O futebol tem requintes de malvadez. É irónico e revolucionário. Pode colocar algum protagonista na lama, criticado e desprezado por tudo e todos, mas também o consegue levantar, de rompante, sem que nada o fizesse prever e dar-lhe confiança. Roberto Jiménez, guarda-redes do Benfica, é um caso perfeito. Começou a época intranquilo, titubeante, falhando onde não poderia. Ouviu críticas, subiram de tom, Jorge Jesus manteve a aposta, não quis dar o braço a torcer. Até as condições de Roberto continuar na baliza do Benfica terem desaparecido - as duas derrotas nas duas primeiras jornadas do campeonato aliadas à derrota na Supertaça Cândido de Oliveira fizeram soar o alarme, Jorge Jesus teve que tomar uma decisão. A bem do clube, do grupo e do jogador. Por isso, Júlio César foi titular frente ao Vitória de Setúbal. É aqui que surge a ironia.
O Benfica entrou bem, forte, a marcar e mandando para bem longe fantasmas de um novo desaire. O campeão ainda não se encontrara nesta nova temporada. Um golo cedo, antes dos cinco minutos, foi o melhor que poderia ter acontecido aos encarnados. Até pelo marcador: Óscar Cardozo, melhor goleador do último campeonato, letal e decisivo, na sua estreia em golos na nova época. De novo, como em 2009, quebrando um jejum de dois jogos e marcando ante o Vitória de Setúbal. Se bem que diferente, sem qualquer ponta de comparação com a equipa que foi trucidada pelo Benfica no início da caminhada para a conquista do título, os sadinos poderiam ser o adversário ideal para a equipa de Jorge Jesus, depois dos solavancos iniciais, assentar e regressar às vitórias. Os tempos são outros, mantém-se o propósito de triunfar.
Controlo do Benfica, um golo de vantagem, sem preocupações defensivas pela pouca intervenção do Vitória de Setúbal. Chega o minuto vinte e três: Maxi Pereira atrasa mal a bola, Júlio César não a afasta no instante, Zeca é feliz, ganha e o guarda-redes brasileiro trava-lhe a marcha rumo à baliza. Grande penalidade, vermelho directo, oportunidade de ouro para empatar. Do banco, onde estava sentado, salta Roberto. A frio, apoiado pelos adeptos, num momento cortante. Uma defesa no remate, travando a grande penalidade, pode relançar-lhe a carreira, devolver-lhe o carinho dos adeptos, injectando uma descomunal dose de confiança. Hugo Leal parte para a bola e Roberto defende. Festeja-se como se fosse um golo. Não é, mas tem quase o mesmo sentido. A grande penalidade foi falhada e o Benfica, com dez, continua na frente.
O mais sarcástico de tudo é que Roberto, no primeiro jogo em que Jorge Jesus o coloca como suplente, vê-se obrigado a entrar em jogo, numa altura delicadíssima, para ser fundamental - antes tivera sido protagonista pelos piores motivos, por relevar deficiências técnicas, sobretudo no jogo aéreo. A sua defesa aumentou a confiança do Benfica, manteve a equipa sólida, sempre mais capaz do que o Vitória de Setúbal. Aos sadinos faltou arrojo, audácia e convicção para fazer valer a superioridade numérica e apostar forte, mesmo com recursos incomparavelmente inferiores aos do Benfica, na tentativa de surpreender. O golo de Luisão, num cabeceamento certeiro antes do intervalo, deu tranquilidade ao Benfica, deixou a vitória na mão. O campeão ainda marcou mais um, por Aimar, geriu os ritmos de jogo, controlou o adversário e foi sempre melhor. Ganhou: o jogo, um golo de Cardozo e uma parada fundamental de Roberto.
O Benfica entrou bem, forte, a marcar e mandando para bem longe fantasmas de um novo desaire. O campeão ainda não se encontrara nesta nova temporada. Um golo cedo, antes dos cinco minutos, foi o melhor que poderia ter acontecido aos encarnados. Até pelo marcador: Óscar Cardozo, melhor goleador do último campeonato, letal e decisivo, na sua estreia em golos na nova época. De novo, como em 2009, quebrando um jejum de dois jogos e marcando ante o Vitória de Setúbal. Se bem que diferente, sem qualquer ponta de comparação com a equipa que foi trucidada pelo Benfica no início da caminhada para a conquista do título, os sadinos poderiam ser o adversário ideal para a equipa de Jorge Jesus, depois dos solavancos iniciais, assentar e regressar às vitórias. Os tempos são outros, mantém-se o propósito de triunfar.
Controlo do Benfica, um golo de vantagem, sem preocupações defensivas pela pouca intervenção do Vitória de Setúbal. Chega o minuto vinte e três: Maxi Pereira atrasa mal a bola, Júlio César não a afasta no instante, Zeca é feliz, ganha e o guarda-redes brasileiro trava-lhe a marcha rumo à baliza. Grande penalidade, vermelho directo, oportunidade de ouro para empatar. Do banco, onde estava sentado, salta Roberto. A frio, apoiado pelos adeptos, num momento cortante. Uma defesa no remate, travando a grande penalidade, pode relançar-lhe a carreira, devolver-lhe o carinho dos adeptos, injectando uma descomunal dose de confiança. Hugo Leal parte para a bola e Roberto defende. Festeja-se como se fosse um golo. Não é, mas tem quase o mesmo sentido. A grande penalidade foi falhada e o Benfica, com dez, continua na frente.
O mais sarcástico de tudo é que Roberto, no primeiro jogo em que Jorge Jesus o coloca como suplente, vê-se obrigado a entrar em jogo, numa altura delicadíssima, para ser fundamental - antes tivera sido protagonista pelos piores motivos, por relevar deficiências técnicas, sobretudo no jogo aéreo. A sua defesa aumentou a confiança do Benfica, manteve a equipa sólida, sempre mais capaz do que o Vitória de Setúbal. Aos sadinos faltou arrojo, audácia e convicção para fazer valer a superioridade numérica e apostar forte, mesmo com recursos incomparavelmente inferiores aos do Benfica, na tentativa de surpreender. O golo de Luisão, num cabeceamento certeiro antes do intervalo, deu tranquilidade ao Benfica, deixou a vitória na mão. O campeão ainda marcou mais um, por Aimar, geriu os ritmos de jogo, controlou o adversário e foi sempre melhor. Ganhou: o jogo, um golo de Cardozo e uma parada fundamental de Roberto.
1 comentário:
Bom jogo do Benfica e de facto Roberto neste jogo esteve bem.
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