Terminou a fase de grupos do Mundial e agora entra-se na fase do tudo ou nada. Como dizia Cristiano Ronaldo, o verdadeiro Mundial começa agora. Portugal conseguiu o seu objectivo, apuramento para os oitavos-de-final, concretizando-se também o que já se adivinhava antes do Mundial, um duelo ibérico nos oitavos. O jogo com o Brasil foi para cumprir calendário, mas gostei da exibição da selecção na segunda parte, onde demonstrou maior capacidade ofensiva. A entrada de Simão (saída de Duda) trouxe mais velocidade e ficou patente que o Brasil tem dificuldades quando lhe aparece uma equipa que corre na direcção da sua baliza.
Como vai ser o embate contra a Espanha?
Um confronto de estilos, essencialmente. A Espanha é uma equipa que gosta de ter a posse da bola, de a trocar entre os seus jogadores, fazendo-a rodar se necessário de uma ala para a outra, na tentativa de encontrar o passe de ruptura de Xavi ou Iniesta, que encontre Villa nas alas ou Torres nas diagonais nas costas da defensiva contrária. Uma equipa que defende bem, pressão feita na primeira linha ofensiva não deixando a equipa contrária construir, construindo muitas ocasiões de golo, mas com a pecha (pelo menos nestes jogos da primeira fase) de não terem grande índice de finalização. Portugal é o oposto, uma equipa passiva na primeira linha de pressão, mas que defende bem (neste Mundial ainda não sofreu nenhum), com a ajuda dos alas e principalmente do trinco, Pedro Mendes. No ataque a equipa lusa opta pelas transições rápidas e na capacidade e velocidade de Cristiano Ronaldo no um-contra-um.
Resta saber que onze vai escolher Carlos Queiroz contra a Espanha e se até à posição seis não tenho qualquer dúvida (Eduardo; Paulo Ferreira, Bruno Alves, Ricardo Carvalho, Fábio Coentrão; Pedro Mendes) daí para diante só vejo mais três lugares fixos: Raúl Meireles, Cristiano Ronaldo e Simão. Ficam dois lugares por preencher, cabendo ao seleccionador escolher de acordo com a estratégia que quiser montar frente a uma Espanha consistente a defender e sagaz a atacar. Liedson ou Hugo Almeida na frente? Tiago ou Deco na construção? Ou reforço do meio-campo ofensivo (Danny) com Ronaldo a jogar como avançado? Aguardemos.
Resta saber que onze vai escolher Carlos Queiroz contra a Espanha e se até à posição seis não tenho qualquer dúvida (Eduardo; Paulo Ferreira, Bruno Alves, Ricardo Carvalho, Fábio Coentrão; Pedro Mendes) daí para diante só vejo mais três lugares fixos: Raúl Meireles, Cristiano Ronaldo e Simão. Ficam dois lugares por preencher, cabendo ao seleccionador escolher de acordo com a estratégia que quiser montar frente a uma Espanha consistente a defender e sagaz a atacar. Liedson ou Hugo Almeida na frente? Tiago ou Deco na construção? Ou reforço do meio-campo ofensivo (Danny) com Ronaldo a jogar como avançado? Aguardemos.
Mundial dos sul-americanos
Muito fomos escrevendo sobre a prestação de algumas selecções e, principalmente, tecendo grandes elogios às equipas sul-americanas. Não foi por acaso que o fomos dizendo, pois das cinco equipas que entraram na competição todas passaram aos oitavos: Chile, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Para o feito ser maior ainda , refira-se que só o Chile não foi vencedor do seu grupo, todas as outras terminaram no primeiro lugar dos respectivos grupos. A África que viu a equipa anfitriã ser eliminada na primeira fase, teve seis equipas presentes e só uma passou, o Gana.
Destaque pela positiva para o apuramento de duas equipas da Oceania, Japão e Coreia do Sul e o destaque negativo vai para as eliminações de França, Grécia e Itália. Argentina e Holanda foram as únicas equipas a conseguirem o pleno, três vitórias, enquanto Coreia do Norte e Camarões tiveram só derrotas. Argentina e Portugal foram as equipas mais concretizadoras, sete golos e as melhores defesas pertenceram a Portugal e Uruguai, que não sofreram qualquer golo. Curiosidade apenas para as selecções do Uruguai, Coreia do Sul, Estados Unidos e Gana, pois uma delas estará presente nas meias- finais.
Até já.
1 comentário:
Artigo excelente.
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