terça-feira, 15 de setembro de 2009

Comentário: Ainda não foi desta, dragão...

A tradição, ou melhor a maldição, manteve-se porque ainda não foi desta tentativa que o FC Porto conseguiu vencer em Inglaterra. Um golo de Anelka, apenas três minutos depois do regresso dos balneários, deu a vitória ao Chelsea, em Stamford Bridge. Teve, depois disso, boas oportunidades para chegar a um segundo golo, é verdade. Nos últimos vinte minutos, porém, os portistas aproximaram-se mais da baliza de Petr Cech e, contando com um pouquinho de sorte, poderiam mesmo ter chegado ao empate. Não seria nada de anormal, aliás. Vitória do Chelsea, a equipa mais dominadora, frente a um FC Porto que se mostrou bem duro de roer.

Quase que seguindo uma linha muito própria de encarar este tipo de jogos, Jesualdo Ferreira apresentou novidades no onze titular. Era esperado que assim fosse - o técnico portista já o havia adiantado na antevisão da partida - mas, seja como for, houve surpresas de última hora. Cristian Rodríguez e Mariano González foram os escolhidos para se juntarem a Hulk, na frente de ataque, em detrimento de Falcao e Varela ao passo que Guarín, médio que apenas jogou um par de minutos na Supertaça Cândido de Oliveira, substituiu Belluschi no trio do meio-campo. Mesmo tendo a equipa realizado uma primeira parte de bom nível, embora sempre com maior domínio e controlo do Chelsea, as alterações não resultaram como Jesualdo Ferreira esperaria.

Após o bom golo de Nicolas Anelka, de ângulo apertado, o Chelsea dispôs de mais um punhado de boas ocasiões (Helton foi, nesta altura, importantíssimo com defesas de qualidade) e, portanto, era necessário que o FC Porto partisse em busca do resultado. Contudo, à equipa que iniciou o jogo faltava capacidade de criação e poder de fogo. Rodríguez e Mariano estiveram pouco em jogo, nunca conseguindo arrancadas que levassem perigo à área londrina, Hulk não tem, de todo, o mesmo rendimento a jogar no centro do ataque e Guarín não é um médio criativo. Jesualdo viria a emendar as opções iniciais, lançando Falcao (53', por Mariano) e Varela (64', por Rodríguez).

Depois dessa fase de sufoco aplicada pela equipa inglesa, o FC Porto pôde enfim acercar-se da baliza de Cech. Fê-lo com personalidade, com atitude e com garra. Sem nunca virar a cara à luta, procurando o empate até ao último apito de Konrad Plautz. Varela e Guarín tiveram boas chances mas o guarda-redes checo opôs-se com categoria, tal como Ricardo Carvalho que representou um verdadeiro problema para as pretensões dos atacantes do FC Porto. Esteve perto mas nunca conseguiu marcar. Não quebrou a malapata e, acima de tudo, perdeu no arranque da Liga dos Campeões. O Chelsea, mesmo sem Drogba e Bosingwa, confirmou o seu favoritismo. Na partida e na qualificação à fase seguinte. Uma boa notícia para os portistas chegou de Madrid, onde o Atlético, o próximo adversário e o maior inimigo nas contas do agrupamento, não foi além de um empate frente ao APOEL.

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