Sete jornadas cumpridas. Uma pausa de duas semanas: selecção, com uma dupla-jornada de extrema importância frente a Dinamarca e Islândia, logo se seguindo a participação na Taça de Portugal. Vinte e um pontos em disputa. O FC Porto é líder: começou forte, intenso e vivo, colocou o pé no acelerador, fez por passar uma borracha sobre a época passada, recuperando a alegria e a confiança em chegar a um título. Fixou-se no topo. Apenas cedeu, na passada ronda, dois pontos: o Vitória de Guimarães, num jogo quente e que ditou a primeira expulsão de André Villas Boas, um treinador jovem e aguerrido, foi a primeira equipa a consegui-lo. O dragão está na rota certa para reconquistar. Jorge Baptista, em entrevista ao FUTEBOLÊS, é bem claro: "Creio que o FC Porto vai ser o próximo campeão nacional. Tem sido a equipa mais decidida, voluntariosa, determinada e agressiva, o que não significa que esteja a rubricar grandes exibições", afirma.
Campeão. Com perdas importantes, mas reforçado, estável e não ficando descaracterizado. Partindo na pole-position, sim, contudo com um começo em falso: três derrotas, pior arranque de sempre apenas conseguindo três pontos em doze possíveis, paulatina recuperação e melhoria de resultados. O Benfica tem-se revelado, porém, demasiado intermitente, titubeante, indeciso. Poderá ter sido o mau arranque crucial para a decisão do título, travando a reacção benfiquista e deixando o actual campeão, desde logo, com dificuldades acrescidas? "Parece-me evidente que o mau início do Benfica neste campeonato, as péssimas decisões arbitrais e o arranque fulgurante do FC Porto vão ser determinantes para a conquista do título. O mais curioso, para mim, é que todos estes componentes estão interligados. Aliás,ou estou muito enganado ou o campeonato já está decidido desde a quarta jornada", responde, sem meios-termos, Jorge Baptista.
Um ponto fulcral: arbitragens. O Benfica queixou-se, deu um murro na mesa após a derrota em Guimarães, tomou uma posição forte e fez correr imensa tinta. Jorge Baptista, assessor de imprensa da FIFA e comentador televisivo, entende que, sendo redutor apontar apenas o dedo aos árbitros como justificação do arranque errante do Benfica, há razões para os benfiquistas levantarem a voz em tom de protesto - "Não serão apenas as arbitragens a explicar tudo o que tem acontecido até ao momento mas que têm ajudado lá nisso não me restam muitas dúvidas. Como sempre, o tempo o confirmará. O problema é que daqui por quatro ou cinco meses já ninguém se recordará do sucedido nas primeiras jornadas", dispara. De acordo com Jorge Baptista, o campeonato será um duelo entre Benfica e FC Porto. Águias e dragões têm, ao longo dos anos, proporcionado uma constante guerrilha. Nesta época mais do que nunca.
O Sporting não entra, à primeira vista, nesta luta. Para Jorge Baptista, o leão procura a sua identidade. E defende a teoria da bipolaridade: há um em Portugal e outro na Europa. Devido ao menor conhecimento existente entre equipas, quando joga no estrangeiro, "o Sporting tem actuado de forma mais desinibida". Contudo, quando é conhecida "a bagunça que tem sido a vida do Sporting nos últimos tempos, os adversários nacionais, naturalmente, sabem a melhor forma de tirar partido dessa situação", afirma. Existem outros erros, sobretudo de cariz técnico, que impedem a afirmação do Sporting - cumprindo a tradição - como um candidato ao título. "Creio que a pouco e pouco, o técnico Paulo Sérgio está a descobrir o melhor caminho. Por exemplo, com o afastamento temporário de Liedson, a integração do jovem Salomão, a titularidade de Postiga e a alternância de Vukcevic. Quer isto dizer que, na minha opinião, Paulo Sérgio começa a conhecer melhor o perfil psicológico dos seus jogadores", remata.
O Sp.Braga surge, por outro lado, como um outsider. No campeonato, onde concentra verdadeiramente as esperanças de voltar a ser bem-sucedido, tendo como inspiração o segundo lugar conquistado na época anterior, a equipa bracarense tem já um atraso de nove pontos para a liderança do FC Porto. A entrada na Liga dos Campeões, catapultando o clube para uma dimensão gigantesca e que nunca havia experimentado, baralhou o Sp.Braga, fê-lo perder alguma motivação, teve repercussões e colocou o sonho minhoto em xeque. Esperava-se mais, apesar de já se tratar de um feito extraordinário, ou são sintomas naturais de quem está em pleno período de crescimento? "Sempre disse que esta época a exigência seria muito maior devido à participação na Liga dos Campeões e o maior grau de exigência na Liga portuguesa. Os resultados começam a dar-me razão", assegura Jorge Baptista.
Ainda em relação ao Sp.Braga, que por ser próprio mérito elevou a fasquia e teve de se adaptar a uma nova responsabilidade, Jorge Baptista termina com uma constatação curiosa: "Penso mesmo que o Sp. Braga está desejoso por ser ver afastado da Liga dos Campeões para que a sua concentração regresse na totalidade ao campeonato nacional. Dá-me ideia é que já não vai a tempo. O Sp. Braga mereceu inteiramente a sua qualificação para a Liga dos Campeões mas não creio que estivesse suficientemente amadurecido para enfrentar este desafio. Os custos pagam-no, obviamente, o futebol português em geral", finaliza. Assim, de acordo com Jorge Baptista, FC Porto e Benfica, com vantagem para o dragão, discutirão o título, enquanto Sporting e Sp.Braga, também com esperanças a sorrir, deverão, antes de mais, reencontrar-se consigo próprios.
Campeão. Com perdas importantes, mas reforçado, estável e não ficando descaracterizado. Partindo na pole-position, sim, contudo com um começo em falso: três derrotas, pior arranque de sempre apenas conseguindo três pontos em doze possíveis, paulatina recuperação e melhoria de resultados. O Benfica tem-se revelado, porém, demasiado intermitente, titubeante, indeciso. Poderá ter sido o mau arranque crucial para a decisão do título, travando a reacção benfiquista e deixando o actual campeão, desde logo, com dificuldades acrescidas? "Parece-me evidente que o mau início do Benfica neste campeonato, as péssimas decisões arbitrais e o arranque fulgurante do FC Porto vão ser determinantes para a conquista do título. O mais curioso, para mim, é que todos estes componentes estão interligados. Aliás,ou estou muito enganado ou o campeonato já está decidido desde a quarta jornada", responde, sem meios-termos, Jorge Baptista.
Um ponto fulcral: arbitragens. O Benfica queixou-se, deu um murro na mesa após a derrota em Guimarães, tomou uma posição forte e fez correr imensa tinta. Jorge Baptista, assessor de imprensa da FIFA e comentador televisivo, entende que, sendo redutor apontar apenas o dedo aos árbitros como justificação do arranque errante do Benfica, há razões para os benfiquistas levantarem a voz em tom de protesto - "Não serão apenas as arbitragens a explicar tudo o que tem acontecido até ao momento mas que têm ajudado lá nisso não me restam muitas dúvidas. Como sempre, o tempo o confirmará. O problema é que daqui por quatro ou cinco meses já ninguém se recordará do sucedido nas primeiras jornadas", dispara. De acordo com Jorge Baptista, o campeonato será um duelo entre Benfica e FC Porto. Águias e dragões têm, ao longo dos anos, proporcionado uma constante guerrilha. Nesta época mais do que nunca.
O Sporting não entra, à primeira vista, nesta luta. Para Jorge Baptista, o leão procura a sua identidade. E defende a teoria da bipolaridade: há um em Portugal e outro na Europa. Devido ao menor conhecimento existente entre equipas, quando joga no estrangeiro, "o Sporting tem actuado de forma mais desinibida". Contudo, quando é conhecida "a bagunça que tem sido a vida do Sporting nos últimos tempos, os adversários nacionais, naturalmente, sabem a melhor forma de tirar partido dessa situação", afirma. Existem outros erros, sobretudo de cariz técnico, que impedem a afirmação do Sporting - cumprindo a tradição - como um candidato ao título. "Creio que a pouco e pouco, o técnico Paulo Sérgio está a descobrir o melhor caminho. Por exemplo, com o afastamento temporário de Liedson, a integração do jovem Salomão, a titularidade de Postiga e a alternância de Vukcevic. Quer isto dizer que, na minha opinião, Paulo Sérgio começa a conhecer melhor o perfil psicológico dos seus jogadores", remata.
O Sp.Braga surge, por outro lado, como um outsider. No campeonato, onde concentra verdadeiramente as esperanças de voltar a ser bem-sucedido, tendo como inspiração o segundo lugar conquistado na época anterior, a equipa bracarense tem já um atraso de nove pontos para a liderança do FC Porto. A entrada na Liga dos Campeões, catapultando o clube para uma dimensão gigantesca e que nunca havia experimentado, baralhou o Sp.Braga, fê-lo perder alguma motivação, teve repercussões e colocou o sonho minhoto em xeque. Esperava-se mais, apesar de já se tratar de um feito extraordinário, ou são sintomas naturais de quem está em pleno período de crescimento? "Sempre disse que esta época a exigência seria muito maior devido à participação na Liga dos Campeões e o maior grau de exigência na Liga portuguesa. Os resultados começam a dar-me razão", assegura Jorge Baptista.
Ainda em relação ao Sp.Braga, que por ser próprio mérito elevou a fasquia e teve de se adaptar a uma nova responsabilidade, Jorge Baptista termina com uma constatação curiosa: "Penso mesmo que o Sp. Braga está desejoso por ser ver afastado da Liga dos Campeões para que a sua concentração regresse na totalidade ao campeonato nacional. Dá-me ideia é que já não vai a tempo. O Sp. Braga mereceu inteiramente a sua qualificação para a Liga dos Campeões mas não creio que estivesse suficientemente amadurecido para enfrentar este desafio. Os custos pagam-no, obviamente, o futebol português em geral", finaliza. Assim, de acordo com Jorge Baptista, FC Porto e Benfica, com vantagem para o dragão, discutirão o título, enquanto Sporting e Sp.Braga, também com esperanças a sorrir, deverão, antes de mais, reencontrar-se consigo próprios.
1 comentário:
É o que vamos haver caro Jorge Baptista.
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