ANÁLISE
Agora, sim, não restam dúvidas: o título de campeão nacional será um duelo entre Benfica e Sp. Braga. Após o clássico com o Sporting, na jornada passada, poucas hipóteses restariam ao FC Porto, contudo ainda se mantinha a crença numa recuperação azul. No entanto, com o empate frente ao Olhanense, as esperanças dos portistas na conquista do título caíram por terra. Como um baralho de cartas. Um campeão não pode ter tamanha irregularidade como este FC Porto tem. Contentam-se os adversários do topo, sobretudo o Benfica, o líder, que aproveitou também um deslize do Sp.Braga, travado no Bonfim. Passo a passo, os benfiquistas vão solidificando a sua candidatura. Ah!, daqui a duas jornadas joga-se o Benfica-Sp.Braga...
Dois escorregões alheios, uma oportunidade única para o Benfica aniquilar o FC Porto e ganhar maior avanço ao Sp.Braga. Preciso vencer o Paços de Ferreira para dar mais esse passinho rumo à cimentação da candidatura ao título. Os pacenses têm feito, contudo, um campeonato em crescendo, sete jogos sem perder, um olho nas competições europeias. O Benfica entrou forte, motivado, com a convicção de não poderia desperdiçar as falhas dos rivais, marcou cedo: Rúben Amorim e Saviola, aos dezassete minutos, tinham construído a vantagem encarnada. Respondeu bem o Paços, não enrolando a bandeira, foi um opositor brioso, conseguiu reduzir e criar perigo para Quim. Um golo poderia ter surgido em qualquer das balizas. Foi na do Paços: Cardozo cumpriu o seu ritual, deu os três pontos ao Benfica. Ganhos com mérito.
O Benfica havia caído no Bonfim, o Vitória tivera capacidade para suster os encarnados, o perigo espreitava o Sp.Braga. A estratégia de Manuel Fernandes foi precisamente a mesma: tirar espaço aos jogadores bracarenses, povoar a zona defensiva, manter um ritmo baixo e deixar a bola longe da sua área. Surtiu o efeito desejado, a equipa formou uma barreira, o Sp.Braga teve mais bola, foi mais atacante, mas não conseguiu derrubar os sadinos e encontrou imensas dificuldades para criar perigo para a baliza de Nuno Santos. Os bracarenses entraram no jogo sadino, deixaram os minutos acumularem-se, Domingos viu-se obrigado a correr riscos e o Vitória procurou aproveitar a velocidade nas saídas para o ataque, conseguindo chegar perto da área contrária. Ninguém soube, porém, desfazer o nulo. O Sp.Braga tropeçou.
Ponto final, parágrafo. O empate do FC Porto com o Olhanense, em casa, aliado à vitória do Benfica, coloca uma pedra sobre a conquista do título, centra os dragões na obtenção do segundo lugar. Aliás, os dragões acabaram por beneficiar do empate do Sp.Braga, que poderia ter aumentado para dez a vantagem sobre os portistas. Um campeão, que pretende continuar a sê-lo e que tem bem presente a ideia de que terá uma tarefa quase utópica, não pode dar dois golos de avanço em casa. O Olhanense joga um bom futebol, olhos nos olhos, aproveitou as brechas defensivas. Mergulhado numa ansiedade fatal, obrigado a anular a desvantagem, o FC Porto teve coração, fez de tudo para dar a volta, mas foi pouco discernido. O relógio foi outro inimigo. Empatou no último minuto. Não deu para mais. Agora, dragão, só para o ano.
O Sporting tomou o gosto às vitórias. Deixou de ser o elo mais fraco, está uma equipa moralizada, unida e com vontade de demonstrar que, afinal, tem muito mais valor do que aquele que mostrou até então. Surpreendeu contra o Everton, tirou ao FC Porto a hipótese racional de acreditar no pentacampeonato, afundou, agora, o Belenenses no último lugar. Com exibições convincentes e triunfos categóricos, gordos e inteiramente merecidos. Depois das trevas, os leões estão motivados e vivem o melhor momento da temporada. Parecem imunes a tudo. Contudo, apesar das duas vitórias, Liedson ficara em branco. Não é normal, convenhamos. O Levezinho também achou que não, agigantou-se no Restelo, foi a figura máxima, fez quatro golos numa segunda parte de luxo em que os leões devoraram um Belenenses tenrinho.
O Vitória de Guimarães confirmou o seu bom momento, venceu o Nacional, por 2-0, e consolidou o quinto lugar, que lhe dá acesso à Liga Europa da próxima temporada. O União de Leiria, após quatro jogos sem vencer, voltou aos triunfos: derrotou o Leixões, por 2-1, ultrapassando o Paços de Ferreira no sexto lugar. Para além do Nacional, derrotado em Guimarães, também o Marítimo, outra equipa com ambições europeias, se atrasou nessa luta pelos lugares cimeiros, uma vez que empatou, a zero, em Coimbra. Rio Ave e Naval, ao empataram, conseguiram mais um ponto fundamental para assegurarem a manutenção o quanto antes. Nos lugares de despromoção, o Belenenses parece cada vez mais condenado e o Leixões mantém-se em penúltimo, agora com dois pontos de atraso para o Vitória de Setúbal e cinco para o Olhanense.
Agora, sim, não restam dúvidas: o título de campeão nacional será um duelo entre Benfica e Sp. Braga. Após o clássico com o Sporting, na jornada passada, poucas hipóteses restariam ao FC Porto, contudo ainda se mantinha a crença numa recuperação azul. No entanto, com o empate frente ao Olhanense, as esperanças dos portistas na conquista do título caíram por terra. Como um baralho de cartas. Um campeão não pode ter tamanha irregularidade como este FC Porto tem. Contentam-se os adversários do topo, sobretudo o Benfica, o líder, que aproveitou também um deslize do Sp.Braga, travado no Bonfim. Passo a passo, os benfiquistas vão solidificando a sua candidatura. Ah!, daqui a duas jornadas joga-se o Benfica-Sp.Braga...
Dois escorregões alheios, uma oportunidade única para o Benfica aniquilar o FC Porto e ganhar maior avanço ao Sp.Braga. Preciso vencer o Paços de Ferreira para dar mais esse passinho rumo à cimentação da candidatura ao título. Os pacenses têm feito, contudo, um campeonato em crescendo, sete jogos sem perder, um olho nas competições europeias. O Benfica entrou forte, motivado, com a convicção de não poderia desperdiçar as falhas dos rivais, marcou cedo: Rúben Amorim e Saviola, aos dezassete minutos, tinham construído a vantagem encarnada. Respondeu bem o Paços, não enrolando a bandeira, foi um opositor brioso, conseguiu reduzir e criar perigo para Quim. Um golo poderia ter surgido em qualquer das balizas. Foi na do Paços: Cardozo cumpriu o seu ritual, deu os três pontos ao Benfica. Ganhos com mérito.
O Benfica havia caído no Bonfim, o Vitória tivera capacidade para suster os encarnados, o perigo espreitava o Sp.Braga. A estratégia de Manuel Fernandes foi precisamente a mesma: tirar espaço aos jogadores bracarenses, povoar a zona defensiva, manter um ritmo baixo e deixar a bola longe da sua área. Surtiu o efeito desejado, a equipa formou uma barreira, o Sp.Braga teve mais bola, foi mais atacante, mas não conseguiu derrubar os sadinos e encontrou imensas dificuldades para criar perigo para a baliza de Nuno Santos. Os bracarenses entraram no jogo sadino, deixaram os minutos acumularem-se, Domingos viu-se obrigado a correr riscos e o Vitória procurou aproveitar a velocidade nas saídas para o ataque, conseguindo chegar perto da área contrária. Ninguém soube, porém, desfazer o nulo. O Sp.Braga tropeçou.
Ponto final, parágrafo. O empate do FC Porto com o Olhanense, em casa, aliado à vitória do Benfica, coloca uma pedra sobre a conquista do título, centra os dragões na obtenção do segundo lugar. Aliás, os dragões acabaram por beneficiar do empate do Sp.Braga, que poderia ter aumentado para dez a vantagem sobre os portistas. Um campeão, que pretende continuar a sê-lo e que tem bem presente a ideia de que terá uma tarefa quase utópica, não pode dar dois golos de avanço em casa. O Olhanense joga um bom futebol, olhos nos olhos, aproveitou as brechas defensivas. Mergulhado numa ansiedade fatal, obrigado a anular a desvantagem, o FC Porto teve coração, fez de tudo para dar a volta, mas foi pouco discernido. O relógio foi outro inimigo. Empatou no último minuto. Não deu para mais. Agora, dragão, só para o ano.
O Sporting tomou o gosto às vitórias. Deixou de ser o elo mais fraco, está uma equipa moralizada, unida e com vontade de demonstrar que, afinal, tem muito mais valor do que aquele que mostrou até então. Surpreendeu contra o Everton, tirou ao FC Porto a hipótese racional de acreditar no pentacampeonato, afundou, agora, o Belenenses no último lugar. Com exibições convincentes e triunfos categóricos, gordos e inteiramente merecidos. Depois das trevas, os leões estão motivados e vivem o melhor momento da temporada. Parecem imunes a tudo. Contudo, apesar das duas vitórias, Liedson ficara em branco. Não é normal, convenhamos. O Levezinho também achou que não, agigantou-se no Restelo, foi a figura máxima, fez quatro golos numa segunda parte de luxo em que os leões devoraram um Belenenses tenrinho.
O Vitória de Guimarães confirmou o seu bom momento, venceu o Nacional, por 2-0, e consolidou o quinto lugar, que lhe dá acesso à Liga Europa da próxima temporada. O União de Leiria, após quatro jogos sem vencer, voltou aos triunfos: derrotou o Leixões, por 2-1, ultrapassando o Paços de Ferreira no sexto lugar. Para além do Nacional, derrotado em Guimarães, também o Marítimo, outra equipa com ambições europeias, se atrasou nessa luta pelos lugares cimeiros, uma vez que empatou, a zero, em Coimbra. Rio Ave e Naval, ao empataram, conseguiram mais um ponto fundamental para assegurarem a manutenção o quanto antes. Nos lugares de despromoção, o Belenenses parece cada vez mais condenado e o Leixões mantém-se em penúltimo, agora com dois pontos de atraso para o Vitória de Setúbal e cinco para o Olhanense.
2 comentários:
Ricardo, boa explanação do que aconteceu nos principais jogos da jornada. Força!
Abraço.
O Futebol tal como os casos que acontecem nele não lembram deus nosso senhor mas é o que temos cá.
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