O derby de ontem, entre Sporting e Benfica, não deixou ninguém totalmente satisfeito mas também não desiludiu. Faltaram os golos, o essencial de um jogo de futebol. Um resultado recheado é atractivo, nunca um nulo casmurro. O jogo não foi brilhante, porém foi bem disputado e intenso. Sobretudo em termos tácticos, onde houve um duelo bem interessante de seguir. Nenhuma equipa ousou arriscar na tentativa de chegar à vitória, sob pena de deixar o sector defensivo fragilizado. Os treinadores foram racionais, realistas e não correram o risco de dar um passo que fosse em falso. Deveriam ter sido mais astutos? A bem do espectáculo, sim. No entanto, poderiam pagar caro por isso. Assim, cada um à sua maneira, ficaram contentes: Carvalhal com o progresso da equipa, Jesus com o empate que mantém o Sporting onze pontos atrás - embora possa permitir que o Sp.Braga se distancie de novo.
Primeiro preocupar em suster o ímpeto do adversário e só depois partir para lances de futebol ofensivo. Foi assim, exactamente da mesma forma, que Carlos Carvalhal e Jorge Jesus montaram as suas estratégias. O Sporting apresentou-se em 4x2x3x1: Adrien Silva e João Moutinho à frente da defesa, Miguel Veloso, Simon Vukcevic e Matías Fernandéz num trio de apoio a Liedson. A colocação de dois pivôs defensivos comprova as preocupações que o treinador do Sporting teve para impedir que o Benfica criasse superioridade. Em termos defensivos, o xadrez produziu efeitos, pois os leões taparam bem os caminhos para a sua baliza. Ofensivamente, a equipa criou lances de perigo e teve ocasiões de golo. Fica a ideia de que Carvalhal poderia ter arriscado mais qualquer coisa. Porém, caso a equipa ficasse demasiado exposta, poderia ser fatal. Aí, sim, diria já adeus definitivo ao título.
No lado oposto, Jorge Jesus começou com o 4x4x2 losango que implementou no Benfica desde o início da temporada. Tem dado excelentes resultados, aliás. Porém, com o desenrolar da partida e para responder à superioridade inicial que o Sporting demonstrara, deslocou Pablo Aimar para o lado direito em troca com Ramires e recuou Saviola para as costas de Cardozo. A equipa ficou formatada num 4x4x1x1, com maior coesão na zona onde se desenrolou quase toda a acção deste derby: o meio-campo, sector nevrálgico para qualquer equipa. Contudo, o mago argentino não esteve particularmente inspirado e, sem ele, o Benfica perdeu a magia para criar lances perigosos para Patrício. À medida que o jogo se foi encaminhando para o final, Jorge Jesus percebeu que um ponto ganho na casa do rival é sempre positivo. O Benfica jogou pela certa, não abdicou de atacar mas fixou-se essencialmente em garantir o resultado. Teve sucesso.
Primeiro preocupar em suster o ímpeto do adversário e só depois partir para lances de futebol ofensivo. Foi assim, exactamente da mesma forma, que Carlos Carvalhal e Jorge Jesus montaram as suas estratégias. O Sporting apresentou-se em 4x2x3x1: Adrien Silva e João Moutinho à frente da defesa, Miguel Veloso, Simon Vukcevic e Matías Fernandéz num trio de apoio a Liedson. A colocação de dois pivôs defensivos comprova as preocupações que o treinador do Sporting teve para impedir que o Benfica criasse superioridade. Em termos defensivos, o xadrez produziu efeitos, pois os leões taparam bem os caminhos para a sua baliza. Ofensivamente, a equipa criou lances de perigo e teve ocasiões de golo. Fica a ideia de que Carvalhal poderia ter arriscado mais qualquer coisa. Porém, caso a equipa ficasse demasiado exposta, poderia ser fatal. Aí, sim, diria já adeus definitivo ao título.
No lado oposto, Jorge Jesus começou com o 4x4x2 losango que implementou no Benfica desde o início da temporada. Tem dado excelentes resultados, aliás. Porém, com o desenrolar da partida e para responder à superioridade inicial que o Sporting demonstrara, deslocou Pablo Aimar para o lado direito em troca com Ramires e recuou Saviola para as costas de Cardozo. A equipa ficou formatada num 4x4x1x1, com maior coesão na zona onde se desenrolou quase toda a acção deste derby: o meio-campo, sector nevrálgico para qualquer equipa. Contudo, o mago argentino não esteve particularmente inspirado e, sem ele, o Benfica perdeu a magia para criar lances perigosos para Patrício. À medida que o jogo se foi encaminhando para o final, Jorge Jesus percebeu que um ponto ganho na casa do rival é sempre positivo. O Benfica jogou pela certa, não abdicou de atacar mas fixou-se essencialmente em garantir o resultado. Teve sucesso.
1 comentário:
Bom Artigo.
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