Barcelona e Arsenal jogam futebol por diversão. Colocam os olhos na baliza adversária, gostam de ter bola no pé, sabem exactamente o que fazer, usam toque curto para progredir, maravilham os adeptos com o jogo apresentado. São equipas vistosas. A grande diferença entre ambas está nos lucros que obtêm desse bom futebol. O Barça foi na época passada uma máquina triunfante, um carrossel perfeito que aliou o espectáculo às conquistas. Josep Guardiola, o jovem e inexperiente treinador que substituiu Rijkaard, entrado em decadência após o título europeu, conseguiu montar uma equipa brilhante, desconcertante e imperial. O Barcelona aumenta o prazer de cada jogo com conquistas. O Arsenal, pelo contrário, não consegue tirar partido do facto de jogar bem. Não ganha títulos. E são as conquistas que imortalizam as grandes equipas.
Em 2006, na final da Liga dos Campeões, o Barcelona levou de vencida o Arsenal. Como acontecera com o Bayern de Munique-Manchester United, os oitavos-de-final desta época voltaram a colocá-los como adversários. O Barcelona é agora uma equipa ainda mais temível, não tem Ronaldinho no seu melhor mas tem um super-Messi. Também o Arsenal parece mais consolidado, Wenger mantém o trabalho com jovens, renovando a equipa a cada ano, servindo os gunners de talentos ansiosos por despontar. Quando se defrontam dois gigantes europeus, numa fase tão adiantada da Liga dos Campeões, há a tendência para serem aumentadas as cautelas. Jogar com maior expectativa. O Barcelona não é assim. Entrou no Emirates Stadium de rompante, dominando. O Arsenal encostou-se à sua área. Nem pôde fazer mais.
O futebol rendilhado do Barcelona encanta qualquer um. É sempre naquela técnica de passa, repassa e volta a passar. A primeira parte dos catalães em Londres deve ser emoldurada. Sobretudo os primeiros vinte minutos. Futebol com grandes doses de espectáculo, posse de bola rondando os setenta por cento, Arsenal quase como uma equipa vulgar. Mas faltaram os golos. O Barça revelou-se perdulário, mostrou um desacerto que não costuma ser-lhe atribuído. Houve ainda uma causa maior para que o campeão espanhol, europeu e mundial não tenha conseguido marcar: a assombrosa exibição de Manuel Almunia, um guarda-redes transformado em herói. O Arsenal procurou reagir. Soltou-se um pouco para o ataque, retirou alguma bola ao Barcelona. Arsène Wenger já perdera Arshavin, iria ficar também sem Gallas. Duas lesões.
Estava escrito que o Barcelona haveria de marcar. Tinha que coroar o domínio. Fê-lo no reinício do jogo. Mil vezes justo. Ibrahimovic fez um chapéu a Almunia. Uma saída disparatada do guarda-redes foi fatal. O sueco, impiedoso, aproveitou. Faria o segundo, num remate potente e colocado. Agora, sim, o resultado era mais adequado. O segundo golo, porém, fez com que o Barcelona baixasse o ritmo. Após a hora de jogo, aquando do bis de Ibra, retraiu-se. Wenger lançou Theo Walcott para ainda tentar minimizar os estragos. Dois minutos em campo e um golo: belo registo do inglês. O Arsenal ganhou novo fôlego. Tentou a sua sorte, apesar de tudo. A cinco minutos do final, Puyol e Fàbregas caíram na área espanhola. Massimo Busacca marcou penalty. E o Arsenal empatou. A magia da Champions é isto. Que chance perdeu o Barça...
Em 2006, na final da Liga dos Campeões, o Barcelona levou de vencida o Arsenal. Como acontecera com o Bayern de Munique-Manchester United, os oitavos-de-final desta época voltaram a colocá-los como adversários. O Barcelona é agora uma equipa ainda mais temível, não tem Ronaldinho no seu melhor mas tem um super-Messi. Também o Arsenal parece mais consolidado, Wenger mantém o trabalho com jovens, renovando a equipa a cada ano, servindo os gunners de talentos ansiosos por despontar. Quando se defrontam dois gigantes europeus, numa fase tão adiantada da Liga dos Campeões, há a tendência para serem aumentadas as cautelas. Jogar com maior expectativa. O Barcelona não é assim. Entrou no Emirates Stadium de rompante, dominando. O Arsenal encostou-se à sua área. Nem pôde fazer mais.
O futebol rendilhado do Barcelona encanta qualquer um. É sempre naquela técnica de passa, repassa e volta a passar. A primeira parte dos catalães em Londres deve ser emoldurada. Sobretudo os primeiros vinte minutos. Futebol com grandes doses de espectáculo, posse de bola rondando os setenta por cento, Arsenal quase como uma equipa vulgar. Mas faltaram os golos. O Barça revelou-se perdulário, mostrou um desacerto que não costuma ser-lhe atribuído. Houve ainda uma causa maior para que o campeão espanhol, europeu e mundial não tenha conseguido marcar: a assombrosa exibição de Manuel Almunia, um guarda-redes transformado em herói. O Arsenal procurou reagir. Soltou-se um pouco para o ataque, retirou alguma bola ao Barcelona. Arsène Wenger já perdera Arshavin, iria ficar também sem Gallas. Duas lesões.
Estava escrito que o Barcelona haveria de marcar. Tinha que coroar o domínio. Fê-lo no reinício do jogo. Mil vezes justo. Ibrahimovic fez um chapéu a Almunia. Uma saída disparatada do guarda-redes foi fatal. O sueco, impiedoso, aproveitou. Faria o segundo, num remate potente e colocado. Agora, sim, o resultado era mais adequado. O segundo golo, porém, fez com que o Barcelona baixasse o ritmo. Após a hora de jogo, aquando do bis de Ibra, retraiu-se. Wenger lançou Theo Walcott para ainda tentar minimizar os estragos. Dois minutos em campo e um golo: belo registo do inglês. O Arsenal ganhou novo fôlego. Tentou a sua sorte, apesar de tudo. A cinco minutos do final, Puyol e Fàbregas caíram na área espanhola. Massimo Busacca marcou penalty. E o Arsenal empatou. A magia da Champions é isto. Que chance perdeu o Barça...
Sem comentários:
Enviar um comentário