Para marcar um penalty é necessário, acima de tudo, sangue frio. Congelado, quase. É certo que é um lance específico de jogo que é treinado e aperfeiçoado em cada sessão de treino. Contudo, muitas vezes, não interessa a classe do jogador mas a sua capacidade psicológica e o sangue de barata que consegue ter. Em quantas situações vimos alguém menos dotado tecnicamente marcar e um outro, craque e especialista, falhar? São incontáveis. Alguns tentam jogar pelo seguro e escolhem um lado. Outros gostam de enfeitar o lance: ou com paradinha, ou tentando imitar génios como Panenka ou Cruyff.
Antonín Panenka era internacional pela República Checa. Foi a ele que chegou toda a responsabilidade, na final do Europeu de 1976: caso marcasse a grande penalidade, a sua selecção vencia a prova. A tensão era grande. Panenka, abstraído de tudo, encarou olhos nos olhos o gigante guarda-redes alemão Sepp Maier. Esperou o apito do árbitro, partiu para a bola e rematou. Não como era hábito fazê-lo, rematou de forma totalmente diferente: com um toque subtil e genial, picou a bola fazendo-a entrar ao meio da baliza. Os checos, devido a esse momento de inspiração e, sobretudo, loucura venceram. Panenka, esse, reservou lugar na História do futebol.
Anos mais tarde, já na década de 80, Johan Cruyff também decidiu quebrar as regras convencionais e marcar um penalty diferente pelo Ajax. Calmamente, colocou a bola na marca. Correu, tocou para um colega seu que estava atrás, recebeu de novo e golo. Tão simples, tão brilhante. Poucos foram os que perceberam verdadeiramente o que tinha acontecido. Ainda há bem pouco tempo, em Portugal, tivemos uma imitação. Mal feita. Num jogo da selecção sub-21, Pereirinha e Rui Pedro procuraram enfeitar o lance. Correu mal e os jogadores acabaram suspensos pela Federação.
Com tudo isto, pretende-se chegar ao penalty que Del Piero, um jogador de topo, tentou marcar frente ao Aston Villa (ontem, na final da Peace Cup). Era uma imitação de Panenka. Ou tentava sê-lo. Porém, saiu mal. Muito mal. Como havia acontecido com Totti, no campeonato italiano. São jogadores de classe, ninguém duvida. Mas o que conta, realmente, isso no momento da decisão? Não teria sido mais fácil escolher um lado, tentando enganar o guarda-redes, e chutar com toda a convicção? Se calhar, sim.
Antonín Panenka era internacional pela República Checa. Foi a ele que chegou toda a responsabilidade, na final do Europeu de 1976: caso marcasse a grande penalidade, a sua selecção vencia a prova. A tensão era grande. Panenka, abstraído de tudo, encarou olhos nos olhos o gigante guarda-redes alemão Sepp Maier. Esperou o apito do árbitro, partiu para a bola e rematou. Não como era hábito fazê-lo, rematou de forma totalmente diferente: com um toque subtil e genial, picou a bola fazendo-a entrar ao meio da baliza. Os checos, devido a esse momento de inspiração e, sobretudo, loucura venceram. Panenka, esse, reservou lugar na História do futebol.
Anos mais tarde, já na década de 80, Johan Cruyff também decidiu quebrar as regras convencionais e marcar um penalty diferente pelo Ajax. Calmamente, colocou a bola na marca. Correu, tocou para um colega seu que estava atrás, recebeu de novo e golo. Tão simples, tão brilhante. Poucos foram os que perceberam verdadeiramente o que tinha acontecido. Ainda há bem pouco tempo, em Portugal, tivemos uma imitação. Mal feita. Num jogo da selecção sub-21, Pereirinha e Rui Pedro procuraram enfeitar o lance. Correu mal e os jogadores acabaram suspensos pela Federação.
Com tudo isto, pretende-se chegar ao penalty que Del Piero, um jogador de topo, tentou marcar frente ao Aston Villa (ontem, na final da Peace Cup). Era uma imitação de Panenka. Ou tentava sê-lo. Porém, saiu mal. Muito mal. Como havia acontecido com Totti, no campeonato italiano. São jogadores de classe, ninguém duvida. Mas o que conta, realmente, isso no momento da decisão? Não teria sido mais fácil escolher um lado, tentando enganar o guarda-redes, e chutar com toda a convicção? Se calhar, sim.
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