O VERDADEIRO ESTADO DA NAÇÃO?
Respondo à pergunta dizendo que vai muito mal. Discursos agressivos, gestos insultuosos e sobretudo muita conversa mas pouca democracia, e o pior é que ainda não se foi a votos.
Ficava só na corrida um “garoto” (como lhe chama LFV), Bruno Carvalho, nortista, director de um canal televisivo chamado “Porto” Canal, e que na óptica dos comuns benfiquistas seria esmagado nas urnas (hoje isso vai acontecer). Não havendo cão há que caçar com gato e se os votos não são suficientes, há que avançar pela via jurídica e embaraçar o presidente da assembleia-geral, os dirigentes demissionários e que não se podem candidatar nos próximos anos e sobretudo lançar a indefinição no reino encarnado. No meio disto tudo ainda apareceu uma outra lista que queria José Eduardo Moniz na presidência, “Benfica, vencer, vencer”, mas que cedo chegou à conclusão que o sistema estava inquinado. Atenção para quem lê, que este sistema aqui falado não tem nada a ver com o outro, esse é que os benfiquistas querem ver erradicado há anos por ser corrupto e não seguir as mais sãs linhas da lisura de processos. Perceberam? É tudo na mesma linha do “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”.
Mas adiante que me perdi no raciocínio, saiu o Moniz da corrida eleitoral por considerar não estarem reunidas as condições e foi atacado por Luís Filipe Vieira com contundência, sem apelo nem agravo. Mas a primeira seta ao coração do director da TVI chegou pela mão da caneta de aluguer de LFV, que engendrou uma manobra de Filipes (espanhóis, pois claro) para derrubar o Filipe (lusitano e nosso) através de uma maquiavélica manobra de direitos televisivos e manobras palacianas. Confesso que depois de ler o articulista várias vezes, ainda não cheguei a apanhar o fio à meada, mas deve ser erro meu, pois o argumento parece-me finamente elaborado, mas com argumento muito delgado de conteúdo.
O busílis da questão é que, juridicamente, Luís Filipe Vieira não pode concorrer. A lista de Bruno Carvalho seria a única a ir a sufrágio, mas o presidente Manuel Vilarinho fez tábua rasa da decisão do tribunal e mantém a corrida eleitoral a dois.
Hoje sai fumo branco da chaminé encarnada, com a reeleição de Luís Filipe Vieira, e como sempre afirmei com esmagadora vantagem sobre a lista B, mas ficará para a história uma vitória de uma lista que se quer perpetuar no poder a todo o custo, que manchou a bandeira da democracia que sempre apregoou e diziam ser apanágio da nação encarnada, cavando um imbróglio jurídico que vai durar muito tempo e muita discussão, mas que acabará como se prevê: depois de estar no poder quem me vai tirar de lá?. Não era preciso tanto, mas o lugar é apetecível, como o afirma Rui Gomes da Silva ao dizer que o “presidente do Benfica é o quarto cargo da Nação”.
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