Apito final de Emidio Morganti em Siena. O Internazionale de Milão chega ao final dos noventa e três minutos com a vitória, um triunfo tangencial mas justo, inteiramente merecido para ser confirmado o pentacampeonato dos nerazzurros. José Mourinho está junto ao túnel. Benze-se, beija os dedos, aponta ao céu com os dois indicadores, agradece a nova conquista. Desce a escadaria e desaparece no túnel de acesso ao balneário. A câmara procura, Mourinho não mais é visto. No relvado, os jogadores exultam, abraçam-se, festejam o seu campeonato, um título suado e sofrido até ao final, enfim vergando a incómoda Roma que se intrometeu no caminho do Inter. José Mourinho, o mesmo que atravessou o relvado em Barcelona, é bem menos efusivo, mais recatado, festeja em silêncio. Dá mais um golpe nos críticos. O golpe de misericórdia.
O Inter dominou em Itália. Mesmo vivendo dificuldades, tendo o título nacional por um fio, vendo-se ultrapassado pela Roma, equipa autora de uma recuperação fantástica desde a entrada de Claudio Ranieri que foi capaz de polvorizar os catorze pontos de atraso. Pensou-se que o campeão falharia. Errado. O Inter aproveitou um deslize dos romanos, em casa, para recuperar a liderança e ficar, então, com todas as condições para assegurar o título - a derrota ante a Sampdoria foi fatal para as aspirações de Ranieri, vinte e cinco jogos depois do último tropeção. Ontem, no terreno do Siena, o Inter confirmou o pentacampeonato. A Roma pressionou, venceu, obrigou a equipa de José Mourinho, também, a vencer. O Inter jogou bem, sufocou o adversário, criou um infindável número de oportunidades. Os caminhos do golo estavam tapados. Até Milito emergir. Como tantas vezes.
Diego Alberto Milito foi, indiscutivelmente, um dos melhores jogadores deste Internazionale. Adaptou-se com enorme facilidade a uma realidade bem diferente daquela a que sempre esteve habituado e continuou o seu percurso, recheado de golos, tal como havia feito no Saragoça ou, sobretudo, na última temporada ao serviço do Génova. A importância de Milito foi notória na equipa, o avançado argentino destacou-se nos momentos cruciais, apontou vinte e dois golos no campeonato e sete na Liga dos Campeões - sendo verdadeiramente fulcral na primeira mão ante o Barcelona, tal como Sneijder ou Zanetti, por exemplo. Foi também dos pés de Diego Alberto Milito que saiu o remate vitorioso na final da Taça de Itália, conquistada, frente à Roma, no Estádio Olímpico. O Inter, mesmo com turbulência no percurso, conseguiu a dobradinha. Itália rendeu-se ao domínio.
O objectivo mais ambicionado do Inter passa pela conquista da Liga dos Campeões. Há quarenta e cinco anos, desde os tempo áureos de Helenio Herrera, que os nerazzurros não vencem a maior prova europeia de clubes. É um hiato demasiado longo, abissal até, para uma equipa com os recursos e o historial do Inter de Milão. Ser campeão em Itália tem sido uma constante ao longo de cinco anos. Vencer a Liga dos Campeões será um marco na História. É atrás dele que correm os jogadores do Inter. E José Mourinho. Para deixar Itália com o dever completamente cumprido, mesmo vencendo o campeonato com todo o mérito que se lhe reconhece, ganhar a Champions dará ao treinador português um estatuto quase impossível de igualar. Aí, sim, festejará. Deixará um futebol hipócrita e onde não se enquadra coberto de glória. Com vitórias, títulos e feitos inatingíveis.
O Inter dominou em Itália. Mesmo vivendo dificuldades, tendo o título nacional por um fio, vendo-se ultrapassado pela Roma, equipa autora de uma recuperação fantástica desde a entrada de Claudio Ranieri que foi capaz de polvorizar os catorze pontos de atraso. Pensou-se que o campeão falharia. Errado. O Inter aproveitou um deslize dos romanos, em casa, para recuperar a liderança e ficar, então, com todas as condições para assegurar o título - a derrota ante a Sampdoria foi fatal para as aspirações de Ranieri, vinte e cinco jogos depois do último tropeção. Ontem, no terreno do Siena, o Inter confirmou o pentacampeonato. A Roma pressionou, venceu, obrigou a equipa de José Mourinho, também, a vencer. O Inter jogou bem, sufocou o adversário, criou um infindável número de oportunidades. Os caminhos do golo estavam tapados. Até Milito emergir. Como tantas vezes.
Diego Alberto Milito foi, indiscutivelmente, um dos melhores jogadores deste Internazionale. Adaptou-se com enorme facilidade a uma realidade bem diferente daquela a que sempre esteve habituado e continuou o seu percurso, recheado de golos, tal como havia feito no Saragoça ou, sobretudo, na última temporada ao serviço do Génova. A importância de Milito foi notória na equipa, o avançado argentino destacou-se nos momentos cruciais, apontou vinte e dois golos no campeonato e sete na Liga dos Campeões - sendo verdadeiramente fulcral na primeira mão ante o Barcelona, tal como Sneijder ou Zanetti, por exemplo. Foi também dos pés de Diego Alberto Milito que saiu o remate vitorioso na final da Taça de Itália, conquistada, frente à Roma, no Estádio Olímpico. O Inter, mesmo com turbulência no percurso, conseguiu a dobradinha. Itália rendeu-se ao domínio.
O objectivo mais ambicionado do Inter passa pela conquista da Liga dos Campeões. Há quarenta e cinco anos, desde os tempo áureos de Helenio Herrera, que os nerazzurros não vencem a maior prova europeia de clubes. É um hiato demasiado longo, abissal até, para uma equipa com os recursos e o historial do Inter de Milão. Ser campeão em Itália tem sido uma constante ao longo de cinco anos. Vencer a Liga dos Campeões será um marco na História. É atrás dele que correm os jogadores do Inter. E José Mourinho. Para deixar Itália com o dever completamente cumprido, mesmo vencendo o campeonato com todo o mérito que se lhe reconhece, ganhar a Champions dará ao treinador português um estatuto quase impossível de igualar. Aí, sim, festejará. Deixará um futebol hipócrita e onde não se enquadra coberto de glória. Com vitórias, títulos e feitos inatingíveis.
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