segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Liga Sagres: O que vale este Sp.Braga?

COMENTÁRIO

Respondendo, desde já, à pergunta: muito! Em jornada de clássico, ganho justamente pelo FC Porto, o outro Sporting, o de Braga, alcançou um feito que está, grosso modo, apenas destinado aos grandes: venceu pela sexta vez consecutiva, somando assim por vitórias todos os jogos realizados. Mantém-se, por isso, na liderança. Com todo o mérito, aliás. Na perseguição mais directa está o Benfica que, mais uma vez, voltou a marcar muitos golos (cinco) num triunfo confortável. Realce, também, para as primeiras vitórias de Naval e Paços de Ferreira. Pela negativa, a série de três derrotas do Marítimo e a falta de vitórias em Coimbra.

Entrada fulgurante, progressiva desaceleração, alguns sustos e vitória. Assim, de forma sintética, se pode resumir a vitória do FC Porto no primeiro clássico da época. Para o Sporting foi precisamente o contrário porque começou mal e ficou sufocado pelo quarto de hora frenético que os portistas tiveram. Sofreram um golo, a frio. Depois, contudo, houve oportunidades para um empate que bem poderia ter acontecido. Na segunda etapa, quando era preciso dar o tudo por tudo em busca do golo, o início voltou a ser fatal. Oito minutos depois do descanso, a equipa ficou reduzida a dez e as esperanças de ainda conseguir a vitória caíram no vazio - Clique para aceder à crónica do FC Porto-Sporting

Sexta vitória consecutiva, única equipa que ainda não cedeu qualquer ponto nas seis jornadas iniciais, e consequente liderança. Assim se resume a prestação do Sp.Braga até este momento. Uma equipa absolutamente notável na forma como é coesa, unida e consegue ultrapassar as dificuldades que o destino lhe coloca no caminho. Depois de vencer o FC Porto, sem qualquer tipo de contestação, os bracarenses alcançaram uma vitória complicada, embora justa, frente ao Olhanense. Pode-se dizer, recorrendo a um lugar comum, que foi mesmo arrancada a ferros. Alan, o mesmo que havia dado o triunfo com os portistas, teve esperança e arte para contribuir ainda mais para euforia que os adeptos minhotos vivem... com um golo aos noventa e quatro minutos, é bem verdade.

Foram oito, depois quatro, agora cinco. O Benfica continua com um brutal poder de fogo, letal na hora de acertar nas balizas contrárias. Não precisa, para isso, de ser sempre exuberante mas é inquestionável que o ataque é o sector mais bem apetrechado desta equipa encarnada. Frente a um Leixões mais preocupado em não deixar jogar do que em alcançar a baliza de Quim e demasiado cedo reduzidos a dez jogadores, a vitória do Benfica surgiu de forma natural. O jogo ficou sentenciado dez minutos depois do intervalo: Cardozo marcou o segundo golo na sequência de uma grande penalidade que terminou na expulsão de Nuno Silva, ou seja, deixou a equipa de José Mota com apenas nove elementos. A partir daí, o resultado engordou, até à mão cheia, tal como era de prever. Tão diferente que está este Leixões, também.

Sem estar terminada a jornada - faltam ainda jogar, hoje, o Vitória de Guimarães-União de Leiria e, apenas no próximo dia doze, o Belenenses-Nacional -, destaque para a primeira vitória da Naval (frente ao Marítimo, na Madeira, resultando em contestação para Carlos Carvalhal) e do Paços de Ferreira que saiu vitorioso de Setúbal. No outro jogo, Rio Ave, que está agora à frente do Sporting na tabela classificativa, e Académica empataram sem golos. Contrariamente ao que acontece com os vila-condenseses, imbatíveis, os estudantes ainda não venceram qualquer partida deste campeonato.

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