domingo, 27 de junho de 2010

Minha África: Argentina e Alemanha apurados em dia negro para a arbitragem

A Argentina está apurada para os quartos-de-final, mantendo o favoritismo que lhe era apontado antes da competição. A Alemanha também se apurou, mas não constava dessa lista de favoritos, onde se lia o nome do seu opositor, Inglaterra, que foi derrotada sem apelo nem agravo.

A Argentina aproveitou dois erros e construiu um resultado de segurança na primeira parte. A Alemanha venceu bem e, finalmente, ao fim de quarenta e quatro anos, libertou-se do fantasma de 1966, vingando-se da tal bola que o árbitro viu dentro da baliza, mas que mais ninguém viu. Desta vez foi ao contrário a bola entrou, todo o mundo viu menos o auxiliar e o árbitro Larrionda, e com esse golo a ser validado o jogo seria de certeza outro, porque a Inglaterra iria com um empate para o intervalo e não teria que arriscar tanto no ataque durante a segunda parte.

Dia negro para as duas equipas de arbitragem com erros grosseiros com provável influência no resultado. Jorge Larrionda, além de outros erros, esteve no lance do golo que vai ser falado por muito tempo em Inglaterra. Roberto Rosetti e o seu auxiliar validaram o golo ilegal (fora-de-jogo) de Tevéz.

Inglaterra - Alemanha (1-4): A vingança serve-se fria
Jogo: Futebol directo dos ingleses no ataque com muita previsibilidade e mais mobilidade dos germânicos com Ozil, Müller e Klose, mais rápidos que os defesas britânicos a criarem até aos vinte minutos duas oportunidades desperdiçadas por Ozil e Klose. Aos 20' um golo insólito: pontapé de baliza da Alemanha e Klose mais rápido que Terry e Upson a finalizar com um simples toque. Sempre no mesmo registo, a Alemanha criava mais oportunidades mas o jogo "despertava" pelo lado inglês. Defoe remata à barra, mas é assinalado (mal) fora-de-jogo e na resposta, rápida troca de bola (Müller/Klose) para finalização de Podolski. Acordou a Inglaterra com o guardião germânico a contribuir para o golpe de cabeça de Upson, que reduz, e aos 38' Lampard faz a bola bater na trave e entrar na baliza, mas o auxiliar de Larrionda não vê e o golo não é validado. A segunda parte foi um doce para os pupilos de Joachim Löw, com uma Inglaterra aberta no ataque e vulnerável para uma equipa que nas transições rápidas é cínica, fria e letal. Duas bolas perdidas na defesa germânica e duas "cavalgadas" para a área inglesa, com Müller a concluir e dar o cheque-mate em Capello e seus pupilos. A Alemanha vinga-se 44 anos depois do célebre golo da final de 1966, com uma bola que desta vez entrou e não foi validado e que foi importantíssimo para o desenrolar da partida. Larrionda, apesar dos erros cometidos em todos os jogos, vai continuar a ser nomeado pela FIFA. Que vergonha.

Positivo: As lições, dignas de figurar em qualquer aula de transições ofensivas, dadas por uma equipa que sabe interpretar o contra-ataque na perfeição. Ganho de bola, primeiro passe rápido a desmarcar um colega e corredores de contra-ataque bem preenchidos, depois é só finalizar.

Negativo: Errar é humano, dizem os "Velhos do Restelo" da FIFA, mas o resultado de um jogo ser decidido pela teimosia em não querer adaptar as novas tecnologias ao futebol, já não é só casmurrice, é burrice.

Argentina - México (3-1). Aproveitar os erros alheios
Jogo: A Argentina aplicou a receita infalível para vencer, experiência, impor o ritmo lento que lhe convém, aceleração de Messi a 30/40 metros da grande área, capacidade de finalização de Tévez e Higuaín e saber aproveitar os erros alheios, que fatalmente terão que aparecer. O primeiro erro foi assinado pelo auxiliar do árbitro italiano Rosetti (não assinalou fora-de-jogo a Tévez) o segundo foi uma oferta do central Osório que colocou a bola nos pés de Higuaín que não falhou. O resto foi controlar o jogo e o adversário, fazendo circulação de bola, de quando em vez acelerar um pouco para dar avisos claros que o ritmo era imposto pelos pupilos de Maradona, até passar o tempo de jogo. Tudo isto perante a passividade e ineficácia ofensiva de uma equipa mexicana, que não tem ninguém para imprimir ritmos mais elevados e que obrigassem a defesa argentina a cometer erros. Com equipas rápidas e agressivas no ataque vai cometê-los de certeza, não vai Alemanha?

Positivo: O ataque argentino, um dos melhores da competição, com Tévez, Higuaín e Messi. Todas as cambiantes necessárias lá estão: luta e pressão ofensiva (Tévez), sentido posicional na área (Higuaín), capacidade de explosão e magia com a bola nos pés (Messi), porque há um denominador comum aos três: soberba capacidade de finalização.

Negativo: A arbitragem do italiano Rosetti, validando um golo ilegal. A defesa do México com muitas ofertas a uma selecção que nem delas precisava para vencer.

2 comentários:

Reuniao de Noticias disse...

Caro amigo,escelente blog. Grande trabalho.
Está interessado numa troca de links? Sou novo nestas andanças. Responda no meu pf.
Abraços
http://reuniaodasnoticias.blogspot.com/

JornalSóDesporto disse...

Como normal um mundial sem casos de arbitragem nem seria Mundial.