Em 2005-06, o Benfica viveu o seu último grande momento europeu. Não revalidou o título de campeão nacional, perdendo-o para um FC Porto que reiniciou a sua caminhada triunfante, mas chegou aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Sob o comando de Ronald Koeman, os encarnados seria derrotados, em Camp Nou, por um Barcelona no auge com Ronaldinho e Frank Rijkaard, mais tarde glorificado com a conquista da Champions. Para lá chegar, nos oitavos, o Benfica eliminou o Liverpool, então detentor do título de campeão europeu, com duas vitórias: 1-0 na Luz e 2-0 em Anfield Road, duas noites mágicas, marcantes, épicas de um clube que pretendia voltar a ser grande na Europa. Daí para cá, contudo, não mais os benfiquistas viveram um momento assim. Esta temporada pode ser um virar de página. Com o mesmo adversário pela frente. Dia 1 de Abril de 2010. Não, não é nenhuma mentira!
Quatro anos é muito tempo. Muito mudou desde essa eliminatória até agora. Benfica e Liverpool não mais se defrontaram. Luisão e Nuno Gomes são os únicos sobreviventes. No entanto, somente o central brasileiro se mantém titular, um pilar, cada vez mais indiscutível na equipa encarnada. E está motivado por um golo crucial, um golo num jogo que o próprio definiu como valendo seis pontos, frente ao Sp.Braga. E pelos elogios de Luís Filipe Vieira à sua capacidade de liderança. Em 2006, foi Luisão quem deu a vitória ao Benfica no jogo da primeira mão. Na Luz, após um cruzamento de Petit, o Girafa elevou-se e deixou Pepe Reina agarrado ao relvado. O Benfica surpreendeu, ganhou vantagem, deixou o campeão europeu em sentido, mostrando que tinha valor. Em Anfield, a cereja no topo do bolo: obra de Simão e Miccoli. Ambos deixaram saudades aos benfiquistas. Mas agora há outros protagonistas.
Os reds de Liverpool têm feito um campeonato bem abaixo do que se lhe exigia, caíram da Liga dos Campeões deste ano e têm a edição do próximo ano em risco, a margem de manobra de Rafa Benítez é quase nula. Por isso sentem-se obrigados a apostar forte na Liga Europa. Apesar das dificuldades sentidas no caminho, é sempre o Liverpool. Não uma equipa qualquer. Atravessou um mau período, sim, mas nem por isso deixou de ter Fernando Torres ou Gerrard, reforçando-se com Maxi Rodríguez. O Benfica não queria o Liverpool. Os encarnados de Lisboa estão fortes, têm as portas do título português abertas, ambição de ir longe na Liga Europa, passagem para Hamburgo em mente, há muito não demonstravam tal força. Passar esta eliminatória não é nenhum bicho de sete cabeças. O Liverpool não queria o Benfica. Uma conclusão evidente: qualquer um deles precisará de jogar nos limites.
Para vencer esta primeira mão, apenas uma parte do jogo, noventa minutos que poderão ou não ser decisivos nas contas finais, o Benfica terá de ser igual a si próprio. Se conseguir manter os princípios que tão bem lhe têm servido, sendo consistente defensivamente e eficaz no ataque, os encarnados podem conseguir sair em vantagem para o jogo de Liverpool. No entanto, como acontece sempre que o primeiro jogo tem lugar em casa, mais importante do que marcar é não permitir um golo que seja ao adversário. Ante o Marselha, o Benfica cedeu e teve capacidade para, no Vélodrome, dar a volta. Fazendo das tripas coração. Permitir um golo aos ingleses será o pior que poderá acontecer para quem irá jogar em Anfield Road. Fernando Torres tem o carimbo de perigo iminente. A dupla Luisão-David Luiz, sobretudo, terá a missão de lhe ofuscar o brilho. E que Aimar, Di María e Cardozo façam a sua parte!...
Quatro anos é muito tempo. Muito mudou desde essa eliminatória até agora. Benfica e Liverpool não mais se defrontaram. Luisão e Nuno Gomes são os únicos sobreviventes. No entanto, somente o central brasileiro se mantém titular, um pilar, cada vez mais indiscutível na equipa encarnada. E está motivado por um golo crucial, um golo num jogo que o próprio definiu como valendo seis pontos, frente ao Sp.Braga. E pelos elogios de Luís Filipe Vieira à sua capacidade de liderança. Em 2006, foi Luisão quem deu a vitória ao Benfica no jogo da primeira mão. Na Luz, após um cruzamento de Petit, o Girafa elevou-se e deixou Pepe Reina agarrado ao relvado. O Benfica surpreendeu, ganhou vantagem, deixou o campeão europeu em sentido, mostrando que tinha valor. Em Anfield, a cereja no topo do bolo: obra de Simão e Miccoli. Ambos deixaram saudades aos benfiquistas. Mas agora há outros protagonistas.
Os reds de Liverpool têm feito um campeonato bem abaixo do que se lhe exigia, caíram da Liga dos Campeões deste ano e têm a edição do próximo ano em risco, a margem de manobra de Rafa Benítez é quase nula. Por isso sentem-se obrigados a apostar forte na Liga Europa. Apesar das dificuldades sentidas no caminho, é sempre o Liverpool. Não uma equipa qualquer. Atravessou um mau período, sim, mas nem por isso deixou de ter Fernando Torres ou Gerrard, reforçando-se com Maxi Rodríguez. O Benfica não queria o Liverpool. Os encarnados de Lisboa estão fortes, têm as portas do título português abertas, ambição de ir longe na Liga Europa, passagem para Hamburgo em mente, há muito não demonstravam tal força. Passar esta eliminatória não é nenhum bicho de sete cabeças. O Liverpool não queria o Benfica. Uma conclusão evidente: qualquer um deles precisará de jogar nos limites.
Para vencer esta primeira mão, apenas uma parte do jogo, noventa minutos que poderão ou não ser decisivos nas contas finais, o Benfica terá de ser igual a si próprio. Se conseguir manter os princípios que tão bem lhe têm servido, sendo consistente defensivamente e eficaz no ataque, os encarnados podem conseguir sair em vantagem para o jogo de Liverpool. No entanto, como acontece sempre que o primeiro jogo tem lugar em casa, mais importante do que marcar é não permitir um golo que seja ao adversário. Ante o Marselha, o Benfica cedeu e teve capacidade para, no Vélodrome, dar a volta. Fazendo das tripas coração. Permitir um golo aos ingleses será o pior que poderá acontecer para quem irá jogar em Anfield Road. Fernando Torres tem o carimbo de perigo iminente. A dupla Luisão-David Luiz, sobretudo, terá a missão de lhe ofuscar o brilho. E que Aimar, Di María e Cardozo façam a sua parte!...
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