Final da Taça da Liga, penalty fantasma, Pedro Silva e Lucílio Baptista. Ora, há uma semana atrás estas palavras não faziam grande sentido. Contudo, hoje fazem todo e são palavras que os adeptos de futebol não se cansam de repetir. Tudo porque o penalty que deu o empate ao Benfica na final da Taça da Liga, por alegada mão de Pedro Silva, e que levou o jogo para a decisão por grandes penalidades não tinha razão de ser mas o árbitro Lucílio Baptista teve outra opinião. E assim este lance vai ser um dos mais discutidos nesta época futebolística em Portugal. Quer pela jogada em si quer pelas reacções que se seguiram.
Lucílio Baptista, um dia depois do jogo, reconheceu o erro e deu a cara pela equipa de arbitragem como que se desculpando da má decisão que tivera apesar de ter dito que o pedido de desculpas exigido pelo presidente do Sporting, Filipe Soares Franco, era algo relativo. Porém, Lucílio acabou por meter os pés pelas mãos porque afirmou que do ângulo onde se encontrava não teve dúvidas em relação à existência de mão na bola, ou seja, teve certeza que era penalty. Assim sendo, não se percebe o longo diálogo com o assistente José Cardinal. Ainda na mesma entrevista, indo mais longe, Lucílio Baptista contrariou os jogadores do Sporting que haviam dito que Cardinal lhe teria dado a informação de que não seria falta; o árbitro de Setúbal garante que aquilo que José Cardinal lhe confidenciou foi que não vira o lance e que assim não poderia afirmar se seria ou não falta. Porém, mais estranho é que Lucílio tenha afirmado que Pais António, o outro assistente, colocado no meio-campo contrário a uns bons 50 metros lhe tenha corroborado a decisão, via intercomunicador, enquanto que Cardinal, em linha com Pedro Silva, nada tenha visto. Estranho, não?
O Sporting não escondeu a sua revolta pela forma como foi derrotado. Começou nos jogadores e chegou aos dirigentes. Ainda no relvado do Estádio Algarve, Pedro Silva, o "autor" do penalty, teve atitudes que em nada dignificam a sua condição de jogador profissional: primeiro, ao dar uma peitada ao árbitro após ter sido expulso; em seguida, já na cerimónia protocolar, ao arremessar a medalha para bem longe. São inqualificáveis, sem dúvida. Mas é um sentimento de raiva que se percebe, por tudo o que aquele lance representou. Paulo Bento teve também um gesto com a mão a indicar que havia um roubo e afirmou, na flash-interview, que o futebol está cada vez mais podre, lembrando o jogo da Taça de Portugal com o FC Porto em que disse que a arbitragem portuguesa "metia nojo". Chegou, finalmente, aos dirigentes do clube. Primeiro Soares Franco, ainda no estádio, exigiu um pedido de desculpas de Lucílio Baptista e da própria Liga que não foi satisfeito mas o Sporting foi mais longe ao demitir-se da direcção da Liga por entender que em nada estava a ser útil.
No meio de tanta confusão e polémica, Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, continua debaixo de enormes críticas. Ora por não fazer nomeações adequadas ora por não conseguir fazer do grupo de árbitros um grupo unido e coeso que procure objectivos em conjunto. E, apesar, de Lucílio Baptista ter tido uma boa atitude em dar a cara, não fugindo das responsabilidades existe uma colossal diferença com o célebre caso do Benfica-Nacional, em que Pedro Henriques foi censurado por ter defendido, em todos os momentos, a sua decisão. Estava só, indefeso perante tamanha contestação. Também Hermínio Loureiro é acusado de nada fazer para mudar essa situação, de tentar sempre apaziguar os conflitos.
Chega, por fim João Gabriel. Sim, o director de comunicação (?) do Benfica. Antes do jogo de sábado lançou suspeitas, sem se saber muito bem tiradas de onde, sobre possíveis casos de doping no Sporting. Agora, no final do jogo e no auge de toda a contestação a Lucílio Baptista, Gabriel recordou que o Benfica também tem razões de queixa porque ficaram dois jogadores por expulsar e que Lucílio tirou, na época passada, a oportunidade dos encarnados de disputarem a Liga dos Campeões. Prosseguiu os disparates, afirmando que o Sporting tem demonstrado um enorme mau perder desde o final do jogo e que tem uma posição coincidente com o "clube do Norte". Para colocar a cereja no topo do bolo, João Gabriel finalizou dizendo que o Sporting não faz falta na Liga porque só lá estava para pressionar os árbitros e quem os dirige, elogiando depois Hermínio Loureiro que tem feito um excelente trabalho na luta contra a corrupção. São asneiras a mais ditas por um director de comunicação que só quer protagonismo. E é pena porque o Benfica não precisa disso. Nem de um director de comunicação que sirva, apenas, para criar um ambiente mais hostil.
Porém esta é, infelizmente, uma realidade do futebol português: só criticar quando as coisas correm mal. Sempre que existe um erro de arbitragem em que são prejudicados criticam tudo e todos, avançam com queixas e dizem querer um futebol saudável, onde impere a verdade desportiva. Mas quando são beneficiados não se passa nada, os outros é que têm mau perder e as vitórias são conseguidas com todo o mérito. Ridículo. Simplesmente.
Lucílio Baptista, um dia depois do jogo, reconheceu o erro e deu a cara pela equipa de arbitragem como que se desculpando da má decisão que tivera apesar de ter dito que o pedido de desculpas exigido pelo presidente do Sporting, Filipe Soares Franco, era algo relativo. Porém, Lucílio acabou por meter os pés pelas mãos porque afirmou que do ângulo onde se encontrava não teve dúvidas em relação à existência de mão na bola, ou seja, teve certeza que era penalty. Assim sendo, não se percebe o longo diálogo com o assistente José Cardinal. Ainda na mesma entrevista, indo mais longe, Lucílio Baptista contrariou os jogadores do Sporting que haviam dito que Cardinal lhe teria dado a informação de que não seria falta; o árbitro de Setúbal garante que aquilo que José Cardinal lhe confidenciou foi que não vira o lance e que assim não poderia afirmar se seria ou não falta. Porém, mais estranho é que Lucílio tenha afirmado que Pais António, o outro assistente, colocado no meio-campo contrário a uns bons 50 metros lhe tenha corroborado a decisão, via intercomunicador, enquanto que Cardinal, em linha com Pedro Silva, nada tenha visto. Estranho, não?
O Sporting não escondeu a sua revolta pela forma como foi derrotado. Começou nos jogadores e chegou aos dirigentes. Ainda no relvado do Estádio Algarve, Pedro Silva, o "autor" do penalty, teve atitudes que em nada dignificam a sua condição de jogador profissional: primeiro, ao dar uma peitada ao árbitro após ter sido expulso; em seguida, já na cerimónia protocolar, ao arremessar a medalha para bem longe. São inqualificáveis, sem dúvida. Mas é um sentimento de raiva que se percebe, por tudo o que aquele lance representou. Paulo Bento teve também um gesto com a mão a indicar que havia um roubo e afirmou, na flash-interview, que o futebol está cada vez mais podre, lembrando o jogo da Taça de Portugal com o FC Porto em que disse que a arbitragem portuguesa "metia nojo". Chegou, finalmente, aos dirigentes do clube. Primeiro Soares Franco, ainda no estádio, exigiu um pedido de desculpas de Lucílio Baptista e da própria Liga que não foi satisfeito mas o Sporting foi mais longe ao demitir-se da direcção da Liga por entender que em nada estava a ser útil.
No meio de tanta confusão e polémica, Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, continua debaixo de enormes críticas. Ora por não fazer nomeações adequadas ora por não conseguir fazer do grupo de árbitros um grupo unido e coeso que procure objectivos em conjunto. E, apesar, de Lucílio Baptista ter tido uma boa atitude em dar a cara, não fugindo das responsabilidades existe uma colossal diferença com o célebre caso do Benfica-Nacional, em que Pedro Henriques foi censurado por ter defendido, em todos os momentos, a sua decisão. Estava só, indefeso perante tamanha contestação. Também Hermínio Loureiro é acusado de nada fazer para mudar essa situação, de tentar sempre apaziguar os conflitos.
Chega, por fim João Gabriel. Sim, o director de comunicação (?) do Benfica. Antes do jogo de sábado lançou suspeitas, sem se saber muito bem tiradas de onde, sobre possíveis casos de doping no Sporting. Agora, no final do jogo e no auge de toda a contestação a Lucílio Baptista, Gabriel recordou que o Benfica também tem razões de queixa porque ficaram dois jogadores por expulsar e que Lucílio tirou, na época passada, a oportunidade dos encarnados de disputarem a Liga dos Campeões. Prosseguiu os disparates, afirmando que o Sporting tem demonstrado um enorme mau perder desde o final do jogo e que tem uma posição coincidente com o "clube do Norte". Para colocar a cereja no topo do bolo, João Gabriel finalizou dizendo que o Sporting não faz falta na Liga porque só lá estava para pressionar os árbitros e quem os dirige, elogiando depois Hermínio Loureiro que tem feito um excelente trabalho na luta contra a corrupção. São asneiras a mais ditas por um director de comunicação que só quer protagonismo. E é pena porque o Benfica não precisa disso. Nem de um director de comunicação que sirva, apenas, para criar um ambiente mais hostil.
Porém esta é, infelizmente, uma realidade do futebol português: só criticar quando as coisas correm mal. Sempre que existe um erro de arbitragem em que são prejudicados criticam tudo e todos, avançam com queixas e dizem querer um futebol saudável, onde impere a verdade desportiva. Mas quando são beneficiados não se passa nada, os outros é que têm mau perder e as vitórias são conseguidas com todo o mérito. Ridículo. Simplesmente.
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