O pessimismo trazido por uma entrada titubeante, errante e com cautela. A audácia, a força, o ataque demolidor que vergou a Coreia do Norte e, praticamente, colocou Portugal nos oitavos-de-final do Mundial 2010. Um mau arranque e uma enorme onda de euforia. Onde está o meio-termo? Encontrá-lo será, portanto, o objectivo da selecção portuguesa na partida frente ao Brasil. A qualificação ainda não está garantida, o futebol é capaz de tudo, preciso assegurá-la e decidir quem, entre brasileiros e portugueses, consegue o primeiro lugar do grupo. Ante o Brasil, já apurado e com duas baixas de peso, Portugal terá um bom teste às suas capacidades. Uma vitória sobre os brasileiros, grandes candidatos à conquista do seu sexto Campeonato do Mundo, é a oportunidade para Portugal marcar realmente o seu território.
Na memória de ambos, por razões completamente opostas, está ainda o dia 20 de Novembro de 2008. Em Brasília, num jogo particular, mas nem por isso amigável, o escrete trucidou a selecção portuguesa, inflingindo uma derrota por números gordos: 6-2. Nessa partida tudo correu bem aos brasileiros. A Portugal, pelo contrário, saíram mil e uma coisas furadas. O resultado volumoso, contudo, não reflecte o actual estado das duas selecções. Nem o Brasil é, actualmente, uma máquina trituradora, nem Portugal, motivadíssimo pela goleada histórica à Coreia, uma pobre e indefesa equipa que surge impiedosamente no caminho do papão brasileiro. Portugal terá, por isso, condições de discutir o resultado com o Brasil. O que aconteceu em Brasília, seja pelo virtuosismo brasileiro ou pelo generalizado desastre português, é passado. E pode ser vingado.
O que se pretende dizer com isto é que Portugal pode, sem que constitua uma enorme surpresa, vencer o jogo. Será difícil, claro. O Brasil, apesar de não encantar pelo futebol apresentado, é uma equipa temível. Neste Mundial, os brasileiros, com Dunga no comando, têm apresentado um estilo mais pragmático, com contenção e maiores cuidados. Adoptaram, no fundo, uma posição europeia. Hoje em dia, o Brasil já não é uma bela equipa, carregada de talento, que pratica um futebol vistoso. Os jogadores brasileiros, depois do fracasso no último Mundial, sabem que mais importante do que tudo é o resultado. E, até ao momento, têm correspondido: garantiram o apuramento para os oitavos-de-final com duas vitórias, cinco golos marcados e dois sofridos. Sem Kaká, expulso frente à Costa do Marfim, disputam com Portugal o primeiro lugar do grupo.
A selecção portuguesa ainda não tem o apuramento garantido: é um facto. No entanto, só uma verdadeira catástrofe tirará Portugal do caminho dos oitavos - tem sete golos positivos, enquanto a Costa do Marfim, adversário nas contas da passagem, que defronta a frágil Coreia, conta com três negativos. Um empate garante imediatamente o segundo lugar no grupo. Há, porém, a vontade, legítima, de ultrapassar os brasileiros e alcançar a liderança. Ser primeiro, ainda para mais com rivais de créditos firmados, é sempre um estímulo importante. E servirá, então, para que Portugal, sem receios, consiga fazer jus ao estatuto que fez por merecer. Neste momento, porém, nem se sabe o que será melhor: as vantagens de ser primeiro ou segundo estão dependentes do que a Espanha, ainda sem o apuramento alcançado, fizer. Portugueses e brasileiros querem evitar os espanhóis.
Dunga não terá Kaká nem Elano. Ambos os jogadores, um por castigo e o outro por lesão, falharão a partida frente a Portugal. Júlio Baptista será o substituto do médio do Real Madrid. Para a vaga deixada por Elano, Dani Alves, lateral do Barcelona, é a mais provável escolha. Do lado português, ainda sem Deco e Rúben Amorim, há a expectativa para saber se Carlos Queiroz irá poupar, num jogo que deverá servir de ponte para os oitavos-de-final, jogadores como Pedro Mendes, Hugo Almeida e Cristiano Ronaldo, todos eles em perigo de exclusão. O seleccionador nacional, contudo, apesar de confirmar mudanças, afirmou que fará por opção táctica e não devido à folha disciplinar dos jogadores. Seja como for, Pepe, Liedson e Danny espreitam por uma oportunidade. Pensando nos oitavos-de-final, sonhando com a liderança do grupo, ansiando por vingança: eis os Navegadores.
Na memória de ambos, por razões completamente opostas, está ainda o dia 20 de Novembro de 2008. Em Brasília, num jogo particular, mas nem por isso amigável, o escrete trucidou a selecção portuguesa, inflingindo uma derrota por números gordos: 6-2. Nessa partida tudo correu bem aos brasileiros. A Portugal, pelo contrário, saíram mil e uma coisas furadas. O resultado volumoso, contudo, não reflecte o actual estado das duas selecções. Nem o Brasil é, actualmente, uma máquina trituradora, nem Portugal, motivadíssimo pela goleada histórica à Coreia, uma pobre e indefesa equipa que surge impiedosamente no caminho do papão brasileiro. Portugal terá, por isso, condições de discutir o resultado com o Brasil. O que aconteceu em Brasília, seja pelo virtuosismo brasileiro ou pelo generalizado desastre português, é passado. E pode ser vingado.
O que se pretende dizer com isto é que Portugal pode, sem que constitua uma enorme surpresa, vencer o jogo. Será difícil, claro. O Brasil, apesar de não encantar pelo futebol apresentado, é uma equipa temível. Neste Mundial, os brasileiros, com Dunga no comando, têm apresentado um estilo mais pragmático, com contenção e maiores cuidados. Adoptaram, no fundo, uma posição europeia. Hoje em dia, o Brasil já não é uma bela equipa, carregada de talento, que pratica um futebol vistoso. Os jogadores brasileiros, depois do fracasso no último Mundial, sabem que mais importante do que tudo é o resultado. E, até ao momento, têm correspondido: garantiram o apuramento para os oitavos-de-final com duas vitórias, cinco golos marcados e dois sofridos. Sem Kaká, expulso frente à Costa do Marfim, disputam com Portugal o primeiro lugar do grupo.
A selecção portuguesa ainda não tem o apuramento garantido: é um facto. No entanto, só uma verdadeira catástrofe tirará Portugal do caminho dos oitavos - tem sete golos positivos, enquanto a Costa do Marfim, adversário nas contas da passagem, que defronta a frágil Coreia, conta com três negativos. Um empate garante imediatamente o segundo lugar no grupo. Há, porém, a vontade, legítima, de ultrapassar os brasileiros e alcançar a liderança. Ser primeiro, ainda para mais com rivais de créditos firmados, é sempre um estímulo importante. E servirá, então, para que Portugal, sem receios, consiga fazer jus ao estatuto que fez por merecer. Neste momento, porém, nem se sabe o que será melhor: as vantagens de ser primeiro ou segundo estão dependentes do que a Espanha, ainda sem o apuramento alcançado, fizer. Portugueses e brasileiros querem evitar os espanhóis.
Dunga não terá Kaká nem Elano. Ambos os jogadores, um por castigo e o outro por lesão, falharão a partida frente a Portugal. Júlio Baptista será o substituto do médio do Real Madrid. Para a vaga deixada por Elano, Dani Alves, lateral do Barcelona, é a mais provável escolha. Do lado português, ainda sem Deco e Rúben Amorim, há a expectativa para saber se Carlos Queiroz irá poupar, num jogo que deverá servir de ponte para os oitavos-de-final, jogadores como Pedro Mendes, Hugo Almeida e Cristiano Ronaldo, todos eles em perigo de exclusão. O seleccionador nacional, contudo, apesar de confirmar mudanças, afirmou que fará por opção táctica e não devido à folha disciplinar dos jogadores. Seja como for, Pepe, Liedson e Danny espreitam por uma oportunidade. Pensando nos oitavos-de-final, sonhando com a liderança do grupo, ansiando por vingança: eis os Navegadores.
1 comentário:
Força Portugal.
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