Portugal inicia amanhã, sexta-feira, a caminhada de qualificação para o Europeu de 2012. Mergulhada num mar de polémica, a selecção, sem conseguir sequer colocar o pescoço de fora para receber algum oxigénio, vive atolada em problemas, intrigas e birras, que podem afectar o rendimento da equipa e, de certa forma, contribuir para um mau arranque. É real que possa acontecer, se bem que não passe pela cabeça de ninguém que Portugal não vença o Chipre e a Noruega - sobretudo a recepção aos cipriotas é de vitória obrigatória -, uma vez que a selecção não terá o seu líder, para o bem e para o mal, o treinador que guiou a selecção ao e no Mundial da África do Sul. Nesta convocatória, já sem Deco, Simão e Paulo Ferreira, também não há Ronaldo, o capitão, devido a uma lesão. Agostinho Oliveira, seleccionador interino na suspensão de Carlos Queiroz, terá de aguentar o barco, estabilizando e levando-o a bom porto.
A selecção portuguesa parece, neste momento, estar sem rei nem roque. Não tem o seleccionador, Carlos Queiroz, e, convenhamos, só num cenário de verdadeira utopia o voltará a ter. Os processos acumulam-se, as polémicas que envolvem Queiroz não têm fim à vista, juntam-se inúmeras pontas soltas, mal-entendidos e acusações, que retiram totalmente a margem de manobra ao, ainda, seleccionador e contribuem para que seja necessária uma mudança. Mas falta, por outro lado, uma tomada de posição da Federação, frontal e incisiva, procurando zelar pelo bem do futebol português, percebendo o actual estado da situação, deixando de lado questões de orgulho e de dinheiro, procurando reduzir ao máximo as consequências desportivas de uma decisão que, fosse qual fosse, há muito deveria estar tomada. Existe uma indemnização elevada, sim, mas, acima de tudo, uma selecção que precisa de tranquilidade para ter resultados.
Os jogadores, sem o seu líder, sem o seu capitão e formatadas para jogar em piloto-automático, como referiu Gilberto Madail, pretendem manter-se imunes, alheando-se de toda a polémica, de tudo aquilo que os afecta directamente e apenas se concentrarem nesta dupla jornada importante: trabalhar, lutar, ganhar e somar pontos com o horizonte bem definido. Sobressaem, ainda, as renúncias dos últimos dias, a juntar à de Deco declarada ainda na África do Sul, em que Simão Sabrosa e Paulo Ferreira, dois dos jogadores mais internacionais que marcaram presença neste Campeonato do Mundo - o extremo do Atlético de Madrid era mesmo, nos vinte e três eleitos, o que mais vezes vestira a camisola nacional -, deixaram a selecção, antecipando uma nova era, neste caso nos jogadores, para Portugal atacar uma nova fase com um novo grupo, pretendendo ficar bem cotado. Num Europeu, as hipóteses de sucesso são maiores. A responsabilidade também.
Para isso, como para qualquer coisa no futebol, é necessário existir equilíbrio, bom ambiente, vontade de triunfar e capacidade para enfrentar os desafios colocados no caminho. Portugal terá de construir um grupo forte, suportando a pressão e sabendo-se defender como colectivo. Fazer, no fundo, o que faltou na África do Sul. Precisa, antes de mais, de ver esclarecida a questão do seleccionador, sendo mais do que evidente que Carlos Queiroz perdeu completamente as condições para ficar, tendo desagradado aos patrões, aos adeptos e aos próprios jogadores. A própria Federação, com tantos avanços e recuos, confrontada com a sua falta de frontalidade para tomar uma medida em relação ao futuro técnico, poderá estar em xeque e, a cada dia, perdendo a sua credibilidade junto dos portugueses. Numa altura tão importante, no arranque para uma caminhada longa, poderá ser fatal. Quais as reais consequências de tal confusão?
A selecção portuguesa parece, neste momento, estar sem rei nem roque. Não tem o seleccionador, Carlos Queiroz, e, convenhamos, só num cenário de verdadeira utopia o voltará a ter. Os processos acumulam-se, as polémicas que envolvem Queiroz não têm fim à vista, juntam-se inúmeras pontas soltas, mal-entendidos e acusações, que retiram totalmente a margem de manobra ao, ainda, seleccionador e contribuem para que seja necessária uma mudança. Mas falta, por outro lado, uma tomada de posição da Federação, frontal e incisiva, procurando zelar pelo bem do futebol português, percebendo o actual estado da situação, deixando de lado questões de orgulho e de dinheiro, procurando reduzir ao máximo as consequências desportivas de uma decisão que, fosse qual fosse, há muito deveria estar tomada. Existe uma indemnização elevada, sim, mas, acima de tudo, uma selecção que precisa de tranquilidade para ter resultados.
Os jogadores, sem o seu líder, sem o seu capitão e formatadas para jogar em piloto-automático, como referiu Gilberto Madail, pretendem manter-se imunes, alheando-se de toda a polémica, de tudo aquilo que os afecta directamente e apenas se concentrarem nesta dupla jornada importante: trabalhar, lutar, ganhar e somar pontos com o horizonte bem definido. Sobressaem, ainda, as renúncias dos últimos dias, a juntar à de Deco declarada ainda na África do Sul, em que Simão Sabrosa e Paulo Ferreira, dois dos jogadores mais internacionais que marcaram presença neste Campeonato do Mundo - o extremo do Atlético de Madrid era mesmo, nos vinte e três eleitos, o que mais vezes vestira a camisola nacional -, deixaram a selecção, antecipando uma nova era, neste caso nos jogadores, para Portugal atacar uma nova fase com um novo grupo, pretendendo ficar bem cotado. Num Europeu, as hipóteses de sucesso são maiores. A responsabilidade também.
Para isso, como para qualquer coisa no futebol, é necessário existir equilíbrio, bom ambiente, vontade de triunfar e capacidade para enfrentar os desafios colocados no caminho. Portugal terá de construir um grupo forte, suportando a pressão e sabendo-se defender como colectivo. Fazer, no fundo, o que faltou na África do Sul. Precisa, antes de mais, de ver esclarecida a questão do seleccionador, sendo mais do que evidente que Carlos Queiroz perdeu completamente as condições para ficar, tendo desagradado aos patrões, aos adeptos e aos próprios jogadores. A própria Federação, com tantos avanços e recuos, confrontada com a sua falta de frontalidade para tomar uma medida em relação ao futuro técnico, poderá estar em xeque e, a cada dia, perdendo a sua credibilidade junto dos portugueses. Numa altura tão importante, no arranque para uma caminhada longa, poderá ser fatal. Quais as reais consequências de tal confusão?
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