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sábado, 6 de agosto de 2011
FUTEBOLÊS: Novo site
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terça-feira, 2 de agosto de 2011
Quando sai a sorte grande... sem jogar!
Ontem, em Portugal, surgiu uma surpresa. Uma surpresa gigantesca.
Roberto, o Roberto do Benfica, foi vendido ao Saragoça. Pronto, tudo bem: o portero espanhol era terceira opção, ficou marcado pela época anterior, perdeu o lugar para Artur e Eduardo, ficou sem condições para continuar. Um dos principais propósitos do Benfica, nesta temporada, era colocar Roberto. Vendido ou emprestado. Pelas notícias, o espanhol negou-se a sair por empréstimo e continuou no plantel do Benfica - ele, Artur, Eduardo, Mika e Júlio César. Só lhe restava abandonar o clube. Portanto, até aqui, onde está a surpresa?
A novidade, violenta e estonteante, chega depois de saber que Roberto saiu. A surpresa é que o Benfica encaixa, pela transferência do guarda-redes, oito milhões e seiscentos mil euros. De novo, pausadamente: oito milhões e seiscentos mil euros. Quer isto dizer que, um ano depois de o ter contratado ao Atlético de Madrid, com uma época negra e errante pelo meio, o Benfica consegue transferir Roberto e, com isso, lucrar cem mil euros. Um negócio da China.
O adepto benfiquista interroga-se e sorri com malandrice. É como se não tivesse jogado e lhe tivessem saído milhões e milhões de euros. Cash, assim caídos do céu aos trambolhões, por milagre. Roberto foi um pesadelo, cedeu pontos, não foi o guarda-redes esperado e fraquejou, mas, apesar de tudo isso, de todos os defeitos, acabou por render um montante gigantesco. Como é possível que um clube como o Saragoça, que luta para não descer, que está mergulhado em problemas financeiros, que demonstra contenção nas compras, cometa uma loucura assim, tão grande prova de confiança, para contar com um guarda-redes que já teve mas que falhou completamente no Benfica?
A verdade pura e dura é esta: o Saragoça pagou oito milhões e seiscentos mil euros ao Benfica pelo passe de Roberto Jiménez. Impressionante.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
FC Porto: Vitórias morais valem, dragão?
Vitórias morais, podem esquecer, não servem. Quando o resultado é negativo, quando o objectivo sai gorado, quando o suor não vale a pena, de nada vale ter jogado bem, ter obrigado o guarda-redes adversário a aplicar-se a fundo, ter dominado e ter acertado nos postes. Tudo isso, no final, representa um zero, um zero gordo, sem validade. Mas nos jogos de preparação, quando a principal meta é a avaliação das capacidades de resposta da equipa e dos jogadores, o caso pode mudar de figura e as vitórias morais até representam, por vezes, ser um bom prenúncio. O FC Porto hoje, na Suíça, sentiu-o: jogou com o Olympique Lyonnais, controlou o jogo, lançou-se ao rival, criou oportunidades e, feitas as contas, acabou derrotado. Por dois-um.
A uma semana do arranque oficial da época, frente ao Vitória de Guimarães, em jogo da Supertaça, o treinador Vítor Pereira deve ter gostado do que viu. A equipa esteve bem, mostrou dinamismo, teve consistência e cumpriu grande parte dos objectivos traçados. Moutinho comandou o meio-campo, Souza apresentou-se menos precipitado e Kléber, o grande destaque da pré-época, mostrou raça, querer e esforço. O dragão ainda se sente órfão das principais figuras, ainda não tem Falcao nem Álvaro Pereira, talvez até nem os venha a ter mais, mas revelou atitude, garra e alternativas válidas.
O que falhou, então, na exibição do FC Porto? Finalizar. Faltou poder de fogo ao dragão, faltou concretizar as oportunidades e consumar o domínio. Hulk tentou, Fucile acertou no poste, o perigo espreitou mas não passou disso, apenas Rúben Micael, de orgulho ferido depois da desfeita de Lisandro López, conseguiu concluir com êxito. O Lyon marcou das duas vezes em que alvejou a baliza de Helton, por Lisandro e Michel Bastos, golos a abrir e fechar o jogo, em dois erros da defesa azul, conseguindo a primeira vitória na pré-temporada. O FC Porto, pelo contrário, perdeu, depois de uma série imaculada. Mesmo que fique com uma vitória moral.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Opinião: A sombra do que fomos
Três homens, uma mesa e uma garrafa. Uns aperitivos pelo meio. Sentam-se, conversam e relembram o passado. Os olhos brilham, enchem-se de água, tudo ali é saudade. Já passaram os sessenta mas as recordações estão lá, vivas, eternas e melancólicas. A nostalgia invade-os, toma-lhes a alma e fá-los sonhar. Estão noutra. Metade da idade, o dobro da força, o triplo da energia. Recordam o que os fazia viver. Porra, como estamos velhos. Voltaram a juntar-se. Como antes. Há muito que não o faziam. Comem, bebem, conversam e revivem. Do que fizeram, do que mudou, de tudo. Diz um deles: e o nosso Sporting? Os outros não respondem. E o nosso Sporting? Olhares cruzados, ombros encolhidos, sobrancelhas franzidas. Bem, lá está...
O Jordão, pá, o Jordão é que era um artista, ele e o Manel, o de Sarilhos, o grande Manel. Ali há entusiasmo, há muitas memórias, há muito orgulho naquelas palavras e naqueles tempos de ontem. Há amor a uma causa. A voz sobe, os gestos tornam-se mais rápidos, as palavras saem com facilidade e as imagens não podiam ser mais nítidas. Então, pá, não estão a ouvir? Não se lembram daquelas tardes no velhinho José de Alvalade? Eles ouvem. E recordam. Sabem do que se fala e têm muito a dizer. Por que não o fazem? Por que preferem olhar para o chão? Não têm o mesmo espírito nem a mesma garra. São mais comedidos e quase se desligaram da actualidade. Sabes, actualmente, não temos tido muitas razões de festa...
Aquele genica acalma. Leva um certo tempo até interiorizar as palavras. Não é daquelas coisas que entram a cem e saem a duzentos. Não, é diferente. Estas fizeram eco, ficaram e propagaram-se. Pois, realmente, não há razões de festa para os sportinguistas, o presente não tem sido lá muito bom, é verdade, mas não faz mal que três amigos recordem os tempos bons que passaram. Somos a sombra do que fomos, diz-lhe um. É precisamente por isso que não querem aquele assunto. Há outros, outras recordações. Sim, mas podemos sempre voltar a acreditar no nosso Sporting, não? E outra vez sim, porque, olhando bem para a coisa, é possível. Precisam de acreditar. Bebem um copo, apoiam-se sobre a mesa e desenrolam a fita. Agora estão os três na mesma onda, com um sorriso. Bons tempos viveram.
Os sportinguistas sentem que o seu Sporting está adormecido. Precisam de olhar para trás, de puxar pela memória e gastar energias, para se orgulharem do clube que escolheram e se manterem ligados a ele de coração. Recordam. Porque, diz-se por aí, recordar é viver. Os últimos tempos foram maus de mais, com dureza desmedida, capazes de fracturar qualquer alma e qualquer amor pelo clube. Pá, até estive quase a deixar de pagar as quotas, mas depois... Mas depois não o fez. Porquê? Não deve ter sido do pena. Foi porque apesar de todos os problemas, daquela confusão toda, continuou a sobrar um fiozinho de esperança. Pequeno, sim, mas não desapareceu. Estava à espera de um motivo para ressurgir.
Três homens de sessenta anos estão ultrapassados para ir para o relvado, pôr as recordações em prática e levar tudo à frente. Por isso, têm de confiar em quem os representa. Há bons jogadores, aqueles tipos novos têm contratado bem. A fé parece ter voltado a Alvalade. Um novo presidente, um novo rumo no futebol, um treinador mobilizador e um plantel renovado. Tudo isso junto para voltar a haver alma, garra, vontade e muito querer. As páginas negras mancharam mas não apagaram os registos do passado. Há quem os recorde e os queira ver aplicados no presente. Se o gosto pelo clube se manteve, se as quotas continuaram pagas, nada melhor do que acreditar que, agora sim, será melhor. Pode não dar para chegar ao céu mas, ao menos, que dê para honrar o nome e a camisola. Para que o Sporting renasça. Vamos a Alvalade hoje, pá?
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Opinião: A necessidade de viajar para a Europa
O Brasil sempre foi uma mina de ouro. Talento, arte, técnica, os melhores habilidosos do planeta, os jogadores mais entusiasmantes. Têm ritmo, sabem o que fazer à bola, tratam-na como amiga, são melhores que os outros. Só que aquele futebol de rua, sem regras ou amarras, começa a saber a pouco. O talento é demasiado para jogar entre amigos, para ganhar umas apostas com os irmãos de sempre. Abre-se a porta: Europa. Mamãe, tchau, vou lá pra Europa, quero o meu sonho. É uma espécie de El Dorado. Agora é preciso aprender regras, aprender posicionamentos, aprender táctica, aprender como se joga. Agora há amarras e o samba não chega. Na Europa joga-se à Paolo Rossi, seu Telê sabe...
Muitos não se adaptam. Droga, cara, como é possível? Têm talento mas nunca deixam o estado bruto. Não limam arestas, não assimilam a forma de jogar e perdem-se. O talento, aquele perfume das ruas, continua lá. Pegam na bola, levantam-na, passam-na para trás da orelha, baixam-na pelo pescoço e voltam a colar-se no pé. Delicia pela facilidade e pela arte. Aquilo, sim, é verdadeira arte, que pena não puder ser totalmente aplicada. Mas há quem consiga. Mamãe, como diz seu Vinicíus de Moraes, por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo. Por isso há que acreditar, que sonhar, que ousar e que procurar um lugar. Ronaldo, Rivaldo, Romário, Ronaldinho conseguiram depois de Yeso Amalfi ter sido o primeiro a correr Mundo. Por que não eu?, pensa Neymar.
Os brasileiros sentem falta do futebol de outros tempos. Da magia que dava títulos. Do deslumbramento aliado às conquistas. Agora está diferente. Mudou e não é possível jogar como antes. Querem a todo o custo voltar a ter um jogador entre os melhores do Mundo, alguém que supere Messi e Ronaldo, o Cristiano, alguém que prove que o espectáculo, os dribles, a pureza da técnica é a verdadeira essência do futebol e é uma boa forma de lucrar. Apostam tudo em Nylmar. Um menino que saiu das ruas, que leva todo esse génio nos pés, que finta como poucos, é um alvo apetecível. Só que Neymar ainda joga sozinho, ainda abusa do individualismo e ainda tem pouca noção do colectivo. Falhou na Copa América. Ele e todos os outros.
Neymar tem dezanove anos. E talento, génio, arte, habilidade, técnica: é um portento. Só que em bruto. Pode ser o melhor do Mundo? Pode. Mas tem que sair para a Europa, tem que limar arestas, tem que aprender como se joga futebol por cá e tem que enriquecer a sua cultura táctica. Tem que juntar inteligência à magia. Aí, poderá ser um novo Ronaldo, o Nazário, que desperte os brasileiros. A fórmula é esta: o Brasil produz, a Europa potencia, o jogador cresce e todos ganham. Será?
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Benfica: Um chefe que resolva o impasse
A pré-época é uma correria. Amontoam-se notícias, embrulham-se negócios e aquecem-se os motores. O período de transferências é demasiadamente longo, permite várias reflexões, várias investidas e vários acertos. Nos clubes portugueses, por exemplo, sobra apreensão e temor. Os europeus estão atentos, são os grandes senhores, têm capital e podem investir. Os cofres portugueses agradecem o que os adeptos repudiam, em tudo existem consequências boas e más. Há, por outro lado, a necessidade de corrigir erros, preencher crateras e evitar novos tropeções. O mercado serve para isso: sai quem não interessa e chega quem pode ser útil. O Benfica vive esse período.
A fase inicial do Benfica foi conturbada. O clube, depois de perder o título para o FC Porto, percebeu que teria de mudar. Olhou para o mercado de transferências, viu onde falhara e contratou. Vários jogadores por posição, alguns deles com qualidade firmada, outros com margem de progressão, a mesma linha dos últimos anos, uma long list para a nova época. O mais normal, nesta situação, seria que os reforços preenchessem lugares ocupados, na última época, por jogadores que, agora, já não faziam falta - César Peixoto ou Roberto, por exemplo, são dois casos que há muito se percebera não fazer sentido continuar. No entanto, o Benfica falhou na colocação dos jogadores que Jorge Jesus riscou. Mesmo não os querendo, manteve-os no plantel. Reforços, activos importantes e dispensáveis, tudo no mesmo grupo.
Hoje, a 27 de Julho, o Benfica iniciou oficialmente a época. Defrontou os turcos do Trabzonspor, em casa, para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Controlou, cresceu com os minutos, passou por sustos, conseguiu quebrar a resistência adversária, marcou dois golos soberbos e venceu com justiça. E naturalidade. Sobressaiu a consistência defensiva, a sobriedade de Artur ou o dinamismo de Nolito e Enzo Pérez. Os reforços estiveram em bom plano, responderam com exibições agradáveis e mostraram trabalho.Jorge Jesus sorriu, gostou e contentou-se com a vitória por dois golos. Não garante a passagem mas... quase. A vantagem é confortável e permite que o Benfica, na Turquia, possa encarar o jogo com segurança. Mas nem por isso descansou.
Há ainda muitas situações pendentes, que precisam de resposta e que vêem o tempo esfumar-se. Antes de conseguir qualquer base para a equipa, antes de implementar qualquer modelo ou filosofia de jogo, Jorge Jesus precisa de ser um chefe, decidido e eficaz, que organize o plantel do Benfica e utilize os jogadores que tem para conseguir um grupo sólido, equilibrado e com soluções para todas as posições. Há excesso de jogadores. Jesus precisa de se libertar dos que não quer, perceber o que fazer com os que forçam a saída e instruir os que serão a equipa-tipo. Vida de chefe.
domingo, 24 de julho de 2011
Opinião: Knocking on Evans door
Um momento, por favor. Nada de perturbações que estraguem a concentração. O período é de reflexão. Contagem decrescente, ânsia, espera que não acaba, hora de decidir tudo, tensão maldita. Nestas coisas, para aliviar, fica sempre bem uma musiquinha de fundo. Um iPod, dois auscultadores e um novo mundo pela frente. Final Countdown, não há melhor para aquele instante, é tradução à letra, sentido literal, encaixa na perfeição. Acelera o ritmo, faz bater o coração e sentir as veias. O palco está ali, à nossa frente, num ambiente frenético. Louco, louco, louco. Andy, vamos lá? É a tua vez, já foi tudo, concentra-te. Os músculos contraem, as pulsações sobem, todos vibram. Há que defender, que pedalar, que dar tudo, que ir para lá dos limites. A vontade é o éter.
Cadel, coragem, coragem, estás em grande, isso, mais um esforço. Dentes cerrados, determinação total, sangue, suor e lágrimas, tudo junto, vontade de voar numa bicicleta, de anular todos os tempos e pulverizar a concorrência. Atrás, no carro de apoio, os olhares cruzam-se: o tempo é uma relíquia, o homem parece que vai pelos ares, ganha segundo atrás de segundo, leva um ritmo impressionante e está disparado para o sucesso. Noutros anos já andou lá perto, já o sentiu, já quase o agarrou. Mas fugiu-lhe sempre. Às vezes até pelo meio dos dedos. I have a dream, responde ele. Não é o único. São muitos a perseguir o mesmo objectivo, a querer a mesma glória e a desejar o mesmo. Afinal, são os sonhos que seguram o mundo na sua órbita. Por isso pedala como nunca.
A vida corre mal a Andy. A vontade não é tudo. Ele quer, ele sua, ele luta. Desaparece o sorriso, reina a apreensão, o momento não é de conquistas, nada disso, é só de nervos e quase desespero. Passam pela cabeça imagens míticas, muitas voltas, muitas acelerações. E outras peças mal jogadas, zelo a mais e demasiada preocupação em ter um contador de adversários. Alberto, o figurão das outras vezes, dera dores de cabeça, obrigara a estratégias reforçadas e fora o alvo a abater. Com sucesso. Só que havia mais, outros estavam à cuca, preparados para saltar, para aproveitar e para rolar rumo ao topo. Tudo passa pela mente em segundos. O que está feito não se muda. Não se volta atrás. Agora sou eu, a bicicleta e o tempo, vamos lá.
Se há dia perfeito, este é um deles. Tudo corre às mil maravilhas. Cadel vai no melhor, segue imparável, ritmo altíssimo, rotações elevadas, o sonho leva-o, a vontade empurra-o e a glória espera-o. Está às portas do céu. Evans on heaven's door. Arrisca, força mais um bocadinho e está quase. As indicações que recebe estimulam, fazem-no pedalar intensamente, querer ainda mais. Vamos, Cadel, estás a ganhar dois minutos, ele está mal, não tem andamento, está fora, segue. Cadel Evans respira. Pensa nos anos em que foi segundo, pensa nas dificuldades que teve noutras épocas, pensa em como o título mundial o fez mudar de atitude e como teve sempre a melhor estratégia desde o início neste ano. Neurónio contra neurónio, flashes momentâneos, múltiplas imagens. Sorrisos e lágrimas, numa pedalada forte e intensa.
Andy está no fim da luta contra o tempo e contra o destino. Desde os primeiros dias que olhou para Contador como principal alvo, como inimigo e culpado por não ter ganho nos anos anteriores. Dois segundos lugares não sabem a nada a quem tem ambição. É pouco, é frustrante. Agora, sem Contador na luta, também não deu para outra coisa. Custa ainda mais. Andy começou expectante, perdeu tempo, explodiu rumo ao Galibier, deixou os adversários para trás, assumiu a liderança no Alpe d'Huez, talento puro, ganhou chama, mas o contra-relógio..., não, o contra-relógio ainda precisa de muitas horas de esfoço, de determinação e de prática. Evans não o deixou ganhar tempo precioso nos Alpes e agora roubou-lhe o sorriso. Chega vergado e vencido. I'm back. Com certeza. Para o ano, Andy lá estará à procura de ser feliz.
Cadel Evans tropeçou, correu, pedalou, sonhou, acreditou, voou e ganhou. Teve alma, teve tenacidade, teve vontade, teve sorte e teve o controlo nas mãos. Geriu o tempo, o espaço e o estado de espírito. Enfrentou Andy e ganhou das duas vezes. Duas? Sim, percebe-se agora que no Galibier, no dia da vitória assombrosa de Andy Schleck, também ganhou. Porque teve quatro minutos de atraso, mordeu a língua e perseguiu como nunca, encurtou o espaço e resistiu aos Alpes, mesmo em desvantagem, com tudo controlado para o contra-relógio. Sonhou, deixou-se de contar lugares no pódio ao lado do primeiro e assumiu a liderança. Sentiu a felicidade e a concretização do sonho de uma vida. Era agora ou nunca mais. Congratulations, Mr. Evans. Thanks, Andy, you have a long time.