É uma evidência: José Eduardo Bettencourt perdeu o estado de graça que o levou à esmagadora vitória nas eleições para a presidência do Sporting. Uma grande percentagem de adeptos leoninos estará, aliás, contra as medidas levadas a cabo por Bettencourt. Após as renúncias de Paulo Bento, Pedro Barbosa e Miguel Ribeiro Telles, o presidente ficou só na liderança. A agitação que se vivia fruto das fracas exibições e dos maus resultados, atingiu o seu ponto máximo com as saídas dos três homens fortes do futebol profissional e a posição do próprio Bettencourt, pensou-se, teria ficado fragilizada. Poderia haver mais uma demissão na estrutura sportinguista. Nada disso, o presidente disparou forte sobre os contestatários: Vamos expulsar os terroristas do clube. Sei quem é o Harri Batasuna cá do sítio.
José Eduardo Bettencourt tem um discurso muito próprio, frontal e sem meios-termos. É bom que assim seja, contrastando com as velhas máximas e guerrilhas do futebol português. No entanto, uma frase tão forte como a referida acima só contribuirá para uma maior inquietação no seio dos adeptos. Ou seja, precisamente o contrário daquilo que seria pretendido porque, numa fase tão delicada quanto esta, importa que todos se unam sob os mesmos objectivos. Falar em terroristas e cretinos nunca poderá ser benéfico. A reestruturação do futebol do Sporting foi, então, o primeiro grande problema que Bettencourt teve pela frente: Sá Pinto, Salema Garção (embora em moldes diferentes dos anteriores) e, agora, Carlos Carvalhal são os sucessores.
Contudo, a escolha do treinador também se revelou um processo de gestão algo complicada. A primeira aposta, André Villas Boas, acabou fracassada, pois o treinador voltou atrás na sua decisão de rumar a Alvalade e a Académica não prescindiu da remuneração de um milhão de euros. Bettencourt, após ter sido conhecida a permanência do técnico em Coimbra, negou que tivesse havido qualquer contacto com Villas Boas - contradizendo até o que o clube indicara à CMVM. Tal como se vira na despedida de Paulo Bento, o presidente mostrou ser mais emocional do que racional e, por vezes, isso custa-lhe caro. Numa empresa como num clube, a frieza é extramamente necessária para uma boa liderança.
José Eduardo Bettencourt tem um discurso muito próprio, frontal e sem meios-termos. É bom que assim seja, contrastando com as velhas máximas e guerrilhas do futebol português. No entanto, uma frase tão forte como a referida acima só contribuirá para uma maior inquietação no seio dos adeptos. Ou seja, precisamente o contrário daquilo que seria pretendido porque, numa fase tão delicada quanto esta, importa que todos se unam sob os mesmos objectivos. Falar em terroristas e cretinos nunca poderá ser benéfico. A reestruturação do futebol do Sporting foi, então, o primeiro grande problema que Bettencourt teve pela frente: Sá Pinto, Salema Garção (embora em moldes diferentes dos anteriores) e, agora, Carlos Carvalhal são os sucessores.
Contudo, a escolha do treinador também se revelou um processo de gestão algo complicada. A primeira aposta, André Villas Boas, acabou fracassada, pois o treinador voltou atrás na sua decisão de rumar a Alvalade e a Académica não prescindiu da remuneração de um milhão de euros. Bettencourt, após ter sido conhecida a permanência do técnico em Coimbra, negou que tivesse havido qualquer contacto com Villas Boas - contradizendo até o que o clube indicara à CMVM. Tal como se vira na despedida de Paulo Bento, o presidente mostrou ser mais emocional do que racional e, por vezes, isso custa-lhe caro. Numa empresa como num clube, a frieza é extramamente necessária para uma boa liderança.
1 comentário:
Está-se a desleixar no futebol é a minha honesta opinião.
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