O grande derby. Seja qual for o momento e a classificação que ocupam, os jogos entre Benfica e Sporting, os dois maiores clubes da capital, têm sempre um toque especial, emotivo e surpreendente. Defrontam-se, agora, em momentos críticos: nenhum deles iniciou a época como deveria, tendo já cedido pontos importantes, ambos vêem o FC Porto caminhar seguro no topo. Viveram em pólos opostos na época passada, os destinos cruzam-se, neste momento estão numa ordem inversa. O Benfica foi campeão, galvanizante e poderoso, ganhou com mérito, espalhou classe, mas começou a defesa do seu título com o pé esquerdo, acumulando desaires, marcando a vermelho o pior início de sempre. Está proibido de perder pontos e tem no derby um jogo decisivo, por paradoxal que pareça, à quinta jornada. O Sporting, saindo lentamente do pesadelo em que caiu na época passada, quer marcar a sua qualidade. Sem margem para errar.
Um jogo entre candidatos ao título, mais do que prognosticado, tem que ser vivido e jogado no limite durante noventa minutos. Diz-se, até, que quem está numa condição mais delicada, por baixo na classificação, costuma terminar a sorrir. Neste caso, ao contrário do que se esperava antes do arranque, o Benfica está sob pressão intensa, tem um atraso de nove pontos para o topo, perdeu por três vezes em quatro jornadas, mais do que em toda a época passada, confirmando um arranque nada condizente para quem é campeão e faz do bicampeonato a sua meta. Tem apenas três pontos. Perdeu o estado de graça, a força demolidora, vive com inúmeros problemas e iniciou uma cruzada fortíssima tendo por base as polémicas em torno da arbitragem. Perder mais pontos poderá ser realmente fatal. Sim, mesmo sendo a quinta jornada. O Benfica chega ao derby com um único cenário: vencer e esperar um tropeção na liderança.
O Sporting está melhor. Mesmo tendo menos cinco pontos do que o FC Porto, em igualdade com o Sp.Braga, os leões, aconteça o que acontecer no derby, terminarão a quinta ronda à frente do eterno rival. Não tem a mesma carga do que o Benfica, sim, mas uma derrota será, igualmente, desencorajadora para o Sporting se manter confiante na luta pelo título. Tendo jogado em França dois dias depois dos encarnados, que receberam o Hapoel na terça-feira, a equipa leonina pode apresentar maiores sinais de desgaste, mas a vitória ante o Lille, numa prova de que o plantel do Sporting tem qualidade e Paulo Sérgio poderá contar com maiores opções, será um catalisador importante para o derby de hoje. O treinador tentou dar descanso aos titulares para o jogo com o Benfica e, em face da resposta positiva das segundas escolhas, baralhou as contas em redor do onze inicial. Simon Vukcevic e Hélder Postiga poderão ter ganho um lugar. Também Abel?
Repetir a época passada, pelo menos dando seguimento aos feitos alcançados, melhorando até nalguns aspectos, foi o objectivo a que o Benfica se propôs no início da nova temporada. Jorge Jesus perdeu duas peças-chave: Di María e Ramires. Pode ser demasiado redutor referir as perdas de dois jogadores como explicação para tão acentuada quebra, mas é inegável que os encarnados sentem falta da capacidade explosiva e da dinâmica do passado. A incomparável diferença com a última época acentua as dúvidas dos benfiquistas, aumentando desde logo a descrença e vendo o FC Porto, principal rival, recuperar o seu fulgor. Na equipa titular, contudo, Jorge Jesus, em relação à última aparição oficial do Benfica, nada deve mudar, persistindo uma dúvida na lateral-direita: Maxi Pereira ou, de novo, Rúben Amorim? Nada mais, para além disso, se alterará, à partida, no campeão nacional. É lançar os jogadores e esperar pelo jogo.
BENFICA-SPORTING
Estádio da Luz, Lisboa, 20h15
Árbitro: Carlos Xistra
BENFICA: Roberto; Rúben Amorim, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi García, Carlos Martins, Pablo Aimar e Nicólas Gaitán; Saviola e Cardozo
SPORTING: Rui Patrício; Abel, Daniel Carriço, Nuno André Coelho e Evaldo; André Santos, Vukcevic, Maniche e Matías Fernández; Liedson e Hélder Postiga
NOTA: O Benfica-Sporting, assim como todos os jogos grandes - entre candidatos ao título - que se jogarão até ao final do campeonato, terá crónica no FUTEBOLÊS.
Um jogo entre candidatos ao título, mais do que prognosticado, tem que ser vivido e jogado no limite durante noventa minutos. Diz-se, até, que quem está numa condição mais delicada, por baixo na classificação, costuma terminar a sorrir. Neste caso, ao contrário do que se esperava antes do arranque, o Benfica está sob pressão intensa, tem um atraso de nove pontos para o topo, perdeu por três vezes em quatro jornadas, mais do que em toda a época passada, confirmando um arranque nada condizente para quem é campeão e faz do bicampeonato a sua meta. Tem apenas três pontos. Perdeu o estado de graça, a força demolidora, vive com inúmeros problemas e iniciou uma cruzada fortíssima tendo por base as polémicas em torno da arbitragem. Perder mais pontos poderá ser realmente fatal. Sim, mesmo sendo a quinta jornada. O Benfica chega ao derby com um único cenário: vencer e esperar um tropeção na liderança.
O Sporting está melhor. Mesmo tendo menos cinco pontos do que o FC Porto, em igualdade com o Sp.Braga, os leões, aconteça o que acontecer no derby, terminarão a quinta ronda à frente do eterno rival. Não tem a mesma carga do que o Benfica, sim, mas uma derrota será, igualmente, desencorajadora para o Sporting se manter confiante na luta pelo título. Tendo jogado em França dois dias depois dos encarnados, que receberam o Hapoel na terça-feira, a equipa leonina pode apresentar maiores sinais de desgaste, mas a vitória ante o Lille, numa prova de que o plantel do Sporting tem qualidade e Paulo Sérgio poderá contar com maiores opções, será um catalisador importante para o derby de hoje. O treinador tentou dar descanso aos titulares para o jogo com o Benfica e, em face da resposta positiva das segundas escolhas, baralhou as contas em redor do onze inicial. Simon Vukcevic e Hélder Postiga poderão ter ganho um lugar. Também Abel?
Repetir a época passada, pelo menos dando seguimento aos feitos alcançados, melhorando até nalguns aspectos, foi o objectivo a que o Benfica se propôs no início da nova temporada. Jorge Jesus perdeu duas peças-chave: Di María e Ramires. Pode ser demasiado redutor referir as perdas de dois jogadores como explicação para tão acentuada quebra, mas é inegável que os encarnados sentem falta da capacidade explosiva e da dinâmica do passado. A incomparável diferença com a última época acentua as dúvidas dos benfiquistas, aumentando desde logo a descrença e vendo o FC Porto, principal rival, recuperar o seu fulgor. Na equipa titular, contudo, Jorge Jesus, em relação à última aparição oficial do Benfica, nada deve mudar, persistindo uma dúvida na lateral-direita: Maxi Pereira ou, de novo, Rúben Amorim? Nada mais, para além disso, se alterará, à partida, no campeão nacional. É lançar os jogadores e esperar pelo jogo.
BENFICA-SPORTING
Estádio da Luz, Lisboa, 20h15
Árbitro: Carlos Xistra
BENFICA: Roberto; Rúben Amorim, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi García, Carlos Martins, Pablo Aimar e Nicólas Gaitán; Saviola e Cardozo
SPORTING: Rui Patrício; Abel, Daniel Carriço, Nuno André Coelho e Evaldo; André Santos, Vukcevic, Maniche e Matías Fernández; Liedson e Hélder Postiga
NOTA: O Benfica-Sporting, assim como todos os jogos grandes - entre candidatos ao título - que se jogarão até ao final do campeonato, terá crónica no FUTEBOLÊS.
1 comentário:
Como esperava vitória do Benfica.
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