segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O campeão tratou a imagem

Um empate e uma derrota depois, o FC Porto regressou às vitórias para o campeonato português. Fê-lo frente ao Rio Ave, no Dragão. Não se pense, porém, que foi um triunfo fácil. Pelo contrário, pois o Rio Ave é uma equipa que se sabe fechar e defender sem necessitar de colocar uma muralha junto à área. A vitória do FC Porto baseou-se, sobretudo, no esforço, na persistência e na crença que os jogadores mantiveram. Foi justa. E sofrida: o golo vitorioso demorou a chegar, por algum desacerto dos atacantes portistas mas, sobretudo, por uma magnífica prestação do guarda-redes Carlos. A prova maior à personalidade dos dragões surgiu após um penalty desperdiçado por Falcao, nos minutos inciais da segunda etapa. Foi ultrapassado, atitudo bem diferente das últimas mostras. O FC Porto está longe ainda da equipa que conhecemos mas melhorou.

Oitenta e dois minutos: canto de Raul Meireles, toque de Farías para a entrada da pequena área e desvio precioso de Varela para o fundo da baliza do Rio Ave. Suspiraram de alívio os adeptos portistas, o FC Porto desfez o empate e ficou com tudo para somar os três pontos. Foi uma recompensa pela insistência, para a equipa de Carlos Brito um castigo. Imperou a lei do mais forte. Antes disso, o jogo tinha sido entretido, bem dividido, sempre com maior poderio do FC Porto mas sem um Rio Ave encolhido ou demasiadamente encostado à baliza de super-Carlos - um guarda-redes que o jogo transformou em herói. Nem Carlos Brito joga assim. As suas equipas não se intimidam com o adversário, têm ambição (realista) e tentam explorar todo o relvado.

Faltavam, então, oito minutos para os noventa quando o empate foi desfeito. Não o nulo, porque antes disso, dentro da primeira vintena de minutos, já ambas as equipas tinham marcado. Aos vinte e três, Hulk furou a defesa do Rio Ave, tabelou com Falcao e atirou a contar. Pensou-se que o FC Porto teria aí facilitado a sua tarefa de vencer, que esse golo lhe poderia dar a tranquilidade que a equipa tanto tem procurado. Não. Jogaram-se somente mais dois minutos até João Tomás, elevando-se entre os defesas azuis-e-brancos, fazer voltar tudo ao início. O golo sofrido foi um bom mote para a reacção do FC Porto: pressionante, trocando a bola junto da baliza contrária, procurando marcar o quanto antes. Veio o penalty, Falcao falhou. Foi preciso esperar até Varela, salvador, fazer o golo tão desejado.

3 comentários:

Jornal Só Desporto disse...

Ganhou é o que Importa se jogou bem é o que menos interessa no desporto contam é os resultados certo?

Ricardo Costa disse...

Vítor,

Claro que o resultado é o que conta. No entanto, más exibições constantes levam a maus resultados...

Anónimo disse...

Isto cada vez está mais díficil... nem com 14 em campo, mais o túnel de Braga, os sumaríssimos para ver se afastam jogadores do Benfica para os próximos jogos, principalmente com FCPorko, o que será que vem aí mais, roubos e/ou despedimento do Juju, não perca as cenas das próximas jornadas, numa casa corrupta perto de si.