terça-feira, 15 de setembro de 2009

Jogo de regressos e reencontros (antevisão)

O FC Porto regressa hoje, na sua estreia na edição da Liga dos Campeões desta época, ao local onde foi eliminado da prova em 2007: Stamford Bridge. Completaram-se dois anos, em Março, que os portistas, já treinados por Jesualdo Ferreira, foram afastados dos quartos-de-final pelo Chelsea, então comandado por José Mourinho embora na fase mais descendente da passagem do special one por Inglaterra. Além disso, também em 2004-05, na temporada seguinte à conquista do título europeu, os portistas defrontaram os londrinos na fase de grupos da liga milionária. Tal como agora. São outros tempos, é certo, mas as dificuldades não mudam.

Depois de ter caído no ano transacto, nos quartos, aos pés do campeão europeu Manchester United ficou, por entre os adeptos e dirigentes portistas, um sentimento de alguma frustração. Como diria Sérgio Godinho, soube-lhes a pouco. Não deve ser, para nenhuma equipa, vergonha alguma ser eliminado por um clube de topo mundial como o United mas a verdade é que, sobretudo no jogo do Old Trafford, ficou bem vincada a capacidade que a equipa portuguesa possuía. E, acima de tudo, que não era impossível bater-lhes o pé. Aliás, é essa partida - terminada empatada a dois, numa exibição de grande classe do FC Porto - que está mais presente na memória de cada um de nós.

Dessa equipa que jogou em Manchester, saíram três dos titulares: Lucho, Lisandro e Cissokho. São, como é sabido, baixas importantes mas que têm sido bem colmatadas. O FC Porto tem estado até mais criativo do que antes. Belluschi, Falcao e Álvaro Pereira, com especial destaque para os últimos dois, são as alternativas encontradas por Jesualdo Ferreira para manter a equipa nacional em força. Também Cristian Rodríguez, titularíssimo em 2008-09, ainda não se encontra com o ritmo necessário e, por isso, Silvestre Varela (outro destaque muito positivo) deverá formar, juntamente com Hulk e com Falcao, o trio ofensivo apontado à baliza do Chelsea. Para Helton será um regresso ao local do crime: nesse tal jogo de 2007, a eliminar, o brasileiro ficou ligado ao golo que deu, na altura, o empate à formação londrina - viria a vencer por 2-1.

Já no ano anterior, na fase de grupos, a equipa do FC Porto jogou em Londres: no Emirates Stadium, com o Arsenal, de onde saiu vergado a uma pesada derrota por quatro golos. O Chelsea é, em teoria, a equipa mais forte do grupo que, além do FC Porto e dos londrinos, incluiu também o Atlético de Madrid e o APOEL Nicósia e, convenhamos, é fortíssima a jogar em casa, onde já não é derrotada desde 2006. Além disso, a equipa agora comandanda pelo italiano Carlo Ancelotti, tem estado implacável no campeonato inglês, com contribuições de Anelka, Malouda e Drogba - o marfinense está, tal como Bosingwa, castigado e falhará a partida. Para terminar, outra curiosidade. Sobre o árbitro: Konrad Plautz, o austríaco que esteve no referido jogo de Manchester. Só reencontros e regressos, portanto.

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