Haverá, para além da selecção nacional, outra equipa em representação de Portugal no Mundial 2010. Será liderada por Olegário Benquerença, um dos trinta árbitros seleccionados para estar na África do Sul, a que se juntam também José Cardinal, Bertino Miranda e João Santos - assistentes e quarto árbitro, respectivamente. Olegário é, assim, o sétimo português a chegar a um Mundial, o ponto alto da carreira de qualquer árbitro, depois de Vieira da Costa (presente nos Mundiais de 1950 e 1954), Joaquim Campos (1958 e 1966), Saldanha Ribeiro (1970), António Garrido (1978 e 1982), Carlos Valente (1986 e 1990) e Vítor Pereira (1998 e 2002). O FUTEBOLÊS quis conhecer as reacções de Cruz dos Santos, jornalista especializado em arbitragem, e Jorge Coroado, ex-árbitro internacional. Ambos satisfeitos.
"O Olegário não tem tido uma época muito feliz, é verdade, mas com certeza que é um prémio para a sua dedicação. É ambicioso e vai dignificar a arbitragem. Penso que é o orgulho dos árbitros portugueses", começa por referir Cruz dos Santos, apoiando-se no facto de apenas terem sido escolhidos dez árbitros europeus. Jorge Coroado entende que o árbitro havia feito uma aposta declarada para marcar presença no Mundial 2010: "É a distinção para a qual Olegário Benquerença trabalhou. Está a recolher os dividendos do seu investimento", afirma. Coroado entende que é, para o árbitro, "uma posição de prestígio e o culminar de um trabalho de muitos anos ao atingir um objectivo", embora contraponha que o facto de estar seleccionado não signifique que seja "um exímio executante ou representante da classe".
Importava, depois, perguntar a Jorge Coroado se o objectivo máximo de um árbitro é a presença num Mundial. "Desde que se encare a arbitragem como motivo de elevação pessoal e de afirmação na sociedade, é natural que sim. Se olharmos como mais uma actividade e uma forma de praticar desporto e de estar inserido no futebol, já não funciona dessa forma", responde. Em relação à arbitragem portuguesa, afirma que "é uma honra ter um elemento seu num evento tão importante quanto um Campeonato do Mundo". Cruz dos Santos partilha da mesma opinião: "É uma distinção que muito nos prestigia e confirma que a arbitragem nacional tem uma imagem bem melhor internacionalmente", refere. Mais pessimista, Coroado concluiu: "Não será por Olegário estar na África do Sul que a nossa arbitragem irá melhorar".
"O Olegário não tem tido uma época muito feliz, é verdade, mas com certeza que é um prémio para a sua dedicação. É ambicioso e vai dignificar a arbitragem. Penso que é o orgulho dos árbitros portugueses", começa por referir Cruz dos Santos, apoiando-se no facto de apenas terem sido escolhidos dez árbitros europeus. Jorge Coroado entende que o árbitro havia feito uma aposta declarada para marcar presença no Mundial 2010: "É a distinção para a qual Olegário Benquerença trabalhou. Está a recolher os dividendos do seu investimento", afirma. Coroado entende que é, para o árbitro, "uma posição de prestígio e o culminar de um trabalho de muitos anos ao atingir um objectivo", embora contraponha que o facto de estar seleccionado não signifique que seja "um exímio executante ou representante da classe".
Importava, depois, perguntar a Jorge Coroado se o objectivo máximo de um árbitro é a presença num Mundial. "Desde que se encare a arbitragem como motivo de elevação pessoal e de afirmação na sociedade, é natural que sim. Se olharmos como mais uma actividade e uma forma de praticar desporto e de estar inserido no futebol, já não funciona dessa forma", responde. Em relação à arbitragem portuguesa, afirma que "é uma honra ter um elemento seu num evento tão importante quanto um Campeonato do Mundo". Cruz dos Santos partilha da mesma opinião: "É uma distinção que muito nos prestigia e confirma que a arbitragem nacional tem uma imagem bem melhor internacionalmente", refere. Mais pessimista, Coroado concluiu: "Não será por Olegário estar na África do Sul que a nossa arbitragem irá melhorar".
1 comentário:
Bom Artigo.
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