - devido às condições metereológicas. Começou com a vitória do Benfica, em casa, frente ao Olhanense: jogo titubeante, inseguro até, algarvios reprimidos depois e pressão colocada no FC Porto. O mesmo pelo Sporting, depois de ultrapassar o Portimonense: o leão esperou, ansiou, desejou um escorregão azul. Não aconteceu. Esteve perto, sim, o líder voltou a tremer, como em Alvalade, mas venceu. O FC Porto marcou um golo ao Vitória de Setúbal, foi superior na primeira parte, permitiu que o adversário crescesse e acreditasse depois do intervalo, adormeceu, jogou mal como nunca esta época, colocou-se a jeito e por felicidade, por estrelinha, não empatou. A vitória alimenta o dragão, mantém-no invicto e distante da concorrência. Apesar de aparecer ensombrada pela polémica em torno das grandes penalidades, a do triunfo e a desperdiçada, assinaladas por Elmano Santos.
O Benfica recuperara algum crédito frente ao Olhanense. Não deslumbrou, nem pouco mais ou menos, pois permitiu que a equipa algarvia ganhasse ascendente no início e criasse perigo para a baliza de Roberto, mas venceu, respirou e acreditou num desaire do FC Porto. O líder respondeu com uma vitória. E o Benfica, frente ao Schalke 04, deprimiu. Sem possibilidades de chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, atolado num mar de dúvidas, com um caminho sinuoso e oscilante, o Benfica perdeu, esteve largos minutos fora da Liga Europa, situando-se no último lugar de um grupo teoricamente acessível, apenas conseguindo sorrir no final, libertando-se, soltando o sentimento que conteve, com o empate do Lyon, graças a golos de Lisandro e Lacazzette, ante o Hapoel - deixando os israelitas, frágeis mas ousados, fora da Europa. O campeão português sofreu. E está, cada vez mais, num beco, encurralado, sem caminhos vísiveis para se destacar. Precisa de um choque.
Nove pontos, milhares de euros garantidos e uma participação que, para um clube em estreia entre os melhores da Europa, é prestigiante. O Sp.Braga perdeu, na quarta-feira, ante o Shakthar Donetsk, por 2-0, vendo a equipa romena garantir a qualificação no primeiro lugar, logo seguida do Arsenal, que surpreendeu ao não ter conquistado a passagem na primeira posição. A tarefa do Sp.Braga, não sendo impossível, era utópica: tinha de fazer melhor do que os gunners ante o Partizan - vitória, em casa, por 3-1 - ou, então, vencer por quatro golos de diferença o Shakthar. Não conseguiu. Tem a compensação de cair na Liga Europa, ter vencido a dupla jornada com o Partizan e ter quebrado a sobranceria do Arsenal no jogo de Braga, conseguindo rechear os seus cofres e ganhar, pelos nove pontos conquistados - até mais do que o AC Milan (oito), apurado com o Real Madrid - uma boa distinção na sua primeira aparição na elite do futebol europeu.
A atribuição dos Campeonatos do Mundo, por último. A Rússia, para mal dos pecados da candidatura Ibérica, garantiu a organização do Mundial 2018. Portugal e Espanha deram as mãos, lutaram e saíram derrotadas. Trata-se, contudo, de uma derrota muito mais sentida pelos espanhóis. Afinal, fora a Espanha, arrasadora no desporto mundial no decorrer deste ano, quem mais investira, quem mais puxara pela candidatura conjunta e quem maiores trunfos apresentava - Portugal apareceu sempre, leitor, numa espécie de co-organizador, de ajudante, prestando o seu auxílio, bom como em 2004, para levar o Campeonato do Mundo a avante. A FIFA escolheu a Rússia. Como, para o Mundial seguinte, o Qatar. São países onde, à partida, o futebol é pouco vivido e tem relevância reduzida. Mas são países ricos, economicamente prósperos, capazes de, como referiu Sepp Blatter, abrir novos mercados. É esse o desejo.
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