sábado, 28 de agosto de 2010

Entrevista: Pedro Azevedo



Pedro Azevedo é uma voz dos relatos, há mais de duas décadas atrás dos microfones, quase exclusivamente da Rádio Renascença, sempre disposto a noticiar, chegando à informação primeiro, ganhando uma corrida renhida pelas fugas que surgem sempre, resta saber encontrá-las, até no negócio que parece no segredo dos deuses e sem o mínimo detalhe à solta. Antes da última edição de Bola Branca, no dia 27 de Agosto de 2010, espaço para voltar atrás, viajar de novo até África do Sul. Correu bem pela experiência. "Foi o melhor Mundial em que estive", garante. Já depois de ter estado na Ásia e da Alemanha. Mas mal-sucedido para Portugal, uma selecção sem rasgo e sem um clique de génio, demasiado pragmática e expectante, envolvida em intrigas, mistérios e polémicas evitáveis. Para Carlos Queiroz, sobretudo: o seleccionador está numa encruzilhada, um beco sem saída, esfumaram-se as condições. "É o principal culpado", atira sem hesitar.

O Mundial da África do Sul foi bom pela organização, pela experiência e pela logística. "Os jornalistas tiveram todas as condições de trabalho", assegura Pedro Azevedo. Opinião de quem diz que os estádios ingleses, por exemplo, são incomparavelmente inferiores aos portugueses, construídos ou remodelados para receber o Euro 2004. Depois, um olhar ao campeonato: ao título, num três mais um, com os grandes e um outsider chamado Sp.Braga, uma corrida onde, apesar do mau início, Pedro Azevedo coloca o Benfica na pole-position. Trata-se, afinal, do campeão, tem o mesmo treinador e não mudou assim tanto em relação ao ano passado. Mas, atenção, porque o FC Porto "se reforçou bem" e o Sp.Braga, caso dê continuidade aos resultados alcançados, será uma séria ameaça. E o Sporting? "Coloco muitas reticências", assegura. A entrevista pode ser lida a partir de amanhã - será publicada a primeira parte. Um olhar ao passado, ao presente e ao futuro no FUTEBOLÊS.

FRASES-CHAVE DA ENTREVISTA

A selecção portuguesa foi cinzenta, abúlica, não teve um sistema apropriado.

Faltou liderança a Carlos Queiroz.
Não conheço nenhum trabalho de Queiroz, em equipas seniores, como número um.
Agostinho Oliveira não é a melhor solução.
A Federação deveria ter tomado uma decisão salomónica.
Benfica, FC Porto, Sp.Braga e Sporting formam a grelha de candidatos ao título.
O futebol português necessita de maior promoção, de ser mais vivido.

1 comentário:

JornalSóDesporto disse...

Grande entrevista aqui no Futebolês.