Um dragão confiante, seguro de si, líder por mérito próprio, pujante e apenas por uma vez travado, em Guimarães, ficando-se por um empate. Nos outros dez jogos que realizou para o campeonato, venceu. Sendo pragmático, sendo brilhante, sendo feliz ou sendo avassalador. É uma equipa versátil, camaleónica, com capacidade de adaptação: percebe o jogo, interpreta-o e coloca em prática os seus princípios, com muita bola, circulando-a a alta velocidade, atribuindo larga importâcia aos médios, dependendo daquilo que pode fazer. O FC Porto é, sem dúvida, a melhor equipa do campeonato até ao momento: lidera, tem dez pontos de avanço sobre o segundo classificado, encaminhou muitíssimo bem o título neste primeiro terço da temporada, joga um futebol atractivo e envolvente, faz as leituras correctas das diferentes circunstâncias, junta um ataque de fogo a uma defesa consistente. Tem hoje, em Alvalade, mais um teste.
Pretendendo refazer-se de uma época negra, recheada de acontecimentos nefastos e desastrosos, o Sporting mudou a sua linhagem, abordou o mercado de transferências de forma diferente e pareceu, antes do arranque da temporada, ter ganho personalidade e fibra. A época, contudo, tem sido demasiado intermitente, demasiado irregular e demasiado macia. No campeonato, por exemplo, o Sporting, em onze jornadas, conquistou somente dezoito pontos - significa isso, portanto, que desperdiçou quinze. O leão é frágil, oscila com facilidade, consegue surpreender pela força demonstrada e logo a seguir cai a pique, nunca se sabe muito bem aquilo que verdadeiramente se pode esperar e vale esta equipa. Trata-se, contudo, de uma questão de orgulho, de honra e de prestígio. Vencer o líder, ser a primeira equipa a tirar os três pontos ao FC Porto, alcançando uma vitamina de confiança para o futuro, funciona como estímulo.
Na temporada passada, na fase em que o Sporting se conseguiu soltar das amarras e viveu uma fase ascendente, conseguindo boas respostas interna e externamente, a equipa leonina, com uma vitória categórica e incontestável por três golos de diferença, deixou a nu as debilidades que o dragão tentara esconder, travou a recuperação azul e colocou, definitivamente, um ponto final nas aspirações do FC Porto em ainda sonhar com a conquista do pentacampeonato. Agora, com um contexto diferente, em que os portistas vivem um clima de prosperidade, a motivação pode residir, um pouco, na mesma condição. O clássico não chega na melhor altura para o Sporting, é verdade, mas será, com toda a certeza, um mote importante em caso de vitória. Tendo no pensamento aquilo que o FC Porto, no Dragão, alcançou perante o Benfica. O leão, escaldado pelos acontecimentos recentes, não quer ser cobaia de mais uma demonstração de força.
Não há volta a dar: este Sporting-FC Porto é o jogo do regresso de João Moutinho à sua casa de partida. Foi com a camisola leonina que se formou e é, agora, vestindo de azul que melhor se está a dar. O médio português, um sempre-em-pé, é indiscutível e preponderante na máquina de André Villas Boas. Será, por isso, um dos elementos do meio-campo, que já contará com Fernando, após lesão, e terá de redobrar a atenção sobre o lado esquerdo para impedir que o Sporting fure e tire algum partido da ausência de Álvaro Pereira - por lesão, cederá o seu lugar a Jorge Fucile. Na frente reside a principal arma do dragão: o FC Porto tem uma equipa equilibrada, muito consistente, mas é no tridente ofensivo, com Varela, Falcao e, sobretudo, Hulk, que estará a grande preocupação do Sporting. Daí que Paulo Sérgio, cauteloso, opte, à partida, por colocar Pedro Mendes e André Santos como elementos de contenção.
Dos prováveis titulares, que o leitor pode consultar em baixo, cinco jogadores já estiveram de ambos os lados. O principal destaque é, por tudo aquilo que representou para o Sporting, João Moutinho, ex-capitão leonino, que agora está de pedra e cal no FC Porto. Há, para além dele, também Varela, saído de Alvalade com Paulo Bento. No lado do Sporting, pelo contrário, Pedro Mendes, Maniche e Hélder Postiga, agora leões, já vestiram a camisola do FC Porto, tendo participado em jogos desta grandeza. O avançado português, parceiro de Liedson no ataque, será um dos principais incómodos para a defesa do líder do campeonato nacional. Com favoritos ou não, com uma enorme barreira a separá-los ou não, independentemente dos estados de alma, este é um jogo especial. Qualquer um deles dará o seu melhor. Há Hulk, Falcao e Belluschi. Também Postiga, Liedson e Valdés. Quem decide o clássico?
Pretendendo refazer-se de uma época negra, recheada de acontecimentos nefastos e desastrosos, o Sporting mudou a sua linhagem, abordou o mercado de transferências de forma diferente e pareceu, antes do arranque da temporada, ter ganho personalidade e fibra. A época, contudo, tem sido demasiado intermitente, demasiado irregular e demasiado macia. No campeonato, por exemplo, o Sporting, em onze jornadas, conquistou somente dezoito pontos - significa isso, portanto, que desperdiçou quinze. O leão é frágil, oscila com facilidade, consegue surpreender pela força demonstrada e logo a seguir cai a pique, nunca se sabe muito bem aquilo que verdadeiramente se pode esperar e vale esta equipa. Trata-se, contudo, de uma questão de orgulho, de honra e de prestígio. Vencer o líder, ser a primeira equipa a tirar os três pontos ao FC Porto, alcançando uma vitamina de confiança para o futuro, funciona como estímulo.
Na temporada passada, na fase em que o Sporting se conseguiu soltar das amarras e viveu uma fase ascendente, conseguindo boas respostas interna e externamente, a equipa leonina, com uma vitória categórica e incontestável por três golos de diferença, deixou a nu as debilidades que o dragão tentara esconder, travou a recuperação azul e colocou, definitivamente, um ponto final nas aspirações do FC Porto em ainda sonhar com a conquista do pentacampeonato. Agora, com um contexto diferente, em que os portistas vivem um clima de prosperidade, a motivação pode residir, um pouco, na mesma condição. O clássico não chega na melhor altura para o Sporting, é verdade, mas será, com toda a certeza, um mote importante em caso de vitória. Tendo no pensamento aquilo que o FC Porto, no Dragão, alcançou perante o Benfica. O leão, escaldado pelos acontecimentos recentes, não quer ser cobaia de mais uma demonstração de força.
Não há volta a dar: este Sporting-FC Porto é o jogo do regresso de João Moutinho à sua casa de partida. Foi com a camisola leonina que se formou e é, agora, vestindo de azul que melhor se está a dar. O médio português, um sempre-em-pé, é indiscutível e preponderante na máquina de André Villas Boas. Será, por isso, um dos elementos do meio-campo, que já contará com Fernando, após lesão, e terá de redobrar a atenção sobre o lado esquerdo para impedir que o Sporting fure e tire algum partido da ausência de Álvaro Pereira - por lesão, cederá o seu lugar a Jorge Fucile. Na frente reside a principal arma do dragão: o FC Porto tem uma equipa equilibrada, muito consistente, mas é no tridente ofensivo, com Varela, Falcao e, sobretudo, Hulk, que estará a grande preocupação do Sporting. Daí que Paulo Sérgio, cauteloso, opte, à partida, por colocar Pedro Mendes e André Santos como elementos de contenção.
Dos prováveis titulares, que o leitor pode consultar em baixo, cinco jogadores já estiveram de ambos os lados. O principal destaque é, por tudo aquilo que representou para o Sporting, João Moutinho, ex-capitão leonino, que agora está de pedra e cal no FC Porto. Há, para além dele, também Varela, saído de Alvalade com Paulo Bento. No lado do Sporting, pelo contrário, Pedro Mendes, Maniche e Hélder Postiga, agora leões, já vestiram a camisola do FC Porto, tendo participado em jogos desta grandeza. O avançado português, parceiro de Liedson no ataque, será um dos principais incómodos para a defesa do líder do campeonato nacional. Com favoritos ou não, com uma enorme barreira a separá-los ou não, independentemente dos estados de alma, este é um jogo especial. Qualquer um deles dará o seu melhor. Há Hulk, Falcao e Belluschi. Também Postiga, Liedson e Valdés. Quem decide o clássico?
SPORTING-FC PORTO
Estádio de Alvalade, Lisboa, 21h15
Árbitro: Jorge Sousa
SPORTING: Rui Patrício; João Pereira, Carriço, Polga e Evaldo; Pedro Mendes, André Santos, Maniche e Jaime Valdés; Postiga e Liedson
FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Maicon e Fucile; Fernando, João Moutinho e Belluschi; Varela, Hulk e Falcao
FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Maicon e Fucile; Fernando, João Moutinho e Belluschi; Varela, Hulk e Falcao
NOTA: O Sporting-FC Porto terá crónica no FUTEBOLÊS, assim como acontece com todos os jogos grandes.
1 comentário:
Espero um grande jogo.
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