António Manuel Mano Silva. Ou simplesmente Mano Silva. É já um nome bem conhecido de todos os portugueses: há oito anos presidente do Ericeirense, da Associação de Futebol de Lisboa, decidiu entrar em greve de fome como forma de protesto pela falta de apoios ao clube. As manifestações de solidariedade sucederam-se e, ao fim de dez dias, Mano Silva resolveu suspender a greve de fome. Em conversa com o FUTEBOLÊS, garante que não tinha outra solução e que, caso nada seja feito, dia 1 de Julho retoma à greve. Um caso de paixão pelo clube.
FUTEBOLÊS: Como se sente neste momento?
MANO SILVA: Estou bem, estou bem. Tenho retomado os alimentos, aos poucos. Começarei por comer um pouco de peixe mas sinto-me bem.
F: Por que recorreu à greve de fome?
MS: Acima de tudo por razões de uma grande injustiça que as entidades locais e governo, inclusive, tiveram para comigo e para com o clube. Foram oito anos à procura de soluções e por razões difíceis de perceber, impossíveis de perceber até, nada foi feito. Achei que chegava de me "castigarem". Isso justifica plenamente a minha decisão.
F: Acha que valeu a pena?
MS: Não tenho dúvidas de que valeu a pena, não tenho dúvidas! Não é uma questão de passar a ser mais conhecido porque eu não fiz aquilo para ter fama. Aliás, quem me conhece sabe que eu prefiro passar despercebido em qualquer lado. Ainda há pouco, no Fórum Algarve, estavam dois senhores perto de mim e perguntaram-me se eu era o homem da greve. Eu disse que sim, cumprimentei-os, estivemos a falar e disseram-me: "Você é um grande homem, é um grande dirigente desportivo". Foi o suficiente para eu achar que valeu a pena.
F: O certo é que se não tivesse enverdado por essa via, a situação do Ericeirense não teria tanto mediatismo nem teria sensibilizado as pessoas como aconteceu.
MS: Não, nunca teria mediatismo. Nem pensar!
F: Foi uma acto de desespero?
MS: Era impensável há um ano atrás. Eu tomei esta decisão há três meses, depois de concluir que não havia outra solução para os problemas do clube. O dinheiro não foi gasto a comprar jogadores.
F: Existem boas perspectivas para o futuro?
MS: Há sinais, há sinais e penso que no decorrer da semana que vem, na sexta-feira, se confirmarão. Nesse mesmo dia haverá um jantar de homenagem que me vão fazer com gente ligada ao futebol e à Ericeira. E eu espero que sim, que os sinais que existem neste momento se confirmem e tragam boas novidades.
F: Demonstra uma enorme paixão pelo clube, chegando a por em causa a sua saúde.
MS: Eu há trinta anos que sou líder associativo. Estou há oito como presidente do Ericeirense e estive um ano como presidente da Assembleia Geral. Não construí estádios mas tive obra social e cultural. Penso que foi positiva.
F: Suspendeu a greve de fome ao fim de dez dias. Pensa retomá-la?
MS: Tenho a certeza que retomo no dia 1 de Julho se não forem tomadas medidas de apoio por parte das entidades.
F: Porém o panorama já é melhor...
MS: Claro que não estou interessado em voltar à greve de fome. Mas se tiver de o fazer, farei sem receio.
FUTEBOLÊS: Como se sente neste momento?
MANO SILVA: Estou bem, estou bem. Tenho retomado os alimentos, aos poucos. Começarei por comer um pouco de peixe mas sinto-me bem.
F: Por que recorreu à greve de fome?
MS: Acima de tudo por razões de uma grande injustiça que as entidades locais e governo, inclusive, tiveram para comigo e para com o clube. Foram oito anos à procura de soluções e por razões difíceis de perceber, impossíveis de perceber até, nada foi feito. Achei que chegava de me "castigarem". Isso justifica plenamente a minha decisão.
F: Acha que valeu a pena?
MS: Não tenho dúvidas de que valeu a pena, não tenho dúvidas! Não é uma questão de passar a ser mais conhecido porque eu não fiz aquilo para ter fama. Aliás, quem me conhece sabe que eu prefiro passar despercebido em qualquer lado. Ainda há pouco, no Fórum Algarve, estavam dois senhores perto de mim e perguntaram-me se eu era o homem da greve. Eu disse que sim, cumprimentei-os, estivemos a falar e disseram-me: "Você é um grande homem, é um grande dirigente desportivo". Foi o suficiente para eu achar que valeu a pena.
F: O certo é que se não tivesse enverdado por essa via, a situação do Ericeirense não teria tanto mediatismo nem teria sensibilizado as pessoas como aconteceu.
MS: Não, nunca teria mediatismo. Nem pensar!
F: Foi uma acto de desespero?
MS: Era impensável há um ano atrás. Eu tomei esta decisão há três meses, depois de concluir que não havia outra solução para os problemas do clube. O dinheiro não foi gasto a comprar jogadores.
F: Existem boas perspectivas para o futuro?
MS: Há sinais, há sinais e penso que no decorrer da semana que vem, na sexta-feira, se confirmarão. Nesse mesmo dia haverá um jantar de homenagem que me vão fazer com gente ligada ao futebol e à Ericeira. E eu espero que sim, que os sinais que existem neste momento se confirmem e tragam boas novidades.
F: Demonstra uma enorme paixão pelo clube, chegando a por em causa a sua saúde.
MS: Eu há trinta anos que sou líder associativo. Estou há oito como presidente do Ericeirense e estive um ano como presidente da Assembleia Geral. Não construí estádios mas tive obra social e cultural. Penso que foi positiva.
F: Suspendeu a greve de fome ao fim de dez dias. Pensa retomá-la?
MS: Tenho a certeza que retomo no dia 1 de Julho se não forem tomadas medidas de apoio por parte das entidades.
F: Porém o panorama já é melhor...
MS: Claro que não estou interessado em voltar à greve de fome. Mas se tiver de o fazer, farei sem receio.
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