COMENTÁRIO
Uma bola, onze contra onze e vitória da Alemanha. Para Gary Lineker não havia que enganar: apesar das tácticas, da ambição, do talento individual e do fio condutor que orientam uma equipa, tudo isso fundamental para ganhar, seriam sempre, fosse como fosse, os alemães a sorrir. Para Portugal, por exemplo, também tem sido assim: com a selecção nacional ou com equipas, a Alemanha triunfa, superioriza-se, consegue ser melhor. O Benfica foi mais uma vítima: desperdiçou oportunidades, faltou-lhe o clique final para concretizar e deixar o adversário nas trevas, permitiu que o Schalke 04 se mantivesse vivo, controlado mas vivo, cedeu em momentos fundamentais, errou como não é permitido na Liga dos Campeões e acabou derrotado. Depois de um ar de melhoria, iniciado frente ao Hapoel Tel Aviv, prosseguido com vitórias ante Sporting e Marítimo, os encarnados voltaram a perder. O campeão é um semáforo demasiado intermitente.
Minuto zero. Duas equipas feridas no seu orgulho, começando a época com o pé esquerdo, acumulando erros, perdendo pontos importantes, vendo a margem de manobra cada vez menor: para o Benfica defender o seu título de campeão português e chegar longe na Liga dos Campeões, um objectivo ousado mas assumido por Jorge Jesus, e para o Schalke que é vice-campeão alemão e pretende voltar a discutir o título germânico. A equipa portuguesa ganha ascendente no jogo. Tem a bola, circula, avança, está tranquila, impede o perigo do adversário e cria oportunidades de golo. Cardozo e Saviola, dupla letal na época passada, arrasadora e com uma eficácia de fazer inveja a qualquer um, tiveram golos nos pés, ambos podiam ter marcado, mas falharam. Este é um problema actual do Benfica: perdeu capacidade para finalizar, para ferir o adversário e marcar o jogo a seu favor. O Schalke, aos poucos, aventurou-se no ataque.
Minuto quarenta e cinco. Persistência do nulo: mais Benfica, primeiro quarto-de-hora de uma equipa imperial e mandona, Schalke demostrando as suas carências, revelando-se perfeitamente ao alcance dos encarnados, mas que, nas vezes em que se aproximou da baliza benfiquista, criou perigo: marcou por duas vezes em lances anulados por fora-de-jogo, um deles mal assinalado, Rául acertou no poste e, na recarga, Roberto, tranquilo e seguro depois das tormentas iniciais, agigantou-se para impedir o golo de Rakitic. Quer tudo isto dizer que o Benfica teve o jogo na mão, deve a si próprio o facto de não ter aproveitado as soberanas oportunidades desperdiçadas pelos dois goleadores, Tacuara e El Conejo, aumentando as preocupações sobre a eficácia dos encarnados, e o Schalke, nas ocasiões em que criou perigo, foi realmente uma ameaça para a baliza de Roberto. Manter a postura e acertar na baliza: propósito do Benfica para vencer.
Minuto noventa. A História mantém-se: o Benfica não consegue vencer na Alemanha e os alemães, no duelo de onze contra onze, terminam por cima. Os encarnados foram ineficazes na primeira parte. Na segunda, somando a isso, perderam o ar mandão, baixaram a guarda, somaram desatenções e cometeram erros individuais que se revelaram fundamentais: César Peixoto atacou mal um cruzamento de Schmitz que resultou no golo de Jefferson Farfán e, doze minutos volvidos, a cinco do final, David Luiz foi ingénuo perante Raúl, matreiro e audaz, antes de Huntelaar, assistido por Jones, terminar com as aspirações do Benfica. A equipa portuguesa cai por culpa própria. Por não ter conseguido ser eficaz, terminando com o Schalke, impedindo os alemães de se manterem vivos e cedendo espaços na defesa. Os alemães ganham uma nova vida. O Benfica recua na recuperação. Sem que o início o fizesse prever.
NOTA: O comentário ao jogo do Benfica, na Liga dos Campeões, apenas pôde ser colocado agora.
Uma bola, onze contra onze e vitória da Alemanha. Para Gary Lineker não havia que enganar: apesar das tácticas, da ambição, do talento individual e do fio condutor que orientam uma equipa, tudo isso fundamental para ganhar, seriam sempre, fosse como fosse, os alemães a sorrir. Para Portugal, por exemplo, também tem sido assim: com a selecção nacional ou com equipas, a Alemanha triunfa, superioriza-se, consegue ser melhor. O Benfica foi mais uma vítima: desperdiçou oportunidades, faltou-lhe o clique final para concretizar e deixar o adversário nas trevas, permitiu que o Schalke 04 se mantivesse vivo, controlado mas vivo, cedeu em momentos fundamentais, errou como não é permitido na Liga dos Campeões e acabou derrotado. Depois de um ar de melhoria, iniciado frente ao Hapoel Tel Aviv, prosseguido com vitórias ante Sporting e Marítimo, os encarnados voltaram a perder. O campeão é um semáforo demasiado intermitente.
Minuto zero. Duas equipas feridas no seu orgulho, começando a época com o pé esquerdo, acumulando erros, perdendo pontos importantes, vendo a margem de manobra cada vez menor: para o Benfica defender o seu título de campeão português e chegar longe na Liga dos Campeões, um objectivo ousado mas assumido por Jorge Jesus, e para o Schalke que é vice-campeão alemão e pretende voltar a discutir o título germânico. A equipa portuguesa ganha ascendente no jogo. Tem a bola, circula, avança, está tranquila, impede o perigo do adversário e cria oportunidades de golo. Cardozo e Saviola, dupla letal na época passada, arrasadora e com uma eficácia de fazer inveja a qualquer um, tiveram golos nos pés, ambos podiam ter marcado, mas falharam. Este é um problema actual do Benfica: perdeu capacidade para finalizar, para ferir o adversário e marcar o jogo a seu favor. O Schalke, aos poucos, aventurou-se no ataque.
Minuto quarenta e cinco. Persistência do nulo: mais Benfica, primeiro quarto-de-hora de uma equipa imperial e mandona, Schalke demostrando as suas carências, revelando-se perfeitamente ao alcance dos encarnados, mas que, nas vezes em que se aproximou da baliza benfiquista, criou perigo: marcou por duas vezes em lances anulados por fora-de-jogo, um deles mal assinalado, Rául acertou no poste e, na recarga, Roberto, tranquilo e seguro depois das tormentas iniciais, agigantou-se para impedir o golo de Rakitic. Quer tudo isto dizer que o Benfica teve o jogo na mão, deve a si próprio o facto de não ter aproveitado as soberanas oportunidades desperdiçadas pelos dois goleadores, Tacuara e El Conejo, aumentando as preocupações sobre a eficácia dos encarnados, e o Schalke, nas ocasiões em que criou perigo, foi realmente uma ameaça para a baliza de Roberto. Manter a postura e acertar na baliza: propósito do Benfica para vencer.
Minuto noventa. A História mantém-se: o Benfica não consegue vencer na Alemanha e os alemães, no duelo de onze contra onze, terminam por cima. Os encarnados foram ineficazes na primeira parte. Na segunda, somando a isso, perderam o ar mandão, baixaram a guarda, somaram desatenções e cometeram erros individuais que se revelaram fundamentais: César Peixoto atacou mal um cruzamento de Schmitz que resultou no golo de Jefferson Farfán e, doze minutos volvidos, a cinco do final, David Luiz foi ingénuo perante Raúl, matreiro e audaz, antes de Huntelaar, assistido por Jones, terminar com as aspirações do Benfica. A equipa portuguesa cai por culpa própria. Por não ter conseguido ser eficaz, terminando com o Schalke, impedindo os alemães de se manterem vivos e cedendo espaços na defesa. Os alemães ganham uma nova vida. O Benfica recua na recuperação. Sem que o início o fizesse prever.
NOTA: O comentário ao jogo do Benfica, na Liga dos Campeões, apenas pôde ser colocado agora.
1 comentário:
Dar os golos ao adversário é fácil ganhar jogos.
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