Comecemos com uma questão que, neste momento, importa colocar: teria Portugal obrigação de se apurar directamente para o Mundial 2010? Sim, claro. A maior parte dos jogadores que fazem parte da Selecção nacional, para além de jogarem em clubes de topo mundial, possuem qualidade que ninguém questiona. Para perceber melhor essa argumentação, importa olhar aos adversários. Entre Dinamarca, Suécia, Hungria, Albânia e Malta, nenhum deles se apresenta como uma equipa que faça temer os portugueses, pelo seu poderio. Aliás, apenas dinamarqueses e suecos se destacaram e, sabia-se desde logo, que não seriam fáceis de levar de vencida. O sorteio foi, decerto, recebido com um sorriso de confiança.
Agora, depois de estarem cumpridas todas as jornadas da fase de qualificação, chega-se à conclusão de que Portugal apenas cumpriu os requisitos mínimos porque deixou escapar, para a Dinamarca, a liderança do grupo. Ou seja, não conseguindo alcançar a única posição que certificava a presença na África do Sul, o playoff passou a ser uma boa via alternativa. Mas, ressalve-se, ainda não garante a entrada no Mundial. No entanto, após ter estado tão próximo do abismo, este segundo lugar é uma espécie de pequena vitória e recompensa por todo o esforço despendido nesta parte final da fase de qualificação. Sobretudo por culpa própria, verdade seja dita, fruto de alguns tropeções sem explicação plausível.
Foram, ao todo, onze os pontos desperdiçados. A primeira metade do apuramento revelou-se absolutamente desastrosa para Portugal. A ansiedade, claro, após jogos bem pouco conseguidos e até opções incertas de Queiroz, tomou conta de todo o povo português. Não houve, porém, partida alguma em que a Selecção nacional fosse inferior ao adversário. Mesmo na derrota com a Dinamarca, sofrida nos minutos finais após um volte-face incrível, foram os erros defensivos que apagaram aquilo que de bom havia sido produzido. Contudo, há resultados que são inaceitáveis para uma equipa que pretende chegar longe: empatar, em casa, frente a uma Albânia reduzida a dez jogadores... é uma coisa do Diabo.
Além disso, acentuou-se, até ao primeiro jogo frente à Hungria, em Budapeste, uma tendência que remonta já aos tempos de Scolari: não vencer os adversários directos na luta pelo apuramento. Frente à Dinamarca voaram cinco pontos, os suecos ficaram com quatro. Dois adversários directos, oito pontos perdidos. Juntam-se mais dois, verdadeiramente desperdiçados nesse encontro com a Albânia, para chegar aos onze. Foi após o jogo de Copenhaga, com os dinamarqueses, que o Mundial ficou quase como uma miragem para os portugueses. Poucos seriam, aliás, aqueles que realmente ainda mantinham a esperança porque, para além de vencer as duas partidas com a Hungria e ainda Malta, na última jornada, era necessário que a Suécia não vencesse os três jogos.
Com determinação, enorme espírito de sacrifício e entrega total, foi alcançado o objectivo que, em dado momento, passou a ser prioritário. As partidas, independetemente da beleza ou não do futebol apresentado, culminaram todas em vitórias. Numa fase tão delicada quanto esta, ninguém se atreveria a pedir jogos de maravilhar. Importava ganhar, nada mais. Agora, com todas as contas feitas, causa uma enorme estranheza como Portugal não conseguiu resolver, desde logo, as contas do apuramento. Esteve demasiado tempo adormecido, talvez à procura de um fio condutor. Chegou a tempo, felizmente, e está agora uma equipa bem mais forte. Esteve em baixo mas teve a capacidade de se erguer. Renasceu das cinzas. Esperemos, então, que o playoff seja apenas uma ponte para o destino final: África do Sul.
Agora, depois de estarem cumpridas todas as jornadas da fase de qualificação, chega-se à conclusão de que Portugal apenas cumpriu os requisitos mínimos porque deixou escapar, para a Dinamarca, a liderança do grupo. Ou seja, não conseguindo alcançar a única posição que certificava a presença na África do Sul, o playoff passou a ser uma boa via alternativa. Mas, ressalve-se, ainda não garante a entrada no Mundial. No entanto, após ter estado tão próximo do abismo, este segundo lugar é uma espécie de pequena vitória e recompensa por todo o esforço despendido nesta parte final da fase de qualificação. Sobretudo por culpa própria, verdade seja dita, fruto de alguns tropeções sem explicação plausível.
Foram, ao todo, onze os pontos desperdiçados. A primeira metade do apuramento revelou-se absolutamente desastrosa para Portugal. A ansiedade, claro, após jogos bem pouco conseguidos e até opções incertas de Queiroz, tomou conta de todo o povo português. Não houve, porém, partida alguma em que a Selecção nacional fosse inferior ao adversário. Mesmo na derrota com a Dinamarca, sofrida nos minutos finais após um volte-face incrível, foram os erros defensivos que apagaram aquilo que de bom havia sido produzido. Contudo, há resultados que são inaceitáveis para uma equipa que pretende chegar longe: empatar, em casa, frente a uma Albânia reduzida a dez jogadores... é uma coisa do Diabo.
Além disso, acentuou-se, até ao primeiro jogo frente à Hungria, em Budapeste, uma tendência que remonta já aos tempos de Scolari: não vencer os adversários directos na luta pelo apuramento. Frente à Dinamarca voaram cinco pontos, os suecos ficaram com quatro. Dois adversários directos, oito pontos perdidos. Juntam-se mais dois, verdadeiramente desperdiçados nesse encontro com a Albânia, para chegar aos onze. Foi após o jogo de Copenhaga, com os dinamarqueses, que o Mundial ficou quase como uma miragem para os portugueses. Poucos seriam, aliás, aqueles que realmente ainda mantinham a esperança porque, para além de vencer as duas partidas com a Hungria e ainda Malta, na última jornada, era necessário que a Suécia não vencesse os três jogos.
Com determinação, enorme espírito de sacrifício e entrega total, foi alcançado o objectivo que, em dado momento, passou a ser prioritário. As partidas, independetemente da beleza ou não do futebol apresentado, culminaram todas em vitórias. Numa fase tão delicada quanto esta, ninguém se atreveria a pedir jogos de maravilhar. Importava ganhar, nada mais. Agora, com todas as contas feitas, causa uma enorme estranheza como Portugal não conseguiu resolver, desde logo, as contas do apuramento. Esteve demasiado tempo adormecido, talvez à procura de um fio condutor. Chegou a tempo, felizmente, e está agora uma equipa bem mais forte. Esteve em baixo mas teve a capacidade de se erguer. Renasceu das cinzas. Esperemos, então, que o playoff seja apenas uma ponte para o destino final: África do Sul.
1 comentário:
Bom Artigo Ricardo
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