segunda-feira, 29 de junho de 2009

Maradona e Pantani: dois talentos que se perderam

Diego Armando Maradona, El Diós, é considerado quase em unanimidade como o melhor jogador que alguma vez pisou os relvados mundiais. Apenas Pelé tem a capacidade de abrir a discussão. Maradona atingiu o seu máximo no México, no Mundial de 1986. Foi ele o principal responsável pela caminhada da Argentina que viria a assumir o trono destinado à melhor equipa do Mundo. Surgiu aí a famosa mão de Deus. No mesmo jogo, frente à Inglaterra, marcou um golo sublime: arrancou no seu meio-campo e foi deixando todos os adversários pelo caminho até conseguir iludir o guarda-redes Peter Shilton. Foi o apogeu. Pena que tenha entrado na escuridão da droga. É inimaginável onde poderia ter chegado se não fosse o maldito doping.

Marco Pantani, um verdadeiro monstro do ciclismo, era imperial nas mais complicadas subidas. Viveu os melhores momentos da sua carreira em 1998 quando, já depois de ter vencido o Giro de Itália, foi o mais forte no Tour de France. Contudo, o ano seguinte foi o princípio do fim de Pantani. Deu positivo num controlo anti-doping e foi suspenso. Haveria de regressar. Em 2000. Para mais um momento grande: a subida para o mítico Mont Ventoux no Tour, a par de Lance Armstrong, na altura com a camisola amarela e futuro vencedor da prova. Juntos deixaram toda a concorrência para trás num ritmo absolutamente alucinante. No final, Armstrong deixou que Il Pirata vencesse a etapa. Pela última vez na sua vida. Em 2004, já depois de afastado das bicicletas, morreu de overdose. Cocaína.

Por vezes, no desporto, os atletas fazem de tudo para se manterem no topo. Não conseguem de outra forma. Maradona e Pantani eram dois talentos naturais, cada um no seu desporto. Mas, mesmo assim, recorreram a estimulantes de forma a que a sua condição física fosse melhorada. Não precisavam por aquilo que tinha em si próprios. Foram vítimas do doping. Se assim não fosse teriam dado ainda mais ao desporto. Infelizmente existem inúmeros casos assim.

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