Giuseppe Meazza, palco de espectáculo, anfiteatro italiano para a primeira meia-final da Liga dos Campeões. Ou muito mais do que isso. A junção de dois mundos diferentes, com filosofias pouco semelhantes, em busca de um objectivo comum: a vitória, a glória, a coroação como melhor equipa europeia. O Barcelona é, actualmente, uma formação sem paralelo, joga um futebol de encantar, não abdica dos seus princípios, ali como ninguém os triunfos. Tem Messi, Xavi ou Pedro Rodríguez: a sobriedade, a magia, o divertimento com a bola nos pés. Ao contrário, o Internazionale pretende terminar um hiato de quarenta e cinco anos, joga para o resultado, exalta o pragmatismo, usa a classe de Sneijder e os golos de Milito para ter sucesso. É ainda um duelo entre José Mourinho e Josep Guardiola. Com Olegário Benquerença como juiz.
Pedrito é um jogador emergente no Barcelona. Tem vinte e dois anos, é um produto da cantera catalã, foi autor de golos decisivos na Supertaça europeia e no Mundial de Clubes. 2009 foi o ano de ouro da equipa de Guardiola e do aparecimento de Pedro Rodríguez. Não precisa de muito para marcar. Não é um avançado de área, um predador, um jogador para se colocar entre os centrais adversários. Usa a velocidade, a técnica, encara os adversários, surge no espaço vazio, torna-se letal. O Real Madrid, há bem pouco tempo, provara o veneno. O Inter também haveria de ficar com a marca. Com vinte minutos de jogo: Maxwell subiu pela esquerda, Maicon foi apanhado em contra-pé quando se preparava para o ataque, Lúcio não barrou a passagem e o passe foi feito para o coração da área, zona fatal, para aparecer a finalização. Lá estava Pedro.
Sofrer um golo em casa, numa meia-final, jogando contra o Barcelona, uma equipa dominadora, é o pior que pode acontecer. O único caminho é anulá-lo rapidamente. O Inter sofreu cedo, foi um golpe, mas começara bem e Diego Milito já assustara Valdés. Foi o argentino o primeiro a reagir à desvantagem. E o Inter de Milão chegou ao empate. Com Milito, sempre ele: recebeu a bola na área, arrastou a defesa do Barcelona e abriu caminho à progressão de Sneijder. Remate seco e rasteiro do holandês, golo. Em tudo parecido com o que fizera o Barça dez minutos antes. Os italianos souberam procurar o golo. E depois? O Barcelona trocou a bola, o Inter fechou-se, jogou ao primeiro toque, com rapidez, para descompensar a defesa espanhola. As equipas encaixaram, no fundo. Ninguém ousou dar um palso em falso. Chegou o intervalo.
O Inter de Milão é uma equipa expedita. O seu maior mérito, não tendo um futebol pensado, é ser simples. Joga com poucos toques, coloca a bola no ataque, explora nas costas da defesa contrária e utiliza a explosão de Milito e Eto'o. A reentrada italiana foi empolgante. Diego Milito escapou-se no limite do fora-de-jogo, insistiu, cruzou para Maicon: vindo de trás, como uma flecha, desviou a bola do alcance de Valdés. Mourinho ergueu os braços. O Inter dera a volta. A bola passara para o outro lado, a resposta tinha que ser dada pelo Barcelona. Messi e Busquets viram Júlio Cesar impedir o empate. O jogo, contudo, sobretudo na segunda parte, era do Inter. Viria um novo golo: cruzamento de Maicon, amorti de Sneijder, golo de Milito. Uma tripla perfeita, resultado eficaz, verdadeiro veneno. Foi uma machadada no jogo.
O Barcelona estava obrigado a correr atrás da bola, atrasado no resultado, tendo bola mas demasiado longe da baliza contrária. É estranho, não? Contudo, o Inter impedia a progressão, pressionante, usando as forças disponíveis para manter um resultado excelente. O Barça tentou cercar a área de Júlio César, marcar um golo que lhe permitisse entrar em Camp Nou com toda a confiança em ser possível anular a vantagem italiana, mas o melhor que conseguiu foi um remate de Messi (onde andou ele, Zanetti?) e outro de Piqué, salvo em cima da linha por Lúcio. Pelo meio, Olegário Benquerença não assinalou uma grande penalidade sobre Dani Alves - o terceiro golo, apesar de duvidoso, parece bem validado. O Inter acabou com toda a equipa no seu meio-campo, defendendo com unhas e dentes a vantagem. Conseguiu-o. Com categoria.
Pedrito é um jogador emergente no Barcelona. Tem vinte e dois anos, é um produto da cantera catalã, foi autor de golos decisivos na Supertaça europeia e no Mundial de Clubes. 2009 foi o ano de ouro da equipa de Guardiola e do aparecimento de Pedro Rodríguez. Não precisa de muito para marcar. Não é um avançado de área, um predador, um jogador para se colocar entre os centrais adversários. Usa a velocidade, a técnica, encara os adversários, surge no espaço vazio, torna-se letal. O Real Madrid, há bem pouco tempo, provara o veneno. O Inter também haveria de ficar com a marca. Com vinte minutos de jogo: Maxwell subiu pela esquerda, Maicon foi apanhado em contra-pé quando se preparava para o ataque, Lúcio não barrou a passagem e o passe foi feito para o coração da área, zona fatal, para aparecer a finalização. Lá estava Pedro.
Sofrer um golo em casa, numa meia-final, jogando contra o Barcelona, uma equipa dominadora, é o pior que pode acontecer. O único caminho é anulá-lo rapidamente. O Inter sofreu cedo, foi um golpe, mas começara bem e Diego Milito já assustara Valdés. Foi o argentino o primeiro a reagir à desvantagem. E o Inter de Milão chegou ao empate. Com Milito, sempre ele: recebeu a bola na área, arrastou a defesa do Barcelona e abriu caminho à progressão de Sneijder. Remate seco e rasteiro do holandês, golo. Em tudo parecido com o que fizera o Barça dez minutos antes. Os italianos souberam procurar o golo. E depois? O Barcelona trocou a bola, o Inter fechou-se, jogou ao primeiro toque, com rapidez, para descompensar a defesa espanhola. As equipas encaixaram, no fundo. Ninguém ousou dar um palso em falso. Chegou o intervalo.
O Inter de Milão é uma equipa expedita. O seu maior mérito, não tendo um futebol pensado, é ser simples. Joga com poucos toques, coloca a bola no ataque, explora nas costas da defesa contrária e utiliza a explosão de Milito e Eto'o. A reentrada italiana foi empolgante. Diego Milito escapou-se no limite do fora-de-jogo, insistiu, cruzou para Maicon: vindo de trás, como uma flecha, desviou a bola do alcance de Valdés. Mourinho ergueu os braços. O Inter dera a volta. A bola passara para o outro lado, a resposta tinha que ser dada pelo Barcelona. Messi e Busquets viram Júlio Cesar impedir o empate. O jogo, contudo, sobretudo na segunda parte, era do Inter. Viria um novo golo: cruzamento de Maicon, amorti de Sneijder, golo de Milito. Uma tripla perfeita, resultado eficaz, verdadeiro veneno. Foi uma machadada no jogo.
O Barcelona estava obrigado a correr atrás da bola, atrasado no resultado, tendo bola mas demasiado longe da baliza contrária. É estranho, não? Contudo, o Inter impedia a progressão, pressionante, usando as forças disponíveis para manter um resultado excelente. O Barça tentou cercar a área de Júlio César, marcar um golo que lhe permitisse entrar em Camp Nou com toda a confiança em ser possível anular a vantagem italiana, mas o melhor que conseguiu foi um remate de Messi (onde andou ele, Zanetti?) e outro de Piqué, salvo em cima da linha por Lúcio. Pelo meio, Olegário Benquerença não assinalou uma grande penalidade sobre Dani Alves - o terceiro golo, apesar de duvidoso, parece bem validado. O Inter acabou com toda a equipa no seu meio-campo, defendendo com unhas e dentes a vantagem. Conseguiu-o. Com categoria.
2 comentários:
Grande Mourinho, que com a sua postura de verdadeiro senhor conseguiu o que poucos se poderão equiparar : ganhar o respeito dos artistas italianos.
Uma palavra para Berenquerença, que apesar de ser um árbitro que não goza muito da minha simpatia, teve nota positiva num jogo nada fácil de apitar num ambiente infernal, dignificando a arbitragem nacional.
Portugal no topo da Europa..Portugal forever...
Caro amigo, visitei o teu blog...gostei do teu trabalho e adicionei o FUTEBOLÊS no meu cantinho dedicado aos blogs cá do burgo lusitano....irei ser visitante assiduo, visto ser valor acrescido a entrada em espaço que considero de valor...
Pra quem gosta de futebol...é só visitar e comentar no blog...paixaodabola.blogspot.com..
Saudações desportivas...
Bom Artigo.
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