O Chelsea é uma equipa da qual me habituei a gostar desde 2004. Sou um enorme admirador de José Mourinho e, por contágio, fiquei também do clube. Mourinho chegou no Verão desse tal ano de 2004, depois de ter sido campeão europeu no FC Porto, pela mão do milionário Roman Abramovich. Os londrinos estavam há precisamente 50 anos sem ganhar a Premier League, tinham-se perdido num domínio de Manchester United, Arsenal e Liverpool. Com o treinador special, chegaram os portugueses Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho, Petr Cech, Robben e Drogba. Jogadores que não tinham ainda uma grande propensão a nível mundial que se juntaram a alguns importantes na estrutura do Chelsea, casos de John Terry, Lampard, Cudicini ou Makelele.
Mourinho construiu um grupo fortíssimo. E dominador e desconcertante. À semelhança do treinador, daquilo que tinha feito em Portugal. Não deu hipóteses à concorrência, foi campeão no primeiro ano em Inglaterra - ainda ganhou mais alguns troféus mas o campeonato é sempre o mais importante. Repito: algo que não sucedia há meio século. Além disso, o Chelsea voltou a assumir um papel de relevo na Europa, tornando-se um lógico candidato a vencer a Liga dos Campeões. Dava gosto ver aquela equipa jogar, era um autêntico espectáculo. Falhou esse tal objectivo europeu. O Chelsea caiu nas meias-finais, aos pés do Liverpool de Rafa Benítez, o ódio de estimação de Mourinho. Porém, na ronda anterior tinha afastado o Barcelona de Rijkaard e Ronaldinho, no auge do seu poderio. Numa eliminatória deliciosa. No segundo jogo, aos vinte minutos, o Chelsea já tinha três golos de avanço.
A época seguinte não fugiu muito aos padrões da anterior. Os blues voltaram a vencer a Premiership sem contestação, voltaram a cair na Champions. Encontraram o Barça nos oitavos-de-final, foram eliminados. Foi uma espécie de vingança dos espanhóis. A eliminatória trouxe polémica, Mourinho acusou Frank Rijkaard de ter estado no balneário do árbitro Anders Frisk (viria mesmo a abandonar a arbitragem!) e disse que Messi havia feito teatro, "teatro de calidad". A terceira época de Mou no Chelsea tinha, para além de conquistar o tricampeonato, a "obrigatoriedade" de vencer a Liga dos Campeões. Porém, nada correu como nos anos transactos. Surgiram diversas contrariedades, inúmeras lesões. O campeonato foi para o Manchester United, onde começava a despontar Cristiano Ronaldo, mas mesmo assim o Chelsea lutou até final de todas as formas possíveis. José Mourinho disse que treinava uns verdadeiros heróis. Na Europa, acabaram novamente eliminados pelo Liverpool. Em penaltis.
O special one viria a sair no decorrer da época de 2007-08, de costas voltadas com Abramovich. Ficou Avram Grant no seu lugar. A equipa perdeu a magia que tinha com Mourinho, perdeu identidade mas continuou a lutar pelos seus objectivos. Internamente, o Manchester foi outra vez mais forte; chegou à final da Champions, algo que o português não tinha conseguido, perdendo de forma cruel nos penaltis perante os mesmos red devils de Alex Ferguson. O resto, para a frente, não importa. Importava mesmo era relembrar o melhor período do Chelsea. Daquele Chelsea de Mourinho, cheio de magias e encantos. Acredito que ambos têm saudades: o Chelsea e José Mourinho. Sim, porque foi marcante para ambos.
Mourinho construiu um grupo fortíssimo. E dominador e desconcertante. À semelhança do treinador, daquilo que tinha feito em Portugal. Não deu hipóteses à concorrência, foi campeão no primeiro ano em Inglaterra - ainda ganhou mais alguns troféus mas o campeonato é sempre o mais importante. Repito: algo que não sucedia há meio século. Além disso, o Chelsea voltou a assumir um papel de relevo na Europa, tornando-se um lógico candidato a vencer a Liga dos Campeões. Dava gosto ver aquela equipa jogar, era um autêntico espectáculo. Falhou esse tal objectivo europeu. O Chelsea caiu nas meias-finais, aos pés do Liverpool de Rafa Benítez, o ódio de estimação de Mourinho. Porém, na ronda anterior tinha afastado o Barcelona de Rijkaard e Ronaldinho, no auge do seu poderio. Numa eliminatória deliciosa. No segundo jogo, aos vinte minutos, o Chelsea já tinha três golos de avanço.
A época seguinte não fugiu muito aos padrões da anterior. Os blues voltaram a vencer a Premiership sem contestação, voltaram a cair na Champions. Encontraram o Barça nos oitavos-de-final, foram eliminados. Foi uma espécie de vingança dos espanhóis. A eliminatória trouxe polémica, Mourinho acusou Frank Rijkaard de ter estado no balneário do árbitro Anders Frisk (viria mesmo a abandonar a arbitragem!) e disse que Messi havia feito teatro, "teatro de calidad". A terceira época de Mou no Chelsea tinha, para além de conquistar o tricampeonato, a "obrigatoriedade" de vencer a Liga dos Campeões. Porém, nada correu como nos anos transactos. Surgiram diversas contrariedades, inúmeras lesões. O campeonato foi para o Manchester United, onde começava a despontar Cristiano Ronaldo, mas mesmo assim o Chelsea lutou até final de todas as formas possíveis. José Mourinho disse que treinava uns verdadeiros heróis. Na Europa, acabaram novamente eliminados pelo Liverpool. Em penaltis.
O special one viria a sair no decorrer da época de 2007-08, de costas voltadas com Abramovich. Ficou Avram Grant no seu lugar. A equipa perdeu a magia que tinha com Mourinho, perdeu identidade mas continuou a lutar pelos seus objectivos. Internamente, o Manchester foi outra vez mais forte; chegou à final da Champions, algo que o português não tinha conseguido, perdendo de forma cruel nos penaltis perante os mesmos red devils de Alex Ferguson. O resto, para a frente, não importa. Importava mesmo era relembrar o melhor período do Chelsea. Daquele Chelsea de Mourinho, cheio de magias e encantos. Acredito que ambos têm saudades: o Chelsea e José Mourinho. Sim, porque foi marcante para ambos.
(Postado também no FUTEBOLARTTE, blogue do qual sou colaborador)
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