FUTEBOLÊS: Pela temporada que realizou no ano passado, mesmo tendo perdido três peças importantes (Quim, Di María e Ramires), o Benfica mantém-se na pole-position na corrida ao título ou o início de época com o pé esquerdo baralhou as contas?
BERNARDINO BARROS: A entrada do Benfica na prova não me surpreende, pois cometeu um erro de avaliação na "substituição" de duas peças importantes, Ramires e Di María. O Benfica foi campeão jogando bem e ganhando com aparente facilidade e logicamente "vendeu" mais. Vendeu sucesso, ilusões e jogadores. A base da continuidade no sucesso depende da forma como se colmatam as saídas, e creio que o Benfica não soube posicionar-se no mercado para "substituir" Di Maria. Não sei se ainda irá a tempo de preencher essa vaga (não é nada fácil), mas há que acreditar na capacidade de Jorge Jesus, que tem de demonstrar "jogo de cintura" para adaptar o modo de jogar da equipa de acordo com as características dos seus jogadores. O Benfica tem tudo do seu lado: continuidade do treinador, duas saídas apenas (David Luiz poderá sair?) e a força dos adeptos (apesar dos assobios na primeira jornada) para continuar na primeira linha da corrida ao título. Com o tempo, o Benfica vai entrar na onda das vitórias mas sem o brilhantismo da época passada, até porque já ganhou e há jogadores que não têm enraízado o hábito de querer ganhar sempre.
O Sp.Braga é uma equipa diferente. Terá capacidade para se intrometer na luta pela conquista do campeonato?
O Sp. Braga vem no mesmo seguimento do Benfica. Continuidade do treinador, logo de métodos e princípios, continuidade do núcleo duro do plantel e reforço em qualidade e quantidade do mesmo, sendo por isso uma equipa que poderá fazer o mesmo percurso de sucesso do ano transacto. A acrescer a isto junte-se uma massa associativa cada vez mais perto da equipa (longe vai o tempo em que o presidente António Salvador se queixava da fraca presença de adeptos) e estão reunidos os ingredientes para nova época digna de Guerreiros do Minho. Acredito na capacidade de Domingos Paciência para altos voos e nem mesmo uma possível eliminação da fase de gruois da Champions vai ser motivo de desilusão.
O FC Porto, com uma nova cara, poderá voltar a assentar o seu domínio?
O FC Porto tem novos jogadores e novo técnico, por isso tem que construir de início e com novos métodos. Entrou bem no campeonato e em fase de mudanças entrar a ganhar (e jogar bem) é meio caminho andado para entrar no comboio que o leve ao topo. Urge, no entanto, dar andamento aos dossiês parados (dispensas ou não de Raúl Meireles e Fucile) e encontrar mais um avançado para fazer companhia a Walter e Falcao, além de acertar a compra de um central de qualidade. O resto está lá: vontade de recuperar o título, organização e um treinador com ideias mais frescas e com um futebol mais pressionante e mais ofensivo. É um candidato assumido ao título como denota a sua entrada na competição.
Crónico candidato ao título, desastrado na época anterior, com novos princípios mas uma estreia amarga: o que se pede ao Sporting?
O Sporting começou mal mas não o excluo da candidatura ao título. Falhou muitos golos e em campo difícil teve arte e engenho para os construir, o que ás vezes é o mais difícil. Paulo Sérgio é um técnico jovem, ambicioso e muito exigente. Há que dar tempo aos jogadores para a adaptação a novos métodos e a nova forma de jogar. A falta de liquidez financeira obriga também a que os leões comprem a conta-gotas e disso se pode vir a ressentir a construção rápida de um conjunto forte.
As contas do título passarão por estas quatro equipas. O que esperar das restantes? Alguma surpresa?
Já não há lugar para muitas surpresas no futebol e para além da luta pelo título, onde estarão Benfica, Sp. Braga, FC Porto e Sporting, haverá a habitual luta pelos lugares europeus. Nessa corrida candidatam-se várias equipas por inerência - Vitória de Guimarães, Marítimo e Nacional -, acreditando que pelo que fizeram nesta primeira jornada possamos acrescentar Académica e Olhanense (grande jogo). Não descartar a capacidade que equipas como o Rio Ave e Vitória de Setúbal possam vir a demonstrar ao longo da temporada, pois são treinadas por dois experientes treinadores e o plantel das duas equipas tem qualidade. As restantes equipas lutarão pela manutenção.
BERNARDINO BARROS: A entrada do Benfica na prova não me surpreende, pois cometeu um erro de avaliação na "substituição" de duas peças importantes, Ramires e Di María. O Benfica foi campeão jogando bem e ganhando com aparente facilidade e logicamente "vendeu" mais. Vendeu sucesso, ilusões e jogadores. A base da continuidade no sucesso depende da forma como se colmatam as saídas, e creio que o Benfica não soube posicionar-se no mercado para "substituir" Di Maria. Não sei se ainda irá a tempo de preencher essa vaga (não é nada fácil), mas há que acreditar na capacidade de Jorge Jesus, que tem de demonstrar "jogo de cintura" para adaptar o modo de jogar da equipa de acordo com as características dos seus jogadores. O Benfica tem tudo do seu lado: continuidade do treinador, duas saídas apenas (David Luiz poderá sair?) e a força dos adeptos (apesar dos assobios na primeira jornada) para continuar na primeira linha da corrida ao título. Com o tempo, o Benfica vai entrar na onda das vitórias mas sem o brilhantismo da época passada, até porque já ganhou e há jogadores que não têm enraízado o hábito de querer ganhar sempre.
O Sp.Braga é uma equipa diferente. Terá capacidade para se intrometer na luta pela conquista do campeonato?
O Sp. Braga vem no mesmo seguimento do Benfica. Continuidade do treinador, logo de métodos e princípios, continuidade do núcleo duro do plantel e reforço em qualidade e quantidade do mesmo, sendo por isso uma equipa que poderá fazer o mesmo percurso de sucesso do ano transacto. A acrescer a isto junte-se uma massa associativa cada vez mais perto da equipa (longe vai o tempo em que o presidente António Salvador se queixava da fraca presença de adeptos) e estão reunidos os ingredientes para nova época digna de Guerreiros do Minho. Acredito na capacidade de Domingos Paciência para altos voos e nem mesmo uma possível eliminação da fase de gruois da Champions vai ser motivo de desilusão.
O FC Porto, com uma nova cara, poderá voltar a assentar o seu domínio?
O FC Porto tem novos jogadores e novo técnico, por isso tem que construir de início e com novos métodos. Entrou bem no campeonato e em fase de mudanças entrar a ganhar (e jogar bem) é meio caminho andado para entrar no comboio que o leve ao topo. Urge, no entanto, dar andamento aos dossiês parados (dispensas ou não de Raúl Meireles e Fucile) e encontrar mais um avançado para fazer companhia a Walter e Falcao, além de acertar a compra de um central de qualidade. O resto está lá: vontade de recuperar o título, organização e um treinador com ideias mais frescas e com um futebol mais pressionante e mais ofensivo. É um candidato assumido ao título como denota a sua entrada na competição.
Crónico candidato ao título, desastrado na época anterior, com novos princípios mas uma estreia amarga: o que se pede ao Sporting?
O Sporting começou mal mas não o excluo da candidatura ao título. Falhou muitos golos e em campo difícil teve arte e engenho para os construir, o que ás vezes é o mais difícil. Paulo Sérgio é um técnico jovem, ambicioso e muito exigente. Há que dar tempo aos jogadores para a adaptação a novos métodos e a nova forma de jogar. A falta de liquidez financeira obriga também a que os leões comprem a conta-gotas e disso se pode vir a ressentir a construção rápida de um conjunto forte.
As contas do título passarão por estas quatro equipas. O que esperar das restantes? Alguma surpresa?
Já não há lugar para muitas surpresas no futebol e para além da luta pelo título, onde estarão Benfica, Sp. Braga, FC Porto e Sporting, haverá a habitual luta pelos lugares europeus. Nessa corrida candidatam-se várias equipas por inerência - Vitória de Guimarães, Marítimo e Nacional -, acreditando que pelo que fizeram nesta primeira jornada possamos acrescentar Académica e Olhanense (grande jogo). Não descartar a capacidade que equipas como o Rio Ave e Vitória de Setúbal possam vir a demonstrar ao longo da temporada, pois são treinadas por dois experientes treinadores e o plantel das duas equipas tem qualidade. As restantes equipas lutarão pela manutenção.
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