O futebol português está em verdadeiro estado de sítio, sobrelotado de polémicas e com os jogos, o importante, em segundo plano. Arrisco-me a dizer que, após o apogeu do Apito Dourado, esta é a época em que mais conflitos têm existido. Os túneis de Braga e da Luz, com agressões e pesados castigos para os intervenientes, são o expoente máximo, mas longe de único. Houve ainda notícias de aliciamentos, um clima hostil em crescendo na rivalidade entre FC Porto e Benfica que, agora, envolve também o Sp.Braga. O Sporting consegue manter-se afastado? Não, de todo. Tem problemas internos, graves: Sá Pinto e Liedson envolveram-se em agressões, na altura director-desportivo e jogador, no final de uma vitória sobre o Mafra.
Para condensar ainda mais os conflitos reinantes no futebol português, a relação entre clubes e comunicação social é cada vez mais fria. Apesar da existência de directores de comunicação, um elemento que deveria funcionar como ponte para o exterior, os clubes, sobretudo grandes, continuam a fechar as portas aos jornalistas, devido a uma qualquer notícia publicada pelo orgão a que o jornalista pertence e que não foi do agrado dos responsáveis de determinado clube. Em Portugal, nesta temporada, é assim o jogo. Ter o campeonato mais competitivo das últimas quatro épocas deveria ser motivo para aumentar os motivos de interesse e acabar definitivamente com os bastidores. Acontece o contrário. Mas onde está a novidade?
Quando o leitor pensa que já viu de tudo, no meio de tanta azáfama continuam a existir notícias capazes de surpreender. É absolutamente inimaginável que um seleccionador nacional se envolva em agressões com um comentador desportivo, não? Aconteceu: Carlos Queiroz e Jorge Baptista, em pleno aeroporto de Lisboa, trocaram palavras que culminaram em confronto físico. Queiroz desvaloriza (dizendo que apenas houve empurrões) e que está tudo tratado; Baptista confirma a existência de agressões, lamenta o que aconteceu, mas "tudo morreu ali". Obviamente é um caso grave. Um seleccionador nacional, representante de um país, não pode em momento algum ver-se envolvido em cenas deste tipo. Tal como Jorge Baptista, ocupa uma posição onde é fundamental saber lidar com a crítica.
Após se ter tornado público, a imagem de um Carlos Queiroz ponderado, equilibrado e calmo sai beliscada. Independentemente dos antecedentes, nada justifca a agressão a Jorge Baptista - que, de acordo com os relatos, não irá apresentar queixa contra o seleccionador. É mais um corte na credibilidade e interesse do futebol português. A importância da bola corrida e do futebol jogado dentro das quatro linhas com duas equipas em disputa perde-se a cada dia. Ganham destaque estes incidentes que, infelizmente, são manchas difíceis de apagar - a Federação Portuguesa de Futebol procurá fazer com que o caso seja esquecido, retirando-lhe importância, procurando alguma (inútil) justificação. Carlos Queiroz e Jorge Baptista ficarão para sempre ligados a este triste episódio.
Para condensar ainda mais os conflitos reinantes no futebol português, a relação entre clubes e comunicação social é cada vez mais fria. Apesar da existência de directores de comunicação, um elemento que deveria funcionar como ponte para o exterior, os clubes, sobretudo grandes, continuam a fechar as portas aos jornalistas, devido a uma qualquer notícia publicada pelo orgão a que o jornalista pertence e que não foi do agrado dos responsáveis de determinado clube. Em Portugal, nesta temporada, é assim o jogo. Ter o campeonato mais competitivo das últimas quatro épocas deveria ser motivo para aumentar os motivos de interesse e acabar definitivamente com os bastidores. Acontece o contrário. Mas onde está a novidade?
Quando o leitor pensa que já viu de tudo, no meio de tanta azáfama continuam a existir notícias capazes de surpreender. É absolutamente inimaginável que um seleccionador nacional se envolva em agressões com um comentador desportivo, não? Aconteceu: Carlos Queiroz e Jorge Baptista, em pleno aeroporto de Lisboa, trocaram palavras que culminaram em confronto físico. Queiroz desvaloriza (dizendo que apenas houve empurrões) e que está tudo tratado; Baptista confirma a existência de agressões, lamenta o que aconteceu, mas "tudo morreu ali". Obviamente é um caso grave. Um seleccionador nacional, representante de um país, não pode em momento algum ver-se envolvido em cenas deste tipo. Tal como Jorge Baptista, ocupa uma posição onde é fundamental saber lidar com a crítica.
Após se ter tornado público, a imagem de um Carlos Queiroz ponderado, equilibrado e calmo sai beliscada. Independentemente dos antecedentes, nada justifca a agressão a Jorge Baptista - que, de acordo com os relatos, não irá apresentar queixa contra o seleccionador. É mais um corte na credibilidade e interesse do futebol português. A importância da bola corrida e do futebol jogado dentro das quatro linhas com duas equipas em disputa perde-se a cada dia. Ganham destaque estes incidentes que, infelizmente, são manchas difíceis de apagar - a Federação Portuguesa de Futebol procurá fazer com que o caso seja esquecido, retirando-lhe importância, procurando alguma (inútil) justificação. Carlos Queiroz e Jorge Baptista ficarão para sempre ligados a este triste episódio.
1 comentário:
Não deveria Carlos Queiroz se demitir?
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