quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O árbitro Viktor Kassai e os portugueses

Viktor Kassai era, até ontem à noite, um nome que nada dizia aos adeptos portugueses. No entanto, não deve ser esquecido com facilidade pelos adeptos sportinguistas. Pior será se o Sporting não conseguir ganhar em Florença e garantir a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões: o árbitro húngaro ficará marcado como o mau da fita, aquele que impediu que tal acontecesse. O mesmo que aconteceu na temporada passada com o Vitória de Guimarães, impedido de disputar a liga dos milhões por uma decisão errada do assistente de Pieter Vink.

Existe, na maioria da vezes, uma tendência para subjugar aquilo que se faz por cá e enaltecer o que se vê além fronteiras. Os árbitros portugueses vivem numa constante pressão e sob todas as críticas. Repare o leitor que não há, em Portugal, uma jornada em que não se fale de erros arbitrais. Claro que eles acontecem, claro que a arbitragem portuguesa tem ainda muito que crescer, claro que tem um défice de qualidade. Porém, parece-me que existe algum exagero nessas críticas. Afinal, falar do árbitro é fácil. Bem mais fácil do que criticar a equipa ou o treinador.

Todavia, não foi isso que aconteceu ontem em Alvalade. A prestação de Viktor Kassai foi muito má, claramente em prejuízo do Sporting. Não é uma desculpa para o empate, é um facto que o leitor decerto assumirá. É precisamente aqui que pretendo chegar: Kassai é um árbitro húngaro, nada tem de português. Mas também erra, claro, afinal é humano. Outro exemplo perfeito é a péssima prestação do norueguês Tom Henning Ovrebo no Chelsea-Barcelona da temporada passada (meia-final da Liga dos Campeões) em que os ingleses têm inúmeras razões de queixa. Todos erram. Não são só os árbitros portugueses.

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