sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Para onde caminhas, Sporting?

Uma questão que, nesta altura, faz todo o sentido: quais são os reais objectivos do Sporting para esta época? À primeira vista, mesmo não sendo de todo impossível, a conquista do título será um cenário utópico, bem pouco crível. A meta prioritária de Carlos Carvalhal passará, então, por revitalizar a equipa, colocá-la na rota das boas exibições e devolver-lhe a alma do Sporting. Da mesma forma que, contra o Benfica, a equipa demonstrou sinais de um futuro melhor, ontem, com o Heerenveen, voltaram os pesadelos leoninos. A equipa aguerrida e coesa do derby deu lugar a outra sem chama e sem meios para fazer mais. Um regresso a um passado bem recente, negro, que a troca de treinador e o jogo com o Benfica haviam suavizado. Foi, vê-se agora, apenas um escape.

Por tudo isto, poder-se-á pedir títulos ao Sporting? Títulos sim, mas não o título mais ambicionado, o de campeão nacional, porque isso significaria uma reviravolta extraordinária que os leões não parecem capazes de fazer. No entanto, a verdade é que a equipa continua inserida em todas as provas e poderá, obviamente, ter sucesso em alguma delas. Internamente, sobretudo, nas Taças de Portugal e da Liga. Os problemas da equipa leonina são complexos, não têm uma resolução fácil. Prendem-se com a construção do plantel: o Sporting não investiu tanto como os mais directos rivais e isso, claro, faz-se notar. O losango de Paulo Bento, tão rotinado e criticado, era apontado como um dos principais responsáveis pelo mau momento do clube mas perdeu-se com a entrada de Carlos Carvalhal e pouco mudou.

O novo treinador chegou, alterou a táctica: depois de uma tentativa de implementar um 4x3x3, a equipa parece agora formatada para um 4x2x3x1. O Sporting ganha mais coesão, é verdade que sim, mas continua com uma gritante falta de dinâmica. A equipa não consegue construir lances de futebol ofensivo, não é pressionante como deveria, nem tem os meios para se sobrepor ao adversário e empurrá-lo para a sua baliza. O jogo com o Heerenveen, ontem, é um exemplo perfeito disso, até porque os holandeses estão longe de ser uma equipa que amedronte. Não havendo um bom colectivo, é necessário que as individualidades se destaquem. No Sporting, também isso não acontece. Ontem, após o empate, foi o próprio Liedson a admitir que talvez precise de algum tempo no banco... Que soluções, leitor?

1 comentário:

Jornal Só Desporto disse...

Mudou o comandante continua a mesma música ou seja mais do mesmo caro Ricardo.
Sim Liedson não tem sido o matador de outrora será a naturalização portuguesa que o afecta?