segunda-feira, 12 de julho de 2010

Minha África: O triunfo sorriu aos espanhóis

Acabou como estava previsto pelas bolsas de apostas, pela generalidade dos analistas desportivos e, convém não esquecer, pelo animal mais mediático deste Mundial, o polvo Paul - a Espanha é campeã do Mundo.

Caso para perguntar ainda se acabou bem. Poderia ter vencido qualquer uma e ambas o mereciam. A melhor oportunidade de golo, durante o tempo regulamentar, pertenceu à Holanda, com Robben a falhar (ou Casillas a defender?) isolado, depois de passe magistral de Sneijder, uma ocasião soberana estavam decorridos quase setenta minutos de jogo. Seria decisivo? Se calhar poderia ser, pois o jogo estava "empatado" nas barreiras defensivas montadas pelas duas equipas. Mais circulação de bola por parte dos espanhóis - desta vez a posse de bola não foi tão esmagadora (53%) - e futebol mais directo por parte dos holandeses, mas a mesma eficácia defensiva nas duas equipas, com muita pressão sobre a primeira linha de construção do adversário, retirar o jogo pelas alas obrigando a usar o centro do terreno (curiosamente onde as duas melhores oportunidades do jogo foram construídas por Robben e Fàbregas) onde o espaço era diminuto e evitar fazer faltas perto da área onde os especialistas abundavam de um e outro lado.

O jogo deu mais facilidade de construção por parte da Espanha, por uma razão apenas: os centrais holandeses, o lateral direito e o seu duo de trincos não conseguem sair a construir, ao passo que os espanhóis são exímios a sair da zona defensiva a construir jogo. Por isso mesmo e com tanta igualdade nos mais diversos sectores, só poderia ser um jogo táctico e com poucas oportunidades de golo, que deveria ser decidido em detalhes, como foi. A equipa espanhola marca o golo aos cento e quinze minutos, aproveitando espaço na defesa laranja, mercê da expulsão do central Heitinga, pois faltava alguém a marcar no flanco esquerdo da defesa, para travar a jogada de ataque "basculante" da selecção espanhola.

Ganhou quem foi mais feliz, em jogo em que ambas não mereciam perder, mas como alguém tem que vencer, Viva a Espanha!, que junta o título de Campeã da Europa ao de Campeã do Mundo.