Jesualdo Ferreira chegou ao FC Porto com sessenta anos e sem títulos. Agora, três temporadas volvidas, é tricampeão nacional, tem uma Taça de Portugal e uma Supertaça no palmarés. Assumiu um estatuto de treinador de topo, de elite. Jorge Jesus chegou ao Benfica com cinquenta e quatro anos e sem títulos. Está ainda na sua primeira época nos encarnados e, por isso, não enriqueceu o currículo. Contudo, é o treinador da moda em Portugal e é grande responsável por encher os adeptos benfiquistas de esperança e optimismo. Que se pretende com isto dizer? Que, quando assumiram os comandos dos seus clubes, os treinadores de FC Porto e Benfica tinham trabalhos meritórios - Braga como elo de ligação comum - mas nada de conquistas de troféus.
Agora, com quarenta e três anos, é a vez de Carlos Carvalhal chegar ao Sporting. Também não tem títulos? Errado, tem um: Taça da Liga conquistada em 2007-08 frente ao seu actual clube e o seu antecessor. Os adeptos sportinguistas, numa percentagem bem elevada, não gostaram da escolha. Preferiam alguém mais experiente, alguém com mais estofo para levantar a equipa da passividade em que se encontra. É legítimo que assim seja, compreende-se perfeitamente. Trata-se de um caso algo semelhante ao da chegada de Augusto Inácio, em 1999. Foi olhado de lado, a princípio, mas levou o Sporting à conquista do campeonato nacional. Contudo, o panorama agora é bem diferente e, mesmo sendo um bom treinador, Carvalhal terá trabalho árduo. Será capaz de revitalizar a equipa? Veremos... a partir do derby.
Pode parecer paradoxal, porém, que se defendesse a chegada de André Villas Boas que apenas começou a carreira de treinador em Outubro passado, na Académica. Até aí fora sempre colaborador de Bobby Robson e José Mourinho. Pode-se gabar, como poucos, de ter tido dois grandes mestres, invejáveis para qualquer um, mas seria isso suficiente para lhe entregar o comando de uma clube que vive momentos tão delicados? Bettencourt achou que sim, foi a sua escolha para suceder a Bento. O próprio Villas Boas foi quem negou a transferência. Seria, talvez, um passo maior do que a perna. Esta contratação seria mais justificada do que a de Carvalhal? Muito sinceramente, leitor, creio que não. Certo que a Académica, com Villas Boas, está diferente e poderemos estar perante um treinador de grande sucesso. Mas no futuro. Não agora.
Agora, com quarenta e três anos, é a vez de Carlos Carvalhal chegar ao Sporting. Também não tem títulos? Errado, tem um: Taça da Liga conquistada em 2007-08 frente ao seu actual clube e o seu antecessor. Os adeptos sportinguistas, numa percentagem bem elevada, não gostaram da escolha. Preferiam alguém mais experiente, alguém com mais estofo para levantar a equipa da passividade em que se encontra. É legítimo que assim seja, compreende-se perfeitamente. Trata-se de um caso algo semelhante ao da chegada de Augusto Inácio, em 1999. Foi olhado de lado, a princípio, mas levou o Sporting à conquista do campeonato nacional. Contudo, o panorama agora é bem diferente e, mesmo sendo um bom treinador, Carvalhal terá trabalho árduo. Será capaz de revitalizar a equipa? Veremos... a partir do derby.
Pode parecer paradoxal, porém, que se defendesse a chegada de André Villas Boas que apenas começou a carreira de treinador em Outubro passado, na Académica. Até aí fora sempre colaborador de Bobby Robson e José Mourinho. Pode-se gabar, como poucos, de ter tido dois grandes mestres, invejáveis para qualquer um, mas seria isso suficiente para lhe entregar o comando de uma clube que vive momentos tão delicados? Bettencourt achou que sim, foi a sua escolha para suceder a Bento. O próprio Villas Boas foi quem negou a transferência. Seria, talvez, um passo maior do que a perna. Esta contratação seria mais justificada do que a de Carvalhal? Muito sinceramente, leitor, creio que não. Certo que a Académica, com Villas Boas, está diferente e poderemos estar perante um treinador de grande sucesso. Mas no futuro. Não agora.
1 comentário:
Bom Artigo.
Enviar um comentário