O FC Porto-Benfica é mais de que um jogo. Envolve-se num cenário bélico, de inimigos, luta-se como numa batalha onde ninguém quer dar parte fraca para o rival. Perder este jogo é o pior que pode acontecer a qualquer um deles. O FC Porto-Benfica de logo mais será, ainda mais, um jogo de opostos. Os encarnados poderão conquistar o segundo título da década, coroando uma época sensacional, com um futebol vistoso e enleante, mostrando uma força há muito esbatida. Conquistar o trigésimo segundo campeonato do seu historial na casa do rival, no palco onde os dragões festejaram nos últimos quatro anos, será juntar o útil ao agradável da melhor forma. Será mais saboroso. É, por isso, uma questão de honra para o FC Porto. Com uma temporada fracassada, por não ter chegado ao penta, ver o Benfica sorrir na sua casa será um golpe duro. Demasiado. Daí que haja todos os condimentos para um cocktail.
O Benfica tem um campeonato para conquistar. Precisa, para tal, de somente um ponto nas duas jornadas que faltam. O Sp.Braga ainda resiste, continua a sua caminhada de sucesso, mas só um verdadeiro desastre impedirá os encarnados de festejarem no final. Há, portanto, uma tremenda expectativa sobre o clássico. Ninguém no Benfica o quer assumir, a pressão não poderá toldar a mente dos jogadores, será necessário nervos de aço para o conseguirem. Nada está garantido ainda. Por isso é imperativo que se reduza a carga de intensidade que se abate sobre os protagonistas. Mas haverá forma de o fazer num clássico nestas condições? Não. É uma mistura explosiva. A rivalidade é antiga, reacendeu-se com a enormíssima polémica que se seguiu ao jogo na Luz, o túnel como pano de fundo, este ano os papéis inverteram-se. Como reage um dragão que vê o rival preparar a festa debaixo do seu nariz?
Mais do que ganhar para continuar vivo na luta pela Liga dos Campeões, já com o carimbo de Mission: Impossible, o FC Porto quer vencer para impedir os festejos do Benfica. Pode ser apenas um mero adiamento, sim, mas sempre se poupa que o Dragão sirva de palco de comemoração alheia. Até porque para ainda ambicionar chegar ao segundo lugar, matematicamente muito difícil apesar de possível, o Sp.Braga teria de perder. Ora, isso significaria a entrega do título de campeão ao Benfica. E haveria festejos. A única alternativa é, então, ganhar para provar que este FC Porto tem capacidade para parar a águia: na primeira volta, na Luz, e na final da Taça da Liga, no Algarve, o Benfica foi melhor. Agora, jogando em casa, os dragões poderão mudar a tendência. Para isso não terá Radamel Falcao: viu o quinto amarelo e fica de fora. Perde o duelo com Cardozo. O duelo de matadores.
No Benfica não há ausências. Jorge Jesus convocou todo o plantel. Este é, afinal, um jogo que pode sentenciar a época dos encarnados, trazendo um título há muito ansiado, voltando os encarnados a conquistar o campeonato nacional após quatro anos azuis. Será um título merecido: o Benfica é a equipa mais forte, mais consistente e mais vibrante. Saviola, autor do golo na primeira volta, decisivo e recheado de oportunismo, regressou ante o Olhanense, na ronda anterior, e poderá voltar ao seu lugar natural: servindo de parceiro de Cardozo, um suporte fundamental para Tacuara, uma dupla que se complemente da melhor forma. O FC Porto não contará, já se disse, com Falcao. Perdem os dragões, sobretudo, e perde o próprio jogo: El Tigre é um jogador de grande valia e adaptou-se com extrema facilidade. Ernesto Farías deverá ser o substituto. Rodríguez é outra hipótese para recuperar um tridente atacante.
No meio de uma época em que o objectivo de voltar a marcar a História com a conquista do seu segundo pentacampeonato falhou, o FC Porto tem sido afectado por inúmeras baixas. Silvestre Varela, Mariano González e, mais recentemente, Rúben Micael contraíram lesões que os obrigam a pausas de longa duração e, no caso dos dois portugueses, lhes barram as legítimas aspirações que manifestavam em fazerem parte da convocatória de Carlos Queiroz para o Mundial 2010. Além deste trio, desde o jogo com o Vitória de Guimarães, também Helton tem vivido acossado por uma lesão. Falhará, por isso, este clássico com o Benfica. Depois do brasileiro e de Nuno, na Taça da Liga, Beto está pronto para assumir a baliza e será a aposta de Jesualdo Ferreira. Já que se fala nele, o treinador portista irá estar no banco, apesar da expulsão ante o Vitória de Setúbal, naquele que pode ser o seu último jogo caseiro enquanto comandante portista.
EQUIPAS PROVÁVEIS
FC PORTO: Beto; Fucile, Bruno Alves, Rolando e Álvaro Pereira; Fernando, Raúl Meireles, Guarín e Belluschi, Hulk e Farías
BENFICA: Quim; Rúben Amorim, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi García, Ramires, Aimar e Di María; Saviola e Cardozo
O Benfica tem um campeonato para conquistar. Precisa, para tal, de somente um ponto nas duas jornadas que faltam. O Sp.Braga ainda resiste, continua a sua caminhada de sucesso, mas só um verdadeiro desastre impedirá os encarnados de festejarem no final. Há, portanto, uma tremenda expectativa sobre o clássico. Ninguém no Benfica o quer assumir, a pressão não poderá toldar a mente dos jogadores, será necessário nervos de aço para o conseguirem. Nada está garantido ainda. Por isso é imperativo que se reduza a carga de intensidade que se abate sobre os protagonistas. Mas haverá forma de o fazer num clássico nestas condições? Não. É uma mistura explosiva. A rivalidade é antiga, reacendeu-se com a enormíssima polémica que se seguiu ao jogo na Luz, o túnel como pano de fundo, este ano os papéis inverteram-se. Como reage um dragão que vê o rival preparar a festa debaixo do seu nariz?
Mais do que ganhar para continuar vivo na luta pela Liga dos Campeões, já com o carimbo de Mission: Impossible, o FC Porto quer vencer para impedir os festejos do Benfica. Pode ser apenas um mero adiamento, sim, mas sempre se poupa que o Dragão sirva de palco de comemoração alheia. Até porque para ainda ambicionar chegar ao segundo lugar, matematicamente muito difícil apesar de possível, o Sp.Braga teria de perder. Ora, isso significaria a entrega do título de campeão ao Benfica. E haveria festejos. A única alternativa é, então, ganhar para provar que este FC Porto tem capacidade para parar a águia: na primeira volta, na Luz, e na final da Taça da Liga, no Algarve, o Benfica foi melhor. Agora, jogando em casa, os dragões poderão mudar a tendência. Para isso não terá Radamel Falcao: viu o quinto amarelo e fica de fora. Perde o duelo com Cardozo. O duelo de matadores.
No Benfica não há ausências. Jorge Jesus convocou todo o plantel. Este é, afinal, um jogo que pode sentenciar a época dos encarnados, trazendo um título há muito ansiado, voltando os encarnados a conquistar o campeonato nacional após quatro anos azuis. Será um título merecido: o Benfica é a equipa mais forte, mais consistente e mais vibrante. Saviola, autor do golo na primeira volta, decisivo e recheado de oportunismo, regressou ante o Olhanense, na ronda anterior, e poderá voltar ao seu lugar natural: servindo de parceiro de Cardozo, um suporte fundamental para Tacuara, uma dupla que se complemente da melhor forma. O FC Porto não contará, já se disse, com Falcao. Perdem os dragões, sobretudo, e perde o próprio jogo: El Tigre é um jogador de grande valia e adaptou-se com extrema facilidade. Ernesto Farías deverá ser o substituto. Rodríguez é outra hipótese para recuperar um tridente atacante.
No meio de uma época em que o objectivo de voltar a marcar a História com a conquista do seu segundo pentacampeonato falhou, o FC Porto tem sido afectado por inúmeras baixas. Silvestre Varela, Mariano González e, mais recentemente, Rúben Micael contraíram lesões que os obrigam a pausas de longa duração e, no caso dos dois portugueses, lhes barram as legítimas aspirações que manifestavam em fazerem parte da convocatória de Carlos Queiroz para o Mundial 2010. Além deste trio, desde o jogo com o Vitória de Guimarães, também Helton tem vivido acossado por uma lesão. Falhará, por isso, este clássico com o Benfica. Depois do brasileiro e de Nuno, na Taça da Liga, Beto está pronto para assumir a baliza e será a aposta de Jesualdo Ferreira. Já que se fala nele, o treinador portista irá estar no banco, apesar da expulsão ante o Vitória de Setúbal, naquele que pode ser o seu último jogo caseiro enquanto comandante portista.
EQUIPAS PROVÁVEIS
FC PORTO: Beto; Fucile, Bruno Alves, Rolando e Álvaro Pereira; Fernando, Raúl Meireles, Guarín e Belluschi, Hulk e Farías
BENFICA: Quim; Rúben Amorim, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi García, Ramires, Aimar e Di María; Saviola e Cardozo
1 comentário:
Espero um grande jogo.
Enviar um comentário