AC Milan e Manchester United, rivais antigos, luta titânica, senhores do futebol mundial. Dez títulos europeus ganhos, que se dividem em sete para os italianos e três para os ingleses. O sorteio colocou-os frente a frente, em San Siro, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Uma final antecipada. Demasiado antecipada, porque um destes colossos vai ficar pelo grupo das dezasseis melhores e tem currículo para bem mais do que isso. Mas é algo que os obriga a jogar nos limites. Se o histórico, por si só, é um atractivo de luxo, juntam-se outros: que reacção externa de um Milan que internamente não consegue fazer frente ao Inter? Que Manchester europeu, sem Ronaldo, depois de duas finais consecutivas? Motivos mais do que suficientes para um espectáculo memorável.
Olegário Benquerença, árbitro português, em alta após a chamada para a África do Sul, apitou para o início da acção. A bola começou a rolar. Três minutos: livre de David Beckham, contra o seu Manchester, mais um chamariz este reencontro, golo feliz de Ronaldinho. Seguiram-se largos minutos de bom futebol do Milan, esquecendo as tácticas tipicamente italianas, impulsionados por um Ronaldinho de luxo, no regresso ao seu melhor. A vantagem poderia ter sido ampliada. Numa disputa tão igual, entre equipas de topo, não se pode falhar. Quase sem saber ler nem escrever, Paul Scholes empatou. Se o golo dos italianos tinha sido feliz, este caiu do céu aos trambolhões. O Milan estava por cima, iria continuar, com o intervalo pelo meio, criando perigo que Van der Sar anulou sempre bem.
Quem tanto desperdiça arrisca-se a sofrer. Se a outra equipa for o Manchester United, ainda mais. Se tiver um avançado, um profissional, com a tarimba de Wayne Rooney, triplica a força da ameaça. Faltava pouco menos de meia-hora para o final, Valencia entrou para o lugar de Nani. Da primeira vez que tocou na bola, à direita, cruzou-a para a área. Rooney fez o resto, de cabeça. Nem dez minutos se passaram, a cena foi parecida: passe sublime de Fletcher, desvio do mesmo suspeito perante Dida. Um diabo à solta, um portento, um avançado letal, sem medo de ser injusto para o adversário. Com toda a calma do planeta, facilidade que chega a impressionar. O público de San Siro tinha começado em festa, estava agora cabisbaixo, o Milan não merecia levar com um Rooney diabólico.
Apesar de ser a primeira mão, sofrer três golos em casa é meio caminho andado para não chegar mais além. Acrescem os problemas quando o adversário é um oponente de peso. Os adeptos rossoneri saíram antes da hora. Assim, perderam mais um momento de espectáculo: Ronaldinho cruzou, Seedorf antecipou-se aos defesas e desviou, com um toque fenomenal de calcanhar, pura classe invejável, a bola do alcance de Van der Sar. A eliminatória ficou relançada, mesmo levando vantagem, está longe de ser um dado aquirido para os red devils. Cinco minutos depois da obra-prima de Seedorf, apenas ofuscada pela exibição soberba de Rooney, Olegário deu por encerrado o primeiro acto. Dois-três, continuação de espectáculo garantida para o Teatro dos Sonhos.
Olegário Benquerença, árbitro português, em alta após a chamada para a África do Sul, apitou para o início da acção. A bola começou a rolar. Três minutos: livre de David Beckham, contra o seu Manchester, mais um chamariz este reencontro, golo feliz de Ronaldinho. Seguiram-se largos minutos de bom futebol do Milan, esquecendo as tácticas tipicamente italianas, impulsionados por um Ronaldinho de luxo, no regresso ao seu melhor. A vantagem poderia ter sido ampliada. Numa disputa tão igual, entre equipas de topo, não se pode falhar. Quase sem saber ler nem escrever, Paul Scholes empatou. Se o golo dos italianos tinha sido feliz, este caiu do céu aos trambolhões. O Milan estava por cima, iria continuar, com o intervalo pelo meio, criando perigo que Van der Sar anulou sempre bem.
Quem tanto desperdiça arrisca-se a sofrer. Se a outra equipa for o Manchester United, ainda mais. Se tiver um avançado, um profissional, com a tarimba de Wayne Rooney, triplica a força da ameaça. Faltava pouco menos de meia-hora para o final, Valencia entrou para o lugar de Nani. Da primeira vez que tocou na bola, à direita, cruzou-a para a área. Rooney fez o resto, de cabeça. Nem dez minutos se passaram, a cena foi parecida: passe sublime de Fletcher, desvio do mesmo suspeito perante Dida. Um diabo à solta, um portento, um avançado letal, sem medo de ser injusto para o adversário. Com toda a calma do planeta, facilidade que chega a impressionar. O público de San Siro tinha começado em festa, estava agora cabisbaixo, o Milan não merecia levar com um Rooney diabólico.
Apesar de ser a primeira mão, sofrer três golos em casa é meio caminho andado para não chegar mais além. Acrescem os problemas quando o adversário é um oponente de peso. Os adeptos rossoneri saíram antes da hora. Assim, perderam mais um momento de espectáculo: Ronaldinho cruzou, Seedorf antecipou-se aos defesas e desviou, com um toque fenomenal de calcanhar, pura classe invejável, a bola do alcance de Van der Sar. A eliminatória ficou relançada, mesmo levando vantagem, está longe de ser um dado aquirido para os red devils. Cinco minutos depois da obra-prima de Seedorf, apenas ofuscada pela exibição soberba de Rooney, Olegário deu por encerrado o primeiro acto. Dois-três, continuação de espectáculo garantida para o Teatro dos Sonhos.
1 comentário:
Boa crónica.
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