Minuto 80 do Sp.Braga-PSG, jogo que iria decidir a passagem aos quartos-de-final da Taça UEFA: livre marcado para a área, Eduardo falha a intercepção e deixa a bola ao dispor de Houarau que cabeceia para o fundo da baliza. Golo! Acabou, ali, o sonho do Sp.Braga. Da pior forma possível. Depois já não havia volta a dar, apesar da boa exibição. Contudo, é esse lance que fica para a história.
Era um jogo de tudo ou nada. Apesar do empate sem golos da primeira mão, em Paris, que poderia dar alguma vantagem ao Sp.Braga, o Paris Saint-Germain continuava como favorito até pela maior experiência neste tipo de competição a que se junta o bom momento no campeonato francês. Contudo, a equipa de Jorge Jesus já deu provas mais do que suficientes que não se deixa intimidar pelo nome do adversário e dispunha, então, de uma oportunidade única para o Sp.Braga fazer história, ao conseguir chegar a uma fase da Taça UEFA onde nunca tinha estado. Feitas as contas no fim e precipitando a conclusão, ainda não foi desta.
A campanha e as boas exibições da equipa contagiaram os adeptos que acreditaram na passagem desde o primeiro minuto. À semelhança daquilo que acontecera no Parque dos Príncipes, foi o Sp.Braga a tomar a iniciativa de jogo. E teve mesmo a primeira grande oportunidade de golo que surgiu aos 13 minutos: Paulo César encontrou a bola a saltitar e, com um remate espontâneo, obrigou Landreau a uma defesa assombrosa para a trave. Viriam a responder os parisienses por Chantôme com um remate que também acabou devolvido pelo travessão da baliza de Eduardo. Porém, pertenceu ao Sp.Braga a última grande ocasião da primeira parte, num livre de Luis Aguiar que passou perto, pertinho do poste.
A MALDIÇÃO DO TREZE
O nulo ao intervalo não interessava a ninguém. Era, por isso, mudar alguma coisa na segunda parte, quem quisesse passar tinha a obrigação de marcar. Foi isso que aconteceu aos 80 minutos no tal golo de Houarau que decidiu a eliminatória. Um homem que estava há treze minutos em campo. Irra que o o treze trouxe mesmo azar neste jogo! Antes disso, a toada continuava igual com a equipa do Braga dominadora da bola e dispondo de mais lances junto da baliza de Landreau. Os avançados arsenalistas voltaram a falhar na finalização mas aí também é justo reconhecer méritos ao guarda-redes francês que voltou a estar em grande frente a Renteria, já nos descontos.
Apesar de ter falhado o objectivo, é justo dizer que o Sp.Braga sai de cabeça bem levantada pois tudo fez para inverter o rumo (natural) dos acontecimentos. E nada apaga a campanha sensacional que conseguiu, tendo como ponto alto a espantosa exibição ante o AC Milan, em San Siro. Contudo, em futebol ganha quem marca e, nem sempre, quem joga. É um cliché que faz todo o sentido.
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