O futebol do Inter de Milão não prima pela espectacularidade. Aliás, seria estranho se assim fosse. Em Itália, já se sabe, impera o pragmatismo. A táctica é colocada acima de tudo, o espectáculo é automaticamente secundário, a consistência defensiva ganha relevo junto do pendor ofensivo, os riscos que se correm são mínimos, há um enorme cinismo por detrás de tudo isso. É essa a fórmula de chegar ao sucesso. Resulta, é um facto. Não é, contudo, atractivo para os adeptos. Não satisfaz na plenitude. O resultado pode ser o desejado, sim, mas fica a faltar uma parte fundamental do futebol: o futebol positivo, de ataque, de divertimento, jogando para a equipa e para a bancada. São poucas as equipas que o fazem com total aproveitamento. Daí que ser simples seja um bom método. O Inter de Milão tem feito, porém, uma temporada titubeante.
A equipa nerazzurri está melhor do que na época passada na Liga dos Campeões. Conquistar a Europa é um objectivo que os adeptos anseiam, perseguem há quarenta e cinco anos, muitos foram os que o colocaram como meta prioritária para a contratação de José Mourinho ter sentido. Afinal, não faria sentido dispensar um treinador tricampeão, Roberto Mancini, e optar por Mou se o plano não visasse alterações. Com Mancini, o Inter dominou em Itália mas também não chegou à final da Liga dos Campeões. Mourinho, na primeira época, repetiu-o. O Inter, sob o comando do treinador português, venceu o campeonato. Sem ser espectacular, como se disse, foi um justo campeão pela sua regularidade. Mas falhou na Europa. O Inter caiu nos oitavos-de-final frente ao Manchester United, então detentor do troféu que seria travado na final pelo Barcelona.
Não houve quem hesitasse em colocar um carimbo na primeira época de Mourinho: fracasso. Afinal, não mais fizera do que o seu antecessor. Surgiram críticas de todos os lados, o treinador abriu uma guerrilha com várias frentes, apontou armas a quem lhe fizesse frente, não teve pejo em identificar os inimigos. José Mourinho sempre foi assim, sempre será. O seu feitio choca com Itália. No entanto, permaneceu no Internazionale. Ganhar a Liga dos Campeões? Não necessariamente, mas fazer melhor. A ultrapassagem dos oitavos seria o mínimo exigível. O Inter encontrou o Chelsea, Mourinho reencontrou uma equipa que levou meio século depois à glória, cumpriu o objectivo. Em Londres, os italianos fizeram um jogo vocacionado para o ataque, com grande qualidade, sem se agarrarem à vantagem. Não jogaram à italiana, portanto.
Depois do Chelsea, o Inter eliminou já o CSKA de Moscovo. Teve o brinde do sorteio. Logo após, contudo, terá a fava: o Barcelona nas meias-finais. Será um duelo, à partida, entre equipas que vivem em pólos opostos: o Barça é espectacular, joga um futebol rendilhado, passeia classe e triunfa; o Inter quer voltar à glória, é uma equipa pragmática, usa a táctica para preencher lacunas técnicas. Os espanhóis são favoritos. Em caso de derrota, a Mourinho não se poderão pedir explicações, uma vez que cai perante aquela que é, na actualidade, a melhor equipa do planeta futebolístico: nenhuma outra tem a capacidade de jogar e vencer, duas componentes essenciais mas tão difíceis de unir. Se a participação na Liga dos Campeões é, até agora, bem positiva, o campeonato está longe de ser fácil. Neste momento, o Inter tem a vida complicada.
O principal opositor da equipa milanesa na disputa pelo trono italiano é a AS Roma. A equipa romana, verdadeiramente revitalizada desde que Claudio Ranieri substituiu Luciano Spaletti no comando técnico - dois inimigos declarados de José Mourinho -, venceu o Inter e aproveitou desaires do campeão para eliminar a diferença abissal de catorze pontos que chegou a barrar-lhe o topo. Na jornada anterior, por força do empate do Inter com a Fiorentina e da vitória da Roma sobre a Atalanta, os romanos assumiram a liderança com mais um ponto de que a equipa de José Mourinho. Foi o corolário lógico de uma ascensão espectacular. Na abertura de uma nova ronda, na sexta-feira, o Inter venceu a Juventus e, ainda que a título provisório pois a Roma só hoje joga com a vizinha Lazio, voltou a passar para a frente. A bola está, de novo, no campo da Roma. Se a resposta for assertiva, fica a certeza de que a luta será renhida até final.
A equipa nerazzurri está melhor do que na época passada na Liga dos Campeões. Conquistar a Europa é um objectivo que os adeptos anseiam, perseguem há quarenta e cinco anos, muitos foram os que o colocaram como meta prioritária para a contratação de José Mourinho ter sentido. Afinal, não faria sentido dispensar um treinador tricampeão, Roberto Mancini, e optar por Mou se o plano não visasse alterações. Com Mancini, o Inter dominou em Itália mas também não chegou à final da Liga dos Campeões. Mourinho, na primeira época, repetiu-o. O Inter, sob o comando do treinador português, venceu o campeonato. Sem ser espectacular, como se disse, foi um justo campeão pela sua regularidade. Mas falhou na Europa. O Inter caiu nos oitavos-de-final frente ao Manchester United, então detentor do troféu que seria travado na final pelo Barcelona.
Não houve quem hesitasse em colocar um carimbo na primeira época de Mourinho: fracasso. Afinal, não mais fizera do que o seu antecessor. Surgiram críticas de todos os lados, o treinador abriu uma guerrilha com várias frentes, apontou armas a quem lhe fizesse frente, não teve pejo em identificar os inimigos. José Mourinho sempre foi assim, sempre será. O seu feitio choca com Itália. No entanto, permaneceu no Internazionale. Ganhar a Liga dos Campeões? Não necessariamente, mas fazer melhor. A ultrapassagem dos oitavos seria o mínimo exigível. O Inter encontrou o Chelsea, Mourinho reencontrou uma equipa que levou meio século depois à glória, cumpriu o objectivo. Em Londres, os italianos fizeram um jogo vocacionado para o ataque, com grande qualidade, sem se agarrarem à vantagem. Não jogaram à italiana, portanto.
Depois do Chelsea, o Inter eliminou já o CSKA de Moscovo. Teve o brinde do sorteio. Logo após, contudo, terá a fava: o Barcelona nas meias-finais. Será um duelo, à partida, entre equipas que vivem em pólos opostos: o Barça é espectacular, joga um futebol rendilhado, passeia classe e triunfa; o Inter quer voltar à glória, é uma equipa pragmática, usa a táctica para preencher lacunas técnicas. Os espanhóis são favoritos. Em caso de derrota, a Mourinho não se poderão pedir explicações, uma vez que cai perante aquela que é, na actualidade, a melhor equipa do planeta futebolístico: nenhuma outra tem a capacidade de jogar e vencer, duas componentes essenciais mas tão difíceis de unir. Se a participação na Liga dos Campeões é, até agora, bem positiva, o campeonato está longe de ser fácil. Neste momento, o Inter tem a vida complicada.
O principal opositor da equipa milanesa na disputa pelo trono italiano é a AS Roma. A equipa romana, verdadeiramente revitalizada desde que Claudio Ranieri substituiu Luciano Spaletti no comando técnico - dois inimigos declarados de José Mourinho -, venceu o Inter e aproveitou desaires do campeão para eliminar a diferença abissal de catorze pontos que chegou a barrar-lhe o topo. Na jornada anterior, por força do empate do Inter com a Fiorentina e da vitória da Roma sobre a Atalanta, os romanos assumiram a liderança com mais um ponto de que a equipa de José Mourinho. Foi o corolário lógico de uma ascensão espectacular. Na abertura de uma nova ronda, na sexta-feira, o Inter venceu a Juventus e, ainda que a título provisório pois a Roma só hoje joga com a vizinha Lazio, voltou a passar para a frente. A bola está, de novo, no campo da Roma. Se a resposta for assertiva, fica a certeza de que a luta será renhida até final.
1 comentário:
O Inter tem a Roma à perna.
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