Sou daqueles adeptos que se insurge contra o futebol hiper-defensivo que muitas equipas apresentam quando defrontam outras que, indiscutivelmente, são superiores. A estratégia passa por colocar todos os jogadores na zona defensiva, abdicando do ataque para criar uma espécie de barreira ao adversário que o impeça de marcar. O espectáculo perde o espírito de disputa pela vitória, o seu verdadeiro sentido, e transforma-se, na perspectiva da equipa mais forte, numa luta contra o tempo. É futebol? Não, claro que não é. Existe, apenas, uma das partes que está interessada em jogar, em dar tudo para alcançar os três pontos, enquanto a outra procura aguentar-se como pode. Por vezes resulta. O maior prejudicado de tudo isto é o espectador que pagou o seu bilhete para estar no estádio.
O ideal seria ver duas equipas vocacionadas para o ataque, dando tudo para vencerem a partida e ainda agradarem a quem assiste ao jogo. No entanto, mesmo sendo contra essa táctica, a bem do futebol, não sou capaz de condenar quem opta por colocar um autêntico muro junto à área. Imaginemos que, de um lado, temos uma equipa com um orçamento de milhões, recheada de jogadores internacionais e com provas de qualidade mais do que suficientes. Joga em casa, além disso, diante de um público capaz de empurrar os jogadores para junto da baliza adversária. Pela frente, onze jogadores com pouca experiência, jovens, vindos de escalões secundários e que encaixam num plantel onde impera a contenção de custos.
O leitor terá, imediatamente, feito uma ponte entre o que foi referido e o jogo entre Benfica e Naval, jogado ontem na Luz. Trata-se de um exemplo flagrante. Algum espectador terá gostado de ver uma equipa a massacrar ofensivamente outra encostada à sua baliza? A resposta é fácil de adivinhar. Contudo, parece-me que não se possam fazer muitas críticas a Augusto Inácio, treinador dos figueirenses. Contando com uma exibição assombrosa do guarda-redes Peiser e com alguma sorte à mistura, claro, a Naval ficou pertíssimo de conseguir suster o ímpeto do Benfica. Ou seja, a sua equipa quase saiu com um grão para o seu objectivo. Não foi bonito. Mas, na sua visão, foi quase perfeito. Poderemos censurar a postura? Sim... mas olhemos aos argumentos de cada um.
O ideal seria ver duas equipas vocacionadas para o ataque, dando tudo para vencerem a partida e ainda agradarem a quem assiste ao jogo. No entanto, mesmo sendo contra essa táctica, a bem do futebol, não sou capaz de condenar quem opta por colocar um autêntico muro junto à área. Imaginemos que, de um lado, temos uma equipa com um orçamento de milhões, recheada de jogadores internacionais e com provas de qualidade mais do que suficientes. Joga em casa, além disso, diante de um público capaz de empurrar os jogadores para junto da baliza adversária. Pela frente, onze jogadores com pouca experiência, jovens, vindos de escalões secundários e que encaixam num plantel onde impera a contenção de custos.
O leitor terá, imediatamente, feito uma ponte entre o que foi referido e o jogo entre Benfica e Naval, jogado ontem na Luz. Trata-se de um exemplo flagrante. Algum espectador terá gostado de ver uma equipa a massacrar ofensivamente outra encostada à sua baliza? A resposta é fácil de adivinhar. Contudo, parece-me que não se possam fazer muitas críticas a Augusto Inácio, treinador dos figueirenses. Contando com uma exibição assombrosa do guarda-redes Peiser e com alguma sorte à mistura, claro, a Naval ficou pertíssimo de conseguir suster o ímpeto do Benfica. Ou seja, a sua equipa quase saiu com um grão para o seu objectivo. Não foi bonito. Mas, na sua visão, foi quase perfeito. Poderemos censurar a postura? Sim... mas olhemos aos argumentos de cada um.
1 comentário:
É por estas e por outras que o nosso futebol continua a ser nivelado por baixo.
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