terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ao jeito de Tarantino, Alkmaar foi revisitado

O resultado antes de mais: o Sporting empatou na Holanda, frente ao Twente, e garantiu a qualificação para o play-off da Liga dos Campeões. Depois do nulo em Alvalade, aos leões bastava um empate com golos. Um golinho que fosse. Douglas, ainda antes do segundo minuto da partida, complicou as contas com uma cabeçada certeira. A partir desse momento, os holandeses comandados por Steve McLaren deram a iniciativa ao Sporting. Fecharam-se em redor da sua área, apenas. A equipa de Paulo Bento não conseguiu aproveitar. Jogou mal, há que dizer, mas nunca virou a cara à luta. E foi premiado com a sorte grande.

Noventa e três minutos da partida, vitória do Twente quase garantida. Pois bem, no futebol nada é certo até que o árbitro apite para o final: tal como os holandeses marcaram no início, também os portugueses podiam marcar no fecho. Apareceu um canto, como última oportunidade de sucesso, que até levou Rui Patrício a subir à área contrária. A bola foi ter com o guarda-redes, precisamente: Patrício saltou, disputou-a com Rukavytsya, bateu no chão, nas pernas de Janssen e golo! Um golo autenticamente caído do céu que fez com que qualificação ficasse garantida. Seguiu-se a festa em torno de Rui Patrício, aquele que ninguém esperava que pudesse resolver.

Não houve, certamente, ninguém que não tenha recordado o golo de Miguel Garcia em Alkmaar, também na Holanda. Já lá vão quatro anos, é verdade, mas o lance continua bem fresco na memória de todos. Aí, tal como agora, ao Sporting bastava um golo para passar. Surgiu no último minuto do tempo extra. Após um canto. Por um jogador, um defesa, que está (e estava na altura) bem longe de ser uma estrela. Assim como hoje. Por fim, sejamos justos: o Twente não merecia perder desta forma. Ser afastado no último minuto, através de um autogolo é penoso de mais. Mas quem disse que o futebol é justo?

Sem comentários: