Carlos Carvalhal não será o treinador do Sporting na nova época. Não é propriamente uma novidade mas agora é oficial. Trata-se do enésimo tiro no próprio pé dado por este Sporting. Há muito se sabia que Carvalhal era um treinador a prazo, com um contrato curto e com validade bem fixa, percebendo-se que muito dificilmente estaria à frente da equipa para além do período para o qual foi contratado. A fase de maior fulgor, em que o Sporting readquiriu parte da sua alma e deixou de ser o elo mais fraco, conseguindo explanar o seu futebol e reconciliando-se com os adeptos tem dedo de Carlos Carvalhal. Por isso o treinador disse esperar ser recompensado pelo trabalho abnegado que desenvolve desde o primeiro dia em Alvalade. Poderia ter funcionado para lhe ser dado algum crédito. Mas a decisão há muito estava tomada.
Depois de uma recuperação com sete jogos seguidos a ganhar e antes do melhor ciclo da época, o Sporting perdeu as possibilidades de lutar por qualquer prova interna. Oscilou entre o bom e o mau. Foi fatal e o destino de Carvalhal ficou marcado logo aí. A equipa teve capacidade para reaparecer mas já nada tinha para vencer. Não se pretende com isto dizer que o treinador devesse continuar. Só o tempo será capaz de mostrar se a mudança favoreceu ou não o clube leonino. No entanto, não faz qualquer sentido que num dia a saída de Carvalhal seja desmentida categoricamente pelo presidente, José Eduardo Bettencourt, e quatro dias depois seja oficializada. É paradoxal. Há, para além disso, uma questão fundamental: que motivação encontrará Carlos Carvalhal para cumprir o seu contrato até final?
O Sporting tem seis jogos para disputar até encerrar definitivamente a temporada de 2009-10. São, no entanto, seis partidas importantíssimas para salvaguardar o quarto lugar - o objectivo que José Eduardo Bettencourt, a certa altura, estabeleceu como prioritário -, pressionado pelo Vitória de Guimarães que está apenas a dois pontos. Ver-se ultrapassado nesta recta final, caindo para um negro quinto lugar, será o pior que poderá acontecer a qualquer sportinguista. Culminará uma época de verdadeiro pesadelo. Para Carlos Carvalhal será uma contagem descrecente até ficar desempregado. Aconteça o que acontecer, ganhe ou perca, jogando bem ou não, o treinador já tem o seu destino traçado. E, mais importante do que isso, anunciado publicamente. Não terá, portanto, qualquer motivação. Não é um tiro no próprio pé?
Carlos Carvalhal não pareceu em momento algum um treinador seguro. Procurou implementar as suas ideias, fez por agarrar a oportunidade que o Sporting lhe dera, mas nunca se livrou do estatuto de ser apenas uma ponte entre o passado e o futuro. Foi isso, então, que aconteceu: o treinador entrou num período conturbado, conseguiu juntar algumas peças, ressuscitou a equipa mas, olhando somente aos números, aumentou as distâncias para o topo e foi eliminado das provas em que o clube estava inserido. É herói num sentido, vilão noutro. Ao Sporting interessa ssquecer o que de mau foi feito nesta época e preparar os alicerces para um futuro mais risonho. Carvalhal está fora do próximo projecto de Bettencourt e Costinha porque nunca foi verdadeiramente pensado para liderar os leões. O Sporting quer mudar. É legítimo.
Só um volte-face totalmente imprevisto irá impedir André Villas Boas de ser o treinador do Sporting em 2010-2011. É um namoro antigo de José Eduardo Bettencourt e, antes de Carvalhal ser anunciado - mais uma prova de como foi uma solução momentânea -, o jovem treinador da Académica esteve perto de rumar a Alvalade. Não se concretizou na altura, será agora. Villas Boas fez escola com Mourinho, do Porto a Milão, tal como já recolhera conhecimentos de Bobby Robson. Já mostrou ter qualidades e essas experiências jogam a seu favor. Foi o suficiente para a aposta de Bettencourt. Por outro lado, porém, André Villas Boas começou a sua carreira de treinador principal há pouquíssimos meses, além de que ainda não alcançou a manutenção na Académica. Será sempre uma aposta de risco de quem quer uma ruptura com o passado.
Depois de uma recuperação com sete jogos seguidos a ganhar e antes do melhor ciclo da época, o Sporting perdeu as possibilidades de lutar por qualquer prova interna. Oscilou entre o bom e o mau. Foi fatal e o destino de Carvalhal ficou marcado logo aí. A equipa teve capacidade para reaparecer mas já nada tinha para vencer. Não se pretende com isto dizer que o treinador devesse continuar. Só o tempo será capaz de mostrar se a mudança favoreceu ou não o clube leonino. No entanto, não faz qualquer sentido que num dia a saída de Carvalhal seja desmentida categoricamente pelo presidente, José Eduardo Bettencourt, e quatro dias depois seja oficializada. É paradoxal. Há, para além disso, uma questão fundamental: que motivação encontrará Carlos Carvalhal para cumprir o seu contrato até final?
O Sporting tem seis jogos para disputar até encerrar definitivamente a temporada de 2009-10. São, no entanto, seis partidas importantíssimas para salvaguardar o quarto lugar - o objectivo que José Eduardo Bettencourt, a certa altura, estabeleceu como prioritário -, pressionado pelo Vitória de Guimarães que está apenas a dois pontos. Ver-se ultrapassado nesta recta final, caindo para um negro quinto lugar, será o pior que poderá acontecer a qualquer sportinguista. Culminará uma época de verdadeiro pesadelo. Para Carlos Carvalhal será uma contagem descrecente até ficar desempregado. Aconteça o que acontecer, ganhe ou perca, jogando bem ou não, o treinador já tem o seu destino traçado. E, mais importante do que isso, anunciado publicamente. Não terá, portanto, qualquer motivação. Não é um tiro no próprio pé?
Carlos Carvalhal não pareceu em momento algum um treinador seguro. Procurou implementar as suas ideias, fez por agarrar a oportunidade que o Sporting lhe dera, mas nunca se livrou do estatuto de ser apenas uma ponte entre o passado e o futuro. Foi isso, então, que aconteceu: o treinador entrou num período conturbado, conseguiu juntar algumas peças, ressuscitou a equipa mas, olhando somente aos números, aumentou as distâncias para o topo e foi eliminado das provas em que o clube estava inserido. É herói num sentido, vilão noutro. Ao Sporting interessa ssquecer o que de mau foi feito nesta época e preparar os alicerces para um futuro mais risonho. Carvalhal está fora do próximo projecto de Bettencourt e Costinha porque nunca foi verdadeiramente pensado para liderar os leões. O Sporting quer mudar. É legítimo.
Só um volte-face totalmente imprevisto irá impedir André Villas Boas de ser o treinador do Sporting em 2010-2011. É um namoro antigo de José Eduardo Bettencourt e, antes de Carvalhal ser anunciado - mais uma prova de como foi uma solução momentânea -, o jovem treinador da Académica esteve perto de rumar a Alvalade. Não se concretizou na altura, será agora. Villas Boas fez escola com Mourinho, do Porto a Milão, tal como já recolhera conhecimentos de Bobby Robson. Já mostrou ter qualidades e essas experiências jogam a seu favor. Foi o suficiente para a aposta de Bettencourt. Por outro lado, porém, André Villas Boas começou a sua carreira de treinador principal há pouquíssimos meses, além de que ainda não alcançou a manutenção na Académica. Será sempre uma aposta de risco de quem quer uma ruptura com o passado.
2 comentários:
Concordo plenamente com o post, mas agora só podemos esperar e ver o efeito deste tiro no pé. Normalmente o efeito é negativo,mas como diz e bem, sendo o enésimo tiro no pé, julgo que já não há lugar para a dor...
http://sportingsomosnos.blogspot.com/
Boa análise.
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